26

136 21 12
                                    

Parece que finalmente encontrei o meu lugar ao sol e mesmo não sendo aquilo que escolhi para mim, eu posso afirmar que amo tudo que faço aqui

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Parece que finalmente encontrei o meu lugar ao sol e mesmo não sendo aquilo que escolhi para mim, eu posso afirmar que amo tudo que faço aqui. A sensação de poder que esse trabalho me causa, a soberania. Porque sim, eu me sinto poderosa e saber que tenho voz, e que posso fazer a coisa acontecer sem ser contestada, ou ignorada é imensurável. Sem falar nessa enorme família que ganhei de presente. Não é irônico que essa família nasceu justo do mundo que eu tanto desprezei? Também acho. Você deve estar se perguntando. Nina, você está melancólica? A resposta é não, eu não estou melancólica, porém, nesse exato momento estou entrando em um bar bem próximo de uma praia ao lado da minha amiga e irmã Júlia. A danada disse que tinha algo para me contar e está fazendo jogo duro comigo desde então... ou seja, ela só vai abrir o bico quando estivermos acomodadas a uma mesa e com dois copos das nossas bebidas preferidas. Pelo menos ela não está grávida. Penso quando o garçom deixa sobre a nossa mesa duas tequilas. Contudo, a minha amiga vira o seu copo de uma só vez e no ato, pede outro para o garçom.

— Uau! O que foi tudo isso? — Rio quando as maçãs do seu rosto ficam vermelhas e ela começa a se abanar. — Essa atitude é por causa do que você tem para me contar?

— É.

— E por que você não acaba logo com essa agonia e desembucha logo de uma vez? — Em resposta, ela ergue a sua mão direita na altura do seu rosto e escancara um sorriso bem grande.

— Yang me pediu em casamento. — Fito o lindo anel no seu anelar e dessa vez sou eu quem entorna a bebida de uma só vez, sentindo a ardência percorrer a minha garganta.

— E você aceitou? — questiono após conseguir respirar. Ora vamos, Nina, que pergunta besta é essa? Júlia rola os olhos para o óbvio.

— Claro que aceitei! Olha como ele é lindo! — Ela estende a sua mão na minha direção. Eu a seguro e analiso o anel de ouro dezoito quilates, com aro entrelaçado ao ouro branco e com três pedrinhas, sendo uma maior entre as duas menores. Fiu, fiu! Assobio internamente.

— Ele é realmente muito lindo e... muito caro! — sibilo, focando em suas retinas agora. É incrível como o seu sorriso ganhou uma proporção tão grande quanto brilhante.

— Não é? Yang tem um gosto fenomenal. — Respiro fundo enquanto penso na melhor maneira de abordá-la.

— Júlia, o que isso quer dizer realmente? Quer dizer, e a faculdade, e o seu sonho de trabalhar, de ser independente, e tal? — Ela solta uma respiração audível.

— Bom, chegamos a um conceito, Nina e eu desisti da faculdade... — Reviro os olhos com impaciência. — Mas, vou continuar trabalhando. Não com a dona Helena, claro, ela está mais alerta e não precisa mais de mim. Yang acha que daria certo eu ir trabalhar para a própria comunidade.

— Como assim?

— Você sabe que eu amo cozinhar, né? E ainda tenho o livro de receitas da mamãe guardado. Posso ensinar algumas mulheres a empreender e assim terem uma renda. Eu sei que o Thor mantém um projeto desses na comunidade e que ele paga bem aos professores.

Nascidos da Máfia.Onde histórias criam vida. Descubra agora