TUDO O QUE FIZ PARA TE TER- Richarlison Andrade • +18 • PLUSSIZE.

CAPÍTULO 4- Uma Parte Triste da Minha História.

- Não sei o porquê ainda não beijou. - Sua mão solta a minha e se entrelaça por dentro do meu cabelo o puxando com firmeza colando nossos lábios em um beijo lento e intenso, quando nos afastamos mordo de leve seu lábio inferior e ele me olha com o olhar intenso. Não tenho palavras para dizer qualquer coisa nesse momento e pelo jeito que ele me olha sei que também não tem. Ele me puxa deixando um beijo em minha testa.

- Você é incrível garota. - Ele sela me dá três selinhos e começamos a nos beijar quando somos interrompidos.

- Deborah, a gente já está... OOOPPAAA. - Yngrid E Val param bruscamente quando vêm a gente se separando, mais Richarlison passa o braço por meu ombro me puxando para perto. - Gente, desculpa... não foi nossa intenção.

- Tudo bem, continuamos depois. - O que? - Oi Val. - Ele cumprimenta a ruiva que nos olha sorrindo e acena.

- Bem... nem preciso te perguntar como está porque você está muito bem acompanhado. Vêm Yngrid, vamos deixar... os pombinhos sozinhos. - Ela pisca para mim e arrasta minha amiga que continua boquiaberta para longe. Entro em choque de novo e me sinto uma idiota por não conseguir dizer nada, ele vai pensar que sou uma babaca que fica boba com um beijo.

- Vem, vamos dar uma volta. - Digo me levantando e o puxando pela mão, andamos abraçados observando as estrelas. - Me conta mais sobre você. - Peço o olhando.

- O que você quer saber de mim? - Pergunta acariciando meus cabelos.

- O que você quiser que eu saiba. - Ele parece pensar um pouco.

- Hum... Bom, meu nome é Richarlison de Andrade, tenho 25 anos, jogo pelo Tottenham e pela seleção Brasileira, atualmente moro em Liverpool na Inglaterra, não tenho filhos, estou solteiro a pouco tempo e bom... acho que é isso. - Ele suspira. - Agora conta um pouquinho mais sobre você, o que você quiser que eu saiba.

- Hum, vamos lá... meu nome é Deborah Bianca, tenho 22 anos, sou "Funcionária pública", moro em uma cidade a quase 600 km da capital do Mato Grosso. Moro sozinha e estou solteira a quase um ano. - Paramos de andar e nos debruçamos sobre o parapeito do Iate.

- Ei, percebi que você não me disse se tem filhos. - Sinto uma pontada no peito e desvio meus olhos dos dele abaixando a cabeça. - Você está bem? - Pergunta preocupado e eu assinto.

- Sim, é que... é que isso é uma coisa que eu não costumo contar para muitas pessoas. - Continuo olhando para a frente e ele me interrompe envergonhado.

- Ah, não tudo bem... não precisa responder isso, deixa quieto... - É a minha vez de interrompê-lo.

- Eu perdi um. - Vejo pela visão panorâmica ele virar a cabeça para me olhar de novo. - Ainda era muito pequenininho, nem deu tempo de saber o que era. - Respiro fundo tentando não deixar as lágrimas virem, o que é em vão - Mais meu coração diz que era um menininho, o meu Arthur. - Sorrio me virando para Richarlison novamente e percebo o seu olhar tristonho. - Sabe, algumas pessoas acham isso um baita exagero tipo... eu sofrer tanto por um filho que nem sentir mexer. - Ele balança a cabeça negativamente envolvo as mãos uma na outra estralando os dedos. - Só que, elas não entendem que amei o meu filho desde o momento que tive a certeza que ele estava ali. - Deixo algumas lágrimas escaparem. - E que eu me sinto culpada todos os dias por não ter sido boa o suficiente para segurar ele. - Nesse momento Richarlison estala a língua e me puxa me envolvendo em meus braços.

- Não fala assim, você não tem culpa Deborah, só não era para ser. - Ele beija o topo da minha cabeça e acaricia o meu rosto. - Eu sei que nada o que eu disser vai fazer doer menos só que pelo pouco que conheci de você hoje, sei que seria uma mãe incrível e que de onde ele está tem orgulho de você. - Ouvir isso de alguma maneira alivia a dor em meu coração.