— Ele ta bem doido se acha que vou correr atrás — afirmo dando um soco no saco de pancadas — Não importa o quanto eu gosto dele e o quanto eu tô sentindo falta. Eu não corro atrás de ninguém.
Dou um soco seguido de um chute. Descontando toda a minha raiva.
— Ele não tem culpa Maria! —afirma Andrea — Seu pai é o treinador dele. Se ele fosse contra sabe-se lá o que seu pai faria com ele em campo?
Reviro os olhos. É claro que e sei que meu pai poderia muito bem massacrar ele no campo. Mas me dói que ele não tenha nem tentado. Não é como se tivéssemos acabado de nos conhecer. Estávamos tendo algo há mais de seis meses. E ele mal hesitou antes de fazer exatamente o que meu pai queria.
— Tá, então imagina aqui comigo. Teu pai é o treinador do Palmeiras e faz o Píquerez se afastar de você baseado em achismos e ciúme dele. Você ia ficar brava só com o teu pai?
— Com os dois. Mas é diferente. Raphael já deixou claro que ama você. Eu e Píquerez ainda não temos nada definido. A gente só fica quando da vontade — da de ombros.
— Porque são dois idiotas que fogem dos próprios sentimentos. Já passou da hora de assumirem o que tão realmente sentindo — falo séria — Agora preciso ir me arrumar para o aniversário do meu pai.
— Que cara é essa de quem vai aprontar Maria Luiza? — Andrea franze a testa.
— Não vou aprontar — minha amiga em olha descrente — Não é minha culpa que meu pai não gosta que eu use roupa justa e curta na frente dos jogadores. E que o Raphael prefere quando eu uso só pra ele.
Andrea apenas ri enquanto balança a cabeça em negação.
— Você é o capeta garota! Ainda bem que sou tua amiga.
— Andy, eu não sou o capeta. Eu só nunca saio por baixo. Eles quiseram dar aquele showzinho semana passada no meu apartamento. Agora aguentem o tranco — dou de ombros.
(...)
O fluxo de pessoas andando pelo salão de festas do prédio em que meu pai mora é enorme. Aceno para alguns jogadores que conheço. Leila sorri para mim quando passo por ela.
— Caramba dona Maria Luiza. Cê caprichou na produção! Dá uma voltinha — Danilo pega minha mão me girando — Sorte tem o cara que tirar o seu batom hoje — pisca para mim e os garotos que estão com ele riem.
— Você também não está nada mal! — sorrio para ele — Vocês viram meu pai?
— Ele tava lá dentro conversando com o Dudu — Gabriel menino aponta para outra "sala".
Agradeço e vou até lá. Assim que cruzo a porta vejo alguns olhares se voltando para mim. Meu pai me olha irritado. Dudu ri da reação dele. Mas meu olhar vai como um ímã até ele. Seus cabelos caindo sobre a testa de uma forma incrivelmente sexy. Não consigo evitar descer meu olhar para o seu corpo. Suas tatuagens no braço esquerdo amostra. A camisa branca deixando seus músculos evidentes. E a maldita calça preta que realça sua bunda perfeita. Maldito homem gostoso.
— Papi, que saudade! — exclamo indo abraçar ele.
Sinto o olhar de Veiga acompanhar cada passo que dou. Preciso de muito auto controle para não olhar para ele.
— Que diabos estás fazendo Maria? — meu pai susurra em meu ouvido.
— Abraçando meu pai querido — susurro de volta.
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Forbidden Girl - Raphael Veiga
Roman d'amourExiste algo muito forte que os separa, uma barreira que faz com que esse amor seja impossível. O sentimento é uma realidade e ambos sabem que o sentem, mas falta coragem para enfrentar tudo que tenta os afastar. Abel descobriu o relacionamento secre...