Capítulo único.

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A sensação de ter alguém que lhe espera todos os dias em casa ainda era nova para si, os sorrisos confidentes que trocavam, os olhares, as palavras de carinho, tudo! Tudo era tão novo e magico para si.

Se revirou um pouco na cama e imediatamente se levantou ao não senti-lo ao seu lado, mas sua preocupação se esvaiu ao ver um pequeno bilhetinho acompanhado por um copo de cappuccino.

"Ei Bunny! Sinto muito mesmo, tive que sair mais cedo, houve uma emergência! Te amo, nos vemos mais tarde. "

Aquele pequeno pedaço de papel o fez sorrir, amava Eijiro Kirishima com todas as suas forças, agora que o tinha em sua vida acreditava que não conseguiria viver se ele não estivesse ao seu lado.

Levantou-se com pesar e foi fazer suas obrigações, a casa não se limparia sozinha, afinal.

Aquele dia não tinha que trabalhar, era sua primeira folga em semanas, então tinha que aproveitar, afinal, não era sempre que a comissão de heróis lhe dava uma colher de chá.

Começou primeiro tomando seu banho e logo partiu para a limpeza pesada de todos os cômodos. Na noite anterior haviam recebido visitas, era surpreendente o horário em que o ruivo saiu, considerando a hora em que foram dormir.

Começou a preparar o almoço, estava tão imerso na melodia que quase pulou jogando as panelas longe ao sentir alguém o abraçar.

-IZUKU! – A voz fofa disse animada enquanto o abraçava.

-Eri! – Sorriu a abraçando de volta. – Você vai acabar me dando um ataque cardíaco um dia desses.

-Não exagera. – Ela o largou indo se sentar na mesa deixando sua mochila de lado. – Eu avisei ao Shota que iria vir aqui, achei que ele tivesse lhe contado. – Ela fez um biquinho se apoiando no punho.

-Talvez ele tenha deixado uma mensagem. – Ignorou voltando para o fogão.

-E o que iremos almoçar hoje? Como aspirante a heroína preciso de algo que me dê sustância!

-Ai meu deus! – Riu um pouco. – O que você fez com aquela criança fofa? Você está andando muito com Kachan!

A garota mostrou a língua para si, o que apenas o fez rir ainda mais. Depois de almoçarem Eri foi embora, teria as aulas vespertinas agora, havia apenas fugido no horário de almoço.

Izuku se debruçou no sofá abraçando uma almofada, estava com saudade de seu noivo, muita, muita saudade.

Se ele estivesse ali agora tinha certeza de que estaria fazendo várias palhaçadas para lhe arrancar sorrisos, ou estaria deitado no carpete dizendo "que tedio" sem parar até que Izuku lhe desse o máximo de atenção que conseguisse.

Se estivesse comendo algo, provavelmente estaria fazendo aviãozinho de comidas para si e se estivesse vendo um filme estaria encolhido em seu colo.

-Eiji... – Murmurou escondendo mais sua cabeça na almofada, e então a levantou motivado.

Correu até o quarto trocando de roupa e então saiu em direção ao mercado, iria cozinhar as coisas favoritas do amado, ao menos assim iria espantar seu tedio e saudade, ocupar sua mente seria algo bom!

Levou a tarde toda, mas os preparativos estavam prontos! Deixou a carne temperada na geladeira para que quando Kirishima chegasse pudessem assa-la, os doces e acompanhamentos também estavam prontos apenas aguardando.

Se sentou no chão próximo à entrada aguardando com expectativa. Acabou rindo se lembrando da primeira vez que saíram para beber juntos.

O ruivo havia dormido ali porquê de acordo com ele era mais confortável, e para piorar o obrigou a dormir ali com ele. Após isso tomou como nota mental que Kirishima era extremamente fraco para bebidas e sempre agiria de forma estranha.

Virou um pouco a cabeça, lembrava-se de quando o apartamento era praticamente sem moveis, eles acabavam fazendo suas refeições sentados no chão, porquê a loja havia os enrolado para levar os objetos e os dois eram molengas demais para cobrar algo.

Eles também sempre fazem desafios estúpidos para definir as tarefas do dia de cada um, ou apenas porque são infantis.

Izuku mordeu o lábio tentando esconder o sorriso bobo, não conseguiria viver sem Eijiro de forma alguma.

Olhou para as paredes, tudo ali tinha uma pequena parte do ruivo, algumas mensagens escritas com uma lata de tinta e uma caligrafia ruim, mas que declarava todo seu amor.

Seu sorriso se alargou ao ouvir as batidas na porta, se levantou quase de imediato a abrindo.

-EIJI- Gritou abrindo a porta, mas se obrigou a parar ao encontrar outra pessoa ali. – Kachan? O que veio fazer aqui? – O olhou confuso. – Ai meu deus! Você está machucado, entre! – Disse preocupado ao observar melhor o amigo que estava coberto de sangue.

Izuku ergueu uma sobrancelha ainda mais confuso ao ver o amigo não se mover, muito menos o olhar nos olhos, foi quando notou o que ele tinha na mão.

-Kachan? – Seus olhos que antes esbanjava alegria e saudade, agora estavam submersos a um mar de tristeza. – Kachan! – Fungou mordendo o lábio, não iria tomar conclusões precipitadas.

Ele continuou a olhar para o amigo confuso, ele freneticamente balançava a cabeça de um lado ao outro tentando fingir que aquilo não era real, não podia ser real.

-Eu... sinto muito Izuku. – O loiro disse com a voz apertada e então entregou ao garoto um amuleto que Kirishima sempre carregava com si.

-Não! – Disse ofegante apertando a joia em sua mão. – NÃO É VERDADE! POR QUÊ CARALHOS NÃO ME CHAMARAM? – Berrou dando repetidos socos no amigo que também derramava lagrimas. – Por quê? Por quê? – Continuou a perguntar repetidas vezes, até que Katsuki segurou seus braços o puxando para um abraço. – Eu poderia tê-lo salvado, então por quê? – Sua lagrimas se transformaram em um choro sofrido, apertando com todas as suas forças o amigo.

...

Feita a pedido de Maskeicoo cara, tijuro que eu tentei escrever uma fofinha, mas você conhece minhas histórias, não é? kkkkk

Prometo tentar fazer outra <3

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