Amor verdadeiro nunca morre- Zosan

Único

Sanji engoliu fundo enquanto olhava o espdachim a distância. O homem bebia saquê enquanto ouvia e observava as crianças brincando de serem ninjas.

Engoliu fundo enquanto sua estômago embrulhava, quase cortou o dedo e baixou a faca para terminar a sopa que fazia, não conseguia sequer se concentrar no que precisava fazer naquele instante.

Pegou seu maço de cigarros e foi para uma área mais afastada da floresta, precisava urgentemente da nicotina para tentar decidir o que fazer e como fazer. Seu coração e mente funcionavam desconexas e o atrapalhavam em tudo.

Ele terminou tão rápido o cigarro que teve que pegar outro, maldito fossem aqueles sentimentos inseguros que lhe deixavam daquele jeito.

Fazia pouco mais de alguns dias que ele havia voltado de Whole Cake, logo após dizer que abandonaria a tripulação e terminaria seu namoro com Zoro, agora que tudo deveria voltar ao normal ele não sabia como agir, o que fazer ou falar.

Não havia falado com o espdachim desde de seu sumiço em Zou, não sabia como seu relacionamento estava e tinha muito, mas muito medo de que aquilo fosse um fim para ambos.

— Você fugiu para bem longe dessa vez — aquela voz rouca lhe tirou de seus pensamentos.

— Ah! Marimo! O que faz aqui? — disse enquanto tentava acalmar suas pernas bambas.

— Vim falar com você, já que ultimamente você tem fugido de mim.

— Eu não estava fugindo de você...

— Você mente muito mal — sorriu debochado — Não vai me dizer qual o problema?

— Não tem nenhum problema...

— Então você quer apenas fingir que nada aconteceu e voltar a como tudo estava antes? Eu posso fazer isso sem dificuldades, mas você é do tipo que precisa conversar tudo para a situação ficar clara.

— E isso é algo ruim?

— Nunca disse que era, só acho que você quer falar sobre o que aconteceu e não consegue.

— Eu... Como consegue me ler tão bem?

— Passei dois anos apenas pensando em tudo que me lembrava de você, te conheço melhor do que qualquer um, meu trabalho como seu namorado é esse no fim do dia — se aproximou.

— Idiota... Eu só... Tá tudo bem? Entre a gente?

— Claro, não deveria estar?

— Eu te abandonei, fugi pra casar com outra, não está nem um pouco incomodado com isso?

— Sinceramente? Não, nem um pouco.

— Como não!?

— É simples, cook. Eu confio em você, sei que me ama e nunca fugiria com outra, por isso não me preocupo de ter acontecido essa confusão toda.

— Não se sente inseguro? Nem um pouco?

— Claro que não, eu amo você e sei que você me ama, ninguém deveria lhe causar insegurança, afinal somos ambos homens fiéis.

— Acho que sim... Eu só... Me sinto tão inseguro, como se qualquer outro fosse melhor e você pudesse me trocar a qualquer momento...

— Eu nunca faria isso, eu amo só você, se não amasse não teríamos essa relação, você sabe disso.

— Sei... Você não ficou nem com ciúmes? — sorriu aliviado.

— Ciúmes? Ah! Sim, eu mataria aquela doida se a visse pessoalmente, pode ter certeza — agarrou a cintura do homem de forma possessiva — Ninguém toca no que é meu.

— Sério? Até onde eu sei alguém também tocou em algo meu — passou os braços pelo pescoço do homem — O que eu faço com meu namorado que dorme por aí com mulheres estranhas?

— Eu diria pra você dar um tapa nele, mas no momento tudo que eu quero são beijos.

— Então eu te darei muitos beijos — sorriu.