CAPÍTULO - 23

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Fiquei imóvel por um instante e por mais que dentro de mim, eu não tivesse me surpreendido tanto. A sensação de saber que mais alguém vivo fazia parte da minha família era reconfortante. Pode parecer estranho, mas agora tudo faz sentido para mim, os olhos iguais os dele, o papai sempre falar dos "amigos" dele e a vinda dela para essa missão. Tudo tinha ganhando forma agora, mas eu não estava pronto para chamá-la de tia. Não agora.

- Preciso de ajuda aqui - Nicolas que estava sentado próximo a um dos painéis nos olhava -, desculpe atrapalhar o momento, mas a energia precisa de mim.

Apertei o arco com mais força e dei algumas passos em direção do lugar onde ele estava, mas no meio Luiza se aproximou mim e com um abraço, me impediu de continuar. Fiz força para me soltar.

- Xiuuuuuuuuuuu, Fica quieto - Ele sussurrou no meu ouvido esquerdo.

- Mas .... por que você... - ela me cortou.

- Três caçadores estão nos obersevando. Estão a cerca de 30 m de nós, próximos a torre - Continuou sussurrando, se referindo a uma torre que ficava do outro lado do teto. Minhas mãos tremeram e minha respiração ficou mais ofegante. Algo estava atrás de mim e eu não podia ver.

- Avise a Nicolas.

Respirei fundo e sussurrei :

- Ei..., Nicolas - ele me ouviu e fiz um gesto de silêncio com o indicador -, dois caçadores estão aqui perto, fique atento. A pela dele ficou ainda mais pálida.

- Quando eu contar no três, vocês irão correr o mais silenciosamente possível até os outros - Luiza continuou a me apertar, senti o cheiro do suó dela.

Alertei Nicolas sobre o plano.

- Em três.. dois.. um. Vão, agora.

Me abaixei e segui para o outro lado, fechamos a mochila com as ferramentas e seguimos para as escadas que levavam para o térreo. Minhas veias e poros da pele estavam dilatados e meu coração pulsava num ritmo completamente diferente.

Cada passo que dávamos em direção aos outros, era mais segundos incertos do que poderia acontecer nas próximos momentos. O silêncio no guiava pelo caminho e por mais que eu tinha lido alguns livros de terror, nada parecia ser igual agora.

Seguindo pelos corredores cercados por canos, cápsulas, bombas, estantes e tantos outros objetos. Não demorou e em questão de um minuto e meio, conseguimos chegar embaixo. Terrível foi a nossa surpresa.

Assim que viramos em uma das salas de encontro, nos deparamos com Tony, pike, Erik e Letícia ajoelhados no chão, desarmados e sob a mira de três caçadores em volta deles.

- Sejam bem vindos - uma caçadora que estava com uma arma estranha moveu o alvo em nossa direção. Segundo as regras da caçada, eles não podiam portar armas de fogo, mas aquela era diferente e era a primeira vez que eu a tinha visto.

- Vamos, corre - Nicolas falou baixinho e quando nos viramos para fugir dali, outro caçador estava atrás de nós, também apontando a arma.

- Onde acham que estavam indo ? - o caçador nos olhou com uma expressão traiçoeira. Olhei para seu peito e no adesivo, estava escrito seu nome, William.

William tinha dreads pretos, sua pele era escura e possuía um cavanhaque. Era o mais forte em físico entre os caçadores.

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