Testemunhas incomuns

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Diria que parecia proposital aquele balançar do metrô parisiense a fazendo se escorar naquele gostosinho loiro de olhos azuis vestindo smoking.
E ele sorria feito bobo da cara dela de envergonhada.

— Sarada...por mais que eu esteja adorando você assim tão pertinho de mim...nós iremos descer na próxima estação, ok? Logo que as portas se abriram ele a puxou— Vem, vamos pequena?

Boruto segurou nas mãos de Sarada e a guiou pelas ruas vazias de Paris assim que saíram da estação de metrô Jogavam conversa fora pelo caminho quando de repente ele parou e entrou em uma pequena loja de conveniência.

A morena observava curiosa pelo vidro da porta da lojinha o loiro escolher alguns produtos pelas prateleiras e colocar no balcão para pagamento. Alguns minutos mais tarde ele saiu com duas sacolas cheias.

— o que era tão imprescindível que precisava ser comprado a essa hora da noite em Paris? Souvenir ? A Uchiha perguntou curiosa.

O loirinho sorriu todo misterioso e falou: — Humm que curiosa Dona Sarada... São algumas coisas que iremos precisar para a nossa noite especial  de hoje. Boruto sorriu para ela. — pelo menos já estamos bem vestidos, diria até que estamos á caráter .hahahaha Ele deu aquela sua risada gostosa que ela sentia tanta falta.

Andaram mais um pouco e ele parou mais uma vez. Só que agora em frente a um pequeno bistrô. Trocou algumas palavras com o gerente e após alguns minutos o mesmo voltou com um sacola, Boruto pagou e seguiram.

A Uchiha já estava achando tudo muito estranho quando ele avisou que haviam chegado ao destino final. Ela levantou uma sobrancelha e o encarou abismada quando passaram pelos grandes portões de ferro preto.

— BORUTO...você sabe que isso é um cemitério não? Sarada observava tudo ao redor assustada. Ok... o lugar era exótico e de certa forma até bonito, mas estava cheio de gente morta...

— Sim, é o famoso Cemitério Pére-Lachaise. Ainda bem que viemos vestidos de preto, look perfeito para a ocasião. Ele sorriu. — Uchiha não precisa ter medo... eles não fazem mal a ninguém só são um bando de gente morta...Boruto deu outra daquelas suas risadas gostosas.

— HAHA very funny...e quem falou que eu tenho medo de gente morta? Disse Sarada agarrada ao braço do loiro realmente com medo de gente morta.

Porque o garoto de seus sonhos tinha essa mania de arrasta-la para lugares inusitados como acampamentos ciganos e cemitérios?

Boruto parecia conhecer bem o lugar que aliás era frequentado por outros malucos assim como eles naquela noite. O loiro parecia procurar um lugar específico ou melhor um túmulo específico.

— Opa! Aqui....achei! Nosso lugar! Disse empolgado.

Sarada então observou ele abrir a sacola do bistrô pegar uma toalha vermelha e estender sobre o tal túmulo. Tirou lá de dentro também duas taças de cristal e um aparelho de foundue feito de barro. Abriu uma latinha térmica e despejou todo o seu conteúdo dentro do foundue, ascendeu então a chama para esquenta-lo.
Retirou então das sacolas da lojinha de conveniência, um ótimo vinho tinto Pinot Noir e uma baquete já cortada em cubinhos.

— Agora sim! Tudo pronto... Podemos começar nossa noite! Boruto serviu uma de vinho para Sarada e outra para ele. — Pequena hoje teremos nossa noite especial na companhia do ilustre Frédéric Chopin descansando aqui debaixo de nós... Ele sorriu maroto e continuou: — Ali mais pra cima temos Oscar Wilde e Maria Callas do seu lado esquerdo um dos meus preferidos Jim Morrison. E ali no centro um dos principais moradoras daqui: Allan Kardec. O loiro deu um gole de seu vinho e propôs um brinde a morena.

— meu Tio Neji me trouxe neste cemitério quando eu tinha dezoito anos e desde então eu sempre sonhei em voltar com alguém especial e fazer exatamente o que estamos fazendo. Um brinde à você Sarada por fazer parte do meu sonho...como sempre....

A Uchiha sentiu suas bochechas esquentarem na hora. Deu um gole em seu vinho para disfarçar mas foi pega pelo olhar penetrante daqueles olhos azuis dele à encarando.

— B-Boruto....só você para me trazer em lugares  assim...digamos impensáveis. Ela sorriu para ele e sentiu novamente as borboletas em seu estômago se remexerem.

Conversaram bastante durante o piquenique de foundue inusitado no cemitério. Descobriam ter muito mais coisas várias coisas em comum do que imaginavam.

— Nunca que eu ia acertar que rosa era sua cor preferida ...hahaha Sarada deu risada.

— E qual é o problema do meu rosa ? " senhora eu amo tudo preto" ?? Zombou Boruto imitando a voz da morena.

— Seu bobo...nenhum problema...você deve ficar lindo de rosa...aliás você fica lindo em qualquer cor... A Uchiha falou a última parte bem baixinho mas as bochechas coradas do loirinho denunciavam que ele havia ouvido.

Boruto aproximou-se da morena, com seus olhos azuis fixos nos negros dela, passou a mão pelos seus cabelos colocando-os atrás da orelha, inclinou-se deixando seus lábios centímetros dos dela — Sarada...eu preciso do teu beijo... e eu preciso agora...

O loiro deu um selinho rápido nos lábios dela e mordeu de leve o lábio inferior dando uma puxadinha, soltou e sorriu malicioso. Deu mais alguns selinhos rápidos na boca da Uchiha parecendo provoca-la, passou a língua pelos lábios dela e a puxou com a mão sua nuca para um beijo ardente. A boca dela era o céu e ele estava nas nuvens de novo. Sua língua travava uma batalha quente com a língua de Sarada enquanto sua mão se enroscava naqueles cabelos pretos como a noite.

Sarada sentia seu corpo arder feito fogo com o beijo do Uzumaki. Sentia uma intensa necessidade de beija-lo cada vez mais. A procura por oxigênio a fez pausar o beijo e logo recuperar seu juízo.

DROGA! Estava aos beijos com o cara que traiu sua confiança na companhia de um bando de gente morta como testemunha...

— Bo-Boruto... chega... eu..eu não posso fazer isso... A Uchiha se afastou deixando-o decepcionado. — na-não é justo comigo...não é justo com o meu coração... Ela virou o rosto para o outro lado.

MERDA! Pra piorar tudo de vez lágrimas insistiam em escorrer por seus olhos.

Boruto sabia ser o responsável por aquelas lágrimas e aquilo doeu em seu coração. Tentou chegar mais perto dela mas foi impedido. — Sarada... não faz assim... poxa...por favor?! Ele fez um biquinho implorando por sua atenção.
— Me perdoe por faze-la sofrer. Nunca foi a minha intenção...Você não sabe o quanto me dói saber que eu sou o responsável pelas suas lágrimas...

O loiro respirou fundo, precisava contar a verdade a ela. Passou as mãos pelo rosto jogando alguns fios loiros para trás e continuou: — Aquilo que você viu no restaurante não significa nada. Aquela mulher é minha sócia e eu não tenho nada com ela. Nunca tive, na realidade era só uma relação baseada em atração física e sexo Boruto suspirou envergonhado

Sarada engoliu seco. Escutar aquilo não era nada agradável. A lembrança daquela cena, daquele beijo embrulhou seu estômago. Ele era o garoto de seus sonhos, o seu loirinho...àquele por quem havia se apaixonado dormindo. Ahhh se ele soubesse disso...talvez um dia ela tenha coragem de lhe dizer que sonhava com ele mesmo antes de conhecer.

— Bo-Boruto...você não faz ideia como doeu ver aquele beijo...no dia seguinte daquela nossa noite...Ela confessou com mais lágrimas ainda.

— pequena... me perdoe... por favor...Olha pra mim? Olha nos meus olhos....Eu sei que fui um FDP e me arrependo demais por isso. Mas ..
PORRA SARADA Eu estou loucamente apaixonado por você...de verdade! Me dá mais uma chance?

O Garoto dos meus sonhos #BorusaraOnde histórias criam vida. Descubra agora