Azarado demais

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P.O.V: Law

Era só o que me faltava.. uma criança irritante dando encima de mim. - suspirei cansado. E do nada o treinador chega na quadra, ótimo, além de cansado mentalmente estarei esgotado fisicamente depois dessa sessão de tortura. Após o treinamento acabar, eu já estava esgotado, e além de tudo aquela criança insuportável vem saltitando falar comigo...Eu mereço.
Eai, tral. - Ele diz diz sorrindo, me olhando fixamente, eu sinto que posso perder toda a minha postura com esse olhar sobre mim, mas eu odeio muito a ideia de me prender à alguém dessa forma. -
Oi. - Falei andando para fora da quadra, mas aquele garoto me seguia. - O que você quer?
Ficar contigo. - Ele sorriu largo.- Eu gostei de você.
Não devia. - Falei sorrindo levemente, me virando pra ele.- Todas as pessoas que se aproximaram tiveram seus corações esgamados.
Eu não ligo de sentir essa dor. - Ele diz meio sério, esse garoto é louco?- Desde que você seja o causador dela.
Você não é normal. - Falei sentindo minhas bochechas queimarem.. me virando para frente e andando até meu dormitório, ele continuava me seguindo. -
Quantos anos tem? - Ele perguntou, mesmo não o olhando sabia que estava com aquela expressão no rosto, esperando uma resposta, para evitar uma dor de cabeça, respondi de imediato. -
16. - Falei parando na frente de meu dormitório, agradecendo aos Deuses por finalmente poder me livrar daquela criança insuportável, agora só falta a diretora vir entregar as chaves. -
Shishishi. - Ele riu, não entendi o motivo da risadinha irritante. - Sou mais velho que você, tenho 17.
Como!? Você não é um garoto de 14 anos? - Perguntei meio surpreso, por essa eu não esperava. - Você está no 1° ano.
Repeti várias vezes. - Ele diz sorrindo. -
Você sorri como se se orgulhasse de ser um fracasso. - Falei o olhando. - Você não quer nada com a sua vida.
Não mesmo. - Ele ri, odeio isso, ele não para de rir um minuto? - A única coisa que estou querendo no momento é te dar uns beijos.
Impossível. - Respondi rapidamente. - Mas eu gostaria de ver você tentar, adoro ver a tristeza no rosto das pessoas ao fracassarem.
Ah meu bem.. - Ele diz sorrindo, me olhando fixamente novamente. - Eu não vou fracassar. - Ele se aproxima de mim, segura o meu rosto, sinceramente, eu não pensei direito, eu ia o enganar e me separar dele rapidamente, nossos corpos estavam colados, nossas bocas próximas, de repente, a diretora chega com as chaves dos quarto que ficam em um corredor, me separo de Luffy rapidamente. - Shishishi, você ia deixar, é mais fácil do que eu imaginava. - Ele piscou pra mim...desgraçado, nunca mais me deixarei levar pela tensão do momento.-
Vejo que vocês dois estão se dando bem até de mais. - A diretora diz rindo baixo.
Engano seu. - Falei ajeitando minha postura. -
Ótimo... até por que, meu filho sente muito a sua falta, Luffy. - A diretora diz olhando pra ele, o fazendo desviar o olhar, o que rolou entre o Luffy e o filho da diretora? - Bem, aqui a chave de vocês.
Vocês? Não me diga que o Luffy é meu colega de quarto. - Falei meio espantando e levemente irritado, eu só podia ser azarado demais. -
Sim, somos. - Luffy diz rindo baixo. - Se soubesse ler saberia. - Ele diz apontando para um papel na parede do quarto, indicando o número do quarto e a dupla que ficaria nele. -
Ah, mas que inferno. - Eu Bufei irritado,  massageando as têmporas. -
Shishishi. - Ele riu, que garoto irritante... e pensar que eu quase beijei alguém assim, a quantidade de aulas de matemática que tive deve ter me elouquecido, é a única explicação plausível. -
Sugiro que os 2 entrem logo no quarto, este corredor é pequeno e logo logo os outros alunos chegarão. - Ela disse com um leve sorriso e foi em direção aos outros quartos que já tinham alunos esperando as chaves. Entrei no quarto e ele veio atrás de mim, calado.
Esse lado do quarto é meu, nada de invadir meu espaço. - Falei apontando para a cama do lado direito. - Pode ficar com a maior parte do quarto, eu não ligo, apenas preciso de um espaço pequeno, porém aconchegante para ler,  e ouvir músicas em paz. - Falei e voltei à o olhar. -
Chato. - Ele diz com um bico nos lábios.
Sou mesmo, e eu avisei sobre. - Falei sorrindo levemente. - Vou lá em baixo buscar minha coisas para colocar em meu garda-roupa, não faça bagunça. - Falei saindo do quarto e escuto passos atrás de mim.-
Você fala como se eu fosse criança. - Ele diz sorrindo de canto. -
E não é? - Perguntei irônico. -
Pode apostar que já fiz mais coisas que você, e temos quase a mesma idade. - Ele sorri malicioso. -
Uau, você é um adolecente avançado que já fez sexo, quer um prêmio por isso? - Perguntei sorrindo irônico. -
Eu adoraria. - Ele diz, esse garoto me tira do sério. -
Por que está vindo comigo? - Perguntei abrindo a porta da Sala onde estavam guardando as malas dos alunos. -
O mesmo que você, pegando as minhas coisas. - Ele diz indo até sua mala e a pegando, peguei a minha também e fomos para o meu quarto, chegando lá, arrumei minhas coisas em silêncio, finalmente poderia ficar em paz na minha cama, ou, era o que eu pensava.
Tral. - Ele diz vindo até mim e sentando na minha cama. - Me responde uma coisa?
Depende muito, se for perguntar se eu já matei uma professora de matemática só vou responder na presença do meu advogado. - Falei me levantando um pouco e sentando na cama. -
Shishishi, você é engraçado. - Ele ri, confesso que gosto de seu sorriso. -
Não era pra eu ser. - Falei desviando o olhar. -
Qual a sua sexualidade? - Ele pergunta me olhando. -
Não é da sua conta.- Respondi levemente irritado. -
Bem, se você me responder, eu falo o que rolou comigo e o katakuri ano passado. - Isso não é justo... esse garoto...como ele sabe que eu fiquei curioso sobre aquilo? -
Eai? Você está sério. - Ele sorriu novamente. - Eu adoro essa expressão em sei rosto, fica ainda mais lindo.
O que você viu em mim? - Perguntei saindo de meus pensamentos. - Não quero nada com você, vou destruir seu coração.
Você vai destruí-lo..- Luffy diz desviando o olhar. - Mas vai reconstruir ele depois, e eu vou estar melhor do que nunca. - Mas que merda!? -
Você é estranho. - Falei rindo de canto. - Eusougay. - Falei rápido, não queria me dar por vencido, eu não cai na chantagem de uma criança, apenas estava curioso. -
O que disse? - Ele pergunta confuso, não deve ter ouvido por eu ter falado rápido.-
Eu gosto de homem, porra. - Falei de uma vez.- Você disse que queria saber minha sexualidade, então..
Imaginei. - Ele diz sorrindo. - Katakuri é meu ex namorado.
Sério? Quais as vantagens que você tinha ao namorar o filho da diretora? - Perguntei. -
Ser ameaçado o tempo inteiro e reprimido, talvez. - Seu semblante era triste, não gostei disso. - Ele era abusivo, eu não aguentava mais, disse que iria terminar tudo.

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