9.

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Pov Maraisa

- Então vocês reataram? - Maiara pergunta me olhando - Sério?

- Ela é a minha esposa, Maiara.

- E te machucou, traiu, te tratava mal, além de te deixar sozinha várias vezes.

- Eu errei também, nós duas erramos - Falo devagar, e coloco a fralda no pequeno - E eu quero fazer dar certo.

- Marília também quer?

- Ela disse que sim, e eu acredito nela.

Maiara não responde, apenas pega seu sobrinho dos meus braços e saí de perto de mim. Não vou discutir, tudo o que acontece no meu relacionamento só me diz a respeito e da Marília, nada mais. Nós duas conversamos, colocamos tudo que machucava na mesa, combinamos de tentar, e se der errado mais uma vez, não vamos insistir, essa é segunda última chance, e vai ser definitiva.

Hoje é um dia especial para Marília, mesmo ela sendo brigada com todos os seus parentes, eles sempre nós convidam para os jantares de domingo e hoje chamaram novamente, mas diferente das outras vezes, Marília não negou, e perguntou se eu queria vir.

- Oi... - Marília fala aparecendo no quarto - Eu posso ficar aqui com você?

- Pode, amor...

Ela se aproxima de mim e passa passa os braços pelo meu pescoço, deitando a cabeça no meu ombro. Passo meus braços pela sua cintura e beijo a sua cabeça. Não estou tão acostumada com seus abraços espontâneos.

- Eu quero ir embora.

- Nem almoçamos ainda, amor.

- Eu odeio eles, Mara - Ela fala me olhando - Você sabe que eles não gostam de mim.

- Não é verdade...

- É verdade, Luísa só me suporta porque eu sou casada com você, minha mãe finge porque eu sou a sua filha e você sabe que o Henrique me odeia.

- Se eu disser que te amo, por mim e por eles você fica mais calma? - Pergunto passando a mão no seu rosto.

- Fico...

- Eu te amo por mim e por eles, Lila, você sabe disso.

Ela sorri com a língua entre os dentes e segura meu rosto, beijando a minha boca, fazendo eu apertar a sua cintura mais ainda. Marília me empurra para a cama e senta no meu colo, dando continuidade para o seu trabalho na minha boca.

Desço minha mão para a sua bunda, fazendo ela arranhar a minha nunca e morder os meus lábios.

- Acho que temos que descer - Falo separando o beijo - Sua família, Lila...

- Minha família é você e o Léo - Ela fala descendo os beijos para o meu pescoço - Não eles.

É tão raro, Marília falar assim de mim, me tratar assim, que eu não consigo mais prestar atenção nos seus beijos e afasto ela, recebdo a sua cara emburrada.

- Por que você parou de me beijar?

Não consigo responder, foram anos, dias e meses, incontáveis, que eu pensei em sumir e deixar ela para trás, mas o meu coração não aguentaria viver longe dessa mulher. É como se fosse uma pequena chama de esperança acendendo, a esperança que a minha esposa, a pessoa que eu me casei iria voltar.

- Eu te amo muito - Sussuro colocando seu cabelo atrás da orelha - Você não faz ideia do quanto.

- Eu também te amo, amor...

Marília me abraça e fica assim comigo, meu bebezão. Deitamos na cama e ela já faz questão de se encaixar no meu corpo. Mas a nossa paz acaba, quando Luísa bate na porta, avisando que o almoço está pronto.

Esposa Troféu (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora