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Continuação..

Me virando para finalmente ver quem era a vítima daquele babaca eu me deparo com ninguém mais e ninguém menos que a morena dos olhos castanhos .

Caralho, meu corpo estava estático, e o mesmo parecia estar acontecendo com ela, eu não sei ao certo o que eu estava sentindo, mas meu coração começou a palpitar freneticamente, senti uma vibração em meu corpo e meu estômago se revirou com a forma em que ela me olhava.

Mas que porra tá acontecendo comigo??

Ela era só uma mulher, que eu não conheço, e nem sinto vontade de conhecer, a não ser que fosse pra comer ela e despachá-la pra casa no dia seguinte, e pensando bem, talvez essas porras sejam só excitação.

Não há motivos para todas essas coisas estranhas.

Estou me sentindo o maior ridículo parado na frente dessa mulher à olhando com cara de bocó.

Saio do transe idiota e me dirijo a ela pela primeira vez naquela noite.

– Ehh.., você tá..bem? - Pergunto notando uma vermelhidão em suas bochechas, o que me deixa confuso, não sou acostumado a ver esse tipo de reação em mulheres quando me vêem -

Sarah pov

Puta merda!

Era ele, o moreno bonitão daquele dia .

S-Sim...sim, eu estou bem, obrigada, de verdade, obrigada mesmo por me salvar de um possível estupro, eu te devo uma! - digo sentindo minhas bochechas voltarem a queimar pelo curto sorriso que ele deu -

– Eu não estou com meu carro aqui, mas se você não for uma mulherzinha dessas insuportáveis, eu posso te acompanhar até em casa! - Ele diz e eu assinto com um "pode ser" e então começamos a caminhar -

Bem delicado ele.

– Não sendo intrometida, mas queria pelo menos saber qual o seu nome! - Digo o olhando -

– Pois então fique querendo! - Ele retruca sem nenhuma expressão enquanto olhava pra frente tendo as mãos no bolso de sua jaqueta -

– Nossa, que gentileza, cheguei a ficar abismada! - A ironia foi presente em minha voz, logo reviro os olhos involuntariamente -

– Cristian, é o meu nome! - Ele diz suspirando fundo -

– Cristian o que?.. - Eu murmuro querendo saber também o sobrenome -

– Tá querendo saber demais, não? - Ele diz aparentemente irritado -

– Não?! - Cara chato, é só um sobrenome -

– Isso porque não estava sendo intrometida! - Ele rebate voltando a sua pose de segundos atrás -

– Credo, parece um cavalo! - murmuro baixo na intenção de que ele não ouvisse, mas não foi o que aconteceu -

Vejo o moreno parar, e logo me empurrar fazendo com que minhas costas batessem numa parede qualquer, imprensando seu corpo contra o meu.

Se aquilo era pra me causar algum tipo de medo da parte dele, não funcionou.

– Acho melhor tomar muito cuidado com o que fala comigo e sobre mim, está entendendo?! Do mesmo jeito que meti uma bala naquela lacraia, posso meter uma em você, não pense que eu sou um príncipe que salva uma princesinha em perigo, - O mesmo fala com seu rosto a milímetros de distância do meu enquanto tínhamos nossos olhos conectados -

Eu o empurro na tentativa de não me intimidar e ele se afasta voltando ao "normal".

Estávamos andando em um silêncio agonizante, até vir uma ventania que arrepiou todos os pelos expostos do meu corpo e eu acabo murmurando um "porra que frio" e o olho, por um momento cheguei a pensar que ele me emprestaria sua jaqueta, mas o mesmo nem ligou.

OBSESSION (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora