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A pior parte de ser chefe de uma facção é ter uma personalidade fria e um tanto arrogante para fazer e dar determinadas ordens

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A pior parte de ser chefe de uma facção é ter uma personalidade fria e um tanto arrogante para fazer e dar determinadas ordens. Por uma fração de segundos eu cheguei a pensar que Darlan Guerra teria se arrependido dos seus erros e pediria perdão para a sua irmã por todo mal que lhe causou, mas não. Ele encontrou uma chance de destilar o seu último veneno e esse atingiu o coração da pessoa que mais importa para mim nesse mundo. Se eu sentia raiva desse doente, agora posso afirmar que o ódio por ele prevalece. Portanto, antes que o seu maldito veneno faça um estrago maior, um tiro certeiro o fez fechar a boca de vez, mas ela fugiu para longe de mim.

— Limpem essa sujeira e faça dele um exemplo. Porque quem ousar mexer com um dos meus saberá de antemão que terá um preço alto a pagar! — rosnei e saí imediatamente ao seu encontro. Contudo, a merda toda já havia acontecido. Darlan a feriu mais uma vez e eu estava lá para curá-la com o meu amor. Entretanto, para a nossa total surpresa o infeliz havia mentido e eu ainda não sei pesar se isso é bom ou rum para nós dois... para ela. Até aonde eu sei, Lolita Guerra era uma mãe omissa em todos os sentidos e agora elas estão trancadas no meu escritório, e isso já tem praticamente duas horas. O silêncio lá dentro está me matando e eu não faço ideia do que elas estão fazendo e tão pouco de como Nina está. É desesperador não estar ao seu lado nesse momento. É angustiante não saber o que aquela mulher está falando para minha Fera. E se ela estiver chorando? Ou se aquela mulher a estiver maltratando com palavras duras e ferinas? Eu preciso entrar lá! Penso e caminho determinado para dentro do corredor, porém, ao me aproximar da porta, eu mal consigo alcançar a maçaneta pois a delicada mão de dona Helena me impediu.

— Tenha calma, querido! — Ela me pede docemente. Como ela pode estar tão tranquila com isso, quando eu estou à beira do desespero?! Angustiado, levo as mãos aos cabelos e solto uma respiração pesada.

— Eu vou infartar se não souber com ela está, mãe! — rosno impaciente.

— Thor, a Nina está bem!

— Como a senhora sabe? — Mamãe faz um gesto de desdém para mim e inevitavelmente eu reviro os olhos.

— Conhecendo a Nina como a conheço, ela já teria explodido em xingamentos e enxotado essa mulher para fora dessa casa. — Se essa situação não fosse tão intensamente estressante, eu teria rido do seu comentário, porque de verdade, a Nina é mesmo osso duro de se roer. Contudo, ela está frágil agora, abalada com os últimos acontecimentos a final, ela perdeu a todos que tinha como conceito de família em poucos dias e não sei se a sua realidade é essa agora.

— Eu preciso ter certeza, mãe! — sibilo e levo a mão a maçaneta, porém, antes mesmo de girá-la a porta se abre e eu a vejo. Oh céus, os seus olhos estão vermelhos e inchados. Eu sabia, ela não está bem. Entretanto, ao me vir em pé diante dela, a minha esposa me abre aquele sorriso que tanto amo. Sabe aquele sorriso grande, espalhafatoso e cheio de brilho? E Logo em seguida ela corre para os meus braços. Diferente do que pensei, o seu corpo não está trêmulo, nem as suas mãos estão frias e ela não está chorando. Não da maneira como imaginei. Ela parece... feliz?

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