ᵉⁿᵉᵐᶦᵉˢ ᶦⁿ ˡᵒᵛᵉ/ˢᵒᵖʰᶦᵃ ˣ ᶜᵃʳˡ

13-Meu cowboy

--Carl e Sophia, vocês podem esperar aqui? A gente não sabia que ia ter tantas placas e não vai caber vocês no carro, já voltamos--Daryl fala e a gente apenas concorda

Me sento no chão e fico vendo o carro se afastar

--Sophia,quer me contar sua história?--Carl fala se sentando ao meu lado--De quando você sumiu,sabe... estou curioso

--Não é algo feliz Carl,tem certeza?--Pergunto e ele faz que sim com a cabeça--Depois de seu pai me encontrar e pedir pra mim ficar escondida, um zumbi me viu,tive que sair de lá, comecei a correr sem nenhuma direção certa até que consegui despistar os zumbis, depois de muito tempo é claro. Nos primeiros dias eu dormia em cima das árvores e comia algumas frutas que tinha por ali. Mas um dia eu ouvi um tiro e decidi seguir,porém não achei nada e ninguém,passou mais um dia e encontrei um homem,ele fingiu ser do bem e me fez mal,muito mal... Depois de tudo,ele me deixou lá jogada no chão e foi embora,passou mais um dia e outro homem me encontrou,mas esse era do bem...

--Negan...--Fala Carl desanimado

--É...Negan,ele me encontrou e me levou pro santuário, não tinha tantas pessoas no começo. Se passou um tempo e eu já havia aprendido a atirar com todas as armas,a usar faca e lançar elas,e também aprendi a lutar,andar de carro e moto,fazer contato direto,e mais algumas coisas de sobrevivência. O santuário cresceu e os outros postos também. Quando completei 14 anos, Negan começou a me usar nas missões,ele pedia pra mim matar algumas pessoas ou colocar medo nelas,e eu fazia sem reclamar, não gostava de ver Negan nervoso comigo--Falo estralando os dedos--Eu era uma máquina de matança Carl...depois que encontrei vocês eu me arrependi de tudo, não sei por que,acho que senti vergonha, não sei explicar

--Queria ter estado do seu lado quando passou por tudo isso--Carl fala e ele segura minha mão

--É...eu também

Depois disso ficamos um pouco em silêncio,mas era um silêncio bom

--Na batalha,se tivermos que matar Negan,tudo bem pra você?--Ele fala e só aí percebo que ele ainda segurava minha mão

Sua mão tinha várias veias e ela estava apertando a minha de um jeito carinhoso

--Não, Negan é meu pai, não quero que ele morra, mas se isso acontecer... eu vou ter que aceitar--Falo triste e meu coração começa a acelerar, não gostava de pensar no futuro,pois ele só trazia dor--Chega de falar sobre mim,e a Judith como ela tá?

--Ela tá bem sapeca esses dias--Carl ri--Ela é uma das razões que eu continuo lutando

--Ela é fofa

--Muito--Ele concorda sorrindo

seu sorriso era sincero e bonito,e sem querer perco meu olhar neles até a tempestade chegar,os trovões começam a aparecer e os relâmpagos também

--Que daryl não demore--Falo abraçando minhas pernas no chão

--Ele não vai--Carl fala suspirando--Aquele menino,de cabelo preto é seu amigo?--Carl fala brincando com as mãos sem olhar pra mim

--Jason? não, só Alisson,Jason eu só suporto e nada mais--Falo surpresa pela pergunta

--Não foi o que pareceu quando nos mostrou a foto aquele dia, que não devíamos matar ele--Carl fala olhando o chão

--Alisson gosta dele, mesmo que ela não diga isso,ela gosta,e vou fazer de tudo pra que ela fique feliz--Falo e Carl me olha com um sorriso mínimo

--Ela tem sorte de ter você

--É claro, sou uma divindade na vida de todos--Falo rindo e ele ri também

--Nunca mais te elogio Soph--Ele fala negando com a cabeça e rio

Se passa um tempo e Carl me abraça pelo frio,e assim ficamos até Daryl chegar.