SEIS

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Montmartre, Paris

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Montmartre, Paris. Sábado, 10:30h

Ai. Minha. Cabeça.

Meu Deus! Eu vou morrer!

Tentei me mover, mas meu corpo também estava dolorido. Como se tivesse sido atropelada, ou tivesse levado uma surra, ou também...

Merda! Não! Isso não aconteceu, ou com certeza me lembraria.

O latejar da minha cabeça tornava-se insuportável. Os sons vindo do lado de fora eram ainda piores naquele momento.

Buzinas, pessoas conversando ou gritando, sinetas de bicicletas, freadas bruscas e xingamentos... tudo parecia tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

Os sons que eu escutava, vinham como ecos em ondas, que pareciam perfurar minha cabeça para ficar cutucando meu cérebro e causando essa dor horrível.

Mais uma vez, tentei me mexer, porém, sem sucesso. Também tentei engolir a saliva, mas minha boca estava seca. A pior parte nem era isso, mas sim o gosto horrível nela, amargo.

Com as tentativas frustradas de me mover e engolir a saliva inexistente, meu corpo reclamava ainda mais e minha garganta ardia suplicando por água.

Uma sede descomunal.

Deus, o que fiz ontem?

Tentei puxar na memória o que fiz ontem, mas a última coisa que lembrei, foi a discussão com Axel, depois saí de casa e fui para o pub que ficava na mesma rua.

Depois... era uma folha em branco. Nada. Absolutamente nada.

Com minhas pálpebras pesando o que pareciam ser toneladas, me forcei a abri-las. Fiz meu melhor, mas só consegui abrir uma pequena fresta, vendo nada além da claridade, fazendo minhas retinas queimarem.

Fechei meus olhos com força e gradualmente os abri novamente, piscando várias vezes até me acostumar com a luz, porém ainda via tudo embaçado.

Droga!

Summer, respira.

Lá longe, consegui distinguir o som do que eu acreditava estar vindo de um banheiro. Com o barulho da água corrente, senti o cheiro de banho recém-tomado.

Axel tinha esse costume de tomar banho cedo.

Com minha visão ainda prejudicada, vi uma silhueta masculina se aproximando de onde eu estava. Pelo que percebi, acabou de tomar banho e estava somente com uma toalha presa a cintura.

Eu estava certa.

Foquei na silhueta cada vez mais próxima e cada vez mais, sentia que tinha algo diferente. O corpo semi nu e totalmente liso, parou a centímetros de mim.

Não! Isso não pode...

Pressionei meus olhos com força, a fim de dissipar a ilusão que eu estava vendo. Com certeza isso era fruto da minha ressaca.

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