Solteiro não trai

41 1 0
                                    

Pov Emma:

Há dias minha vida tem sido uma verdadeira confusão, depois que Regina saiu da minha casa eu não conseguia fazer nada além de chorar. O arrependimento bateu assim que a vi sair pela porta do quarto porém o orgulho falou mais alto e a deixei ir, depois de mergulhar em infinitas lágrimas consegui pegar no sono. No dia seguinte fui acordada pelo som do toque do celular, passei a mão pela cama a procura do corpo de Regina mas o lugar estava vazio e veio um lampejo me lembrando tudo o que havia acontecido na madrugada anterior. Peguei o celular e atendi, Ruby nunca tinha me xingado tanto igual aquela manhã, depois que desliguei tentei voltar a dormir mas em poucos minutos a campainha começou a tocar insistentemente e se eu não tivesse ido atender Ruby teria, com certeza, derrubado minha porta. Ela passou o dia comigo e me fez contar todos os detalhes do acontecido da madrugada, me fez perceber o quanto estava errada e até tentou me convencer a ligar para Regina e tentar resolver as coisas mas estava tudo tão recente que decidi colocar minha cabeça no lugar antes de tentar qualquer coisa. Regina deveria estar com muita raiva e ligar sem pensar direito no que falar e como deveria agir não me ajudaria a consertar nada, passamos o dia assistindo filme e conversando sobre várias coisas, compartilhamos memórias sobre o Killian e foi a primeira vez que conversei sobre ele e não senti vontade de chorar. Ruby me convenceu a voltar a trabalhar e me ajudou a ajeitar minhas roupas para o trabalho no dia seguinte, quando anoiteceu ela foi para casa pois Zelena iria chegar do plantão. Quando voltei a ficar sozinha apenas tomei um banho e fui dormir, voltaria a rotina no dia seguinte e esperava estar apta para isso. No início eu confesso que não foi fácil, eu tive que fazer alguns testes psicológicos e nos primeiros não passei, a psicóloga não autorizou que eu retornasse ao campo e tive que ficar no escritório cuidando da parte burocrática. Por ela ter me reprovado no teste eu tive que começar a consultar com ela três vezes na semana e meus casos continuaram nas mãos de Elsa, minha rotina seguia de casa para o trabalho e do trabalho para casa. As vezes mudava pois passava no supermercado ou ia no consultório da doutora. Ontem finalmente ela me deu a autorização para retornar para o campo, o lado ruim é que teria que continuar frequentando as consultas mas só de voltar a trabalhar normalmente já estava valendo a pena. Isso nos traz ao dia de hoje, meu primeiro dia de volta definitivamente, tiraria a poeira da lousa e voltaria aos meus casos. Sempre que dava eu tentava ajudar Elsa com alguma coisa porém durante todo esse tempo não tivemos muitas novidades.

Enquanto Elsa não chegava para discutirmos sobre o caso Bomber resolvi revisar o caso Arm, já se passaram 3 meses desde o roubo das armas do exército e o porteiro tinha sido deixado na frente do quartel como Regina disse que faria, todavia ele estava completamente sem memoria, não sabia nem seu próprio nome. Na minha ausência August e Robin interrogaram a senhorita Vause, dona do imóvel em que o grupo de assaltantes se reuniu após o assalto. Infelizmente ela só disse que a casa estava para alugar e a imobiliária já estava cuidando disso, o que fez o restante da equipe acreditar que o grupo soube disso e aproveitou da casa, mas eu sabia que isso tinha ligação direta com a Allirap, máfia da Regina. Diante disso, me encontrava num impasse, eu sei do envolvimento da Allirap e poderia procurar provas que acusem eles, todavia, entendo o motivo de terem feito isso e eu até ajudei no resgate da Chloe. Eu sempre finalizava meus casos porém esse parecia impossível, a única solução que passava pela minha cabeça era arquiva-lo mas meu pai jamais aceitaria arquivar um caso de extrema importância igual esse que envolve o exército americano.

Elsa: Da pra ver seu cérebro fritando de tanto você pensar encarando esses papéis na sua frente.

Olhei para Elsa em frente a minha mesa e dei um meio sorriso, talvez esse seja um caso perdido mas o da morte de Ella não. Eu também já sabia quem era o assassino, só tinha que conseguir provas para ligar ele ao crime.

E.s: Finalmente você chegou, não vejo a hora de conseguir resolver algum dos meus casos pendentes.

Elsa: Cheia de ansiedade né Swan? Isso que dá ficar tanto tempo fora.

Reféns do Desejo Onde histórias criam vida. Descubra agora