01: Cafeteria.

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Terça-feira, 12 de julho de 2022.
Casa da Liz, 06:45.

Liz estava terminando de se arrumar quando ouve o celular tocar.

Se perguntando quem era o maluco que a ligava tão cedo, ela pega o celular vendo "Vini meu mano ♡︎" brilhando na tela. Tinha que ser. O único maluco que a ligaria a essa hora seria ele. O seu melhor amigo de infância, Vinícius Jr.

Antes de atender, ela dá um pequeno suspiro revirando os olhos.

- Você sabe que horas são? - Liz pergunta dando uma última olhada no quarto para ver se estava esquecendo algo.

- E você sabe que dia é hoje? - Vinícius a responde com uma pergunta. Pela voz, ele não parecia ter acordado agora.

- Sei ué. É o seu aniversário - diz simplista.

- Então por que não me mandou nem uma mensagem? - Pergunta fingindo estar magoado.

- Cara, vou perguntar de novo. Você sabe que horas são? - Ela conecta o fone de ouvido no celular e pega as chaves de casa.

- Eu sei exatamente que horas são! Você poderia ter me mandando parabéns faz seis horas e... - Ele afasta o celular da orelha para ver os minutos e o aproxima de volta - quarenta e sete minutos.

- Mas eu trabalho! Eu ia te mandar mensagem assim que eu chegasse lá! - Ela destranca a porta de casa.

- E daí? No seu aniversário eu te dei parabéns assim que deu meia noite!

- E daí que... - Assim que abre a porta, ela vê o carro do Vinícius em frente de sua casa. Era um Hyundai Creta 2021 branco. - O que 'cê 'tá fazendo aqui a essa hora? - Ela se vira para trancar a casa.

- Vim tirar satisfação. - Liz ri assim que o ouve. - 'Tá rindo do quê, hein? - Ela termina de fechar a porta e desliga a chamada indo em direção ao carro.

- De como você é bobo - fala entrando no carro e se sentando no banco do passageiro. Ela sorri e dá um abraço forte no amigo que sem pensar duas vezes retribui. - Feliz aniversário, garotão! - Sorri carinhosamente para ele. - Não vou falar mais que isso porque não quero trabalhar com a cara inchada de tanto chorar - os dois dão risada por saberem que era totalmente verdade. Liz sempre foi muito sensível e chora com muita facilidade.

- 'Tá tudo bem, você vai poder chorar a vontade no discurso que fará para mim hoje a noite - ele dá a partida no carro.

- Vai ser um jantar? - Liz pergunta colocando o cinto de segurança.

- Não, eu vou dar uma festa e você vai. Eu te busco no teu trabalho assim que você acabar.

- Não tenho roupa pra isso, Vini...

- Relaxa Li, o pai aqui já resolveu tudo. A única coisa que tu tem que fazer é estar viva até o final do dia - os dois dão uma risadinha e ele olha rápido pra ela, logo voltando a sua atenção para a rua. Ele sabia que ela não era muito fã de festas e que no dia seguinte ela tinha que trabalhar cedo, mas que ela iria só por causa dele.

- Se tu 'tá dizendo né, mas acho meio difícil sobreviver hoje porque o Alberto disse que quer ter uma conversinha com a gente, mas ele só chega de tarde. Vou morrer de ansiedade até lá - Liz suspira alto. Aquilo estava lhe matando desde ontem.

Summertime Sadness - RicharlisonOnde histórias criam vida. Descubra agora