OITO

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Montmartre, Paris

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Montmartre, Paris. Sábado, 12:45h

Só Deus sabia o alívio que senti, quando a vi entrando pela porta. Nunca me perdoaria se tivesse acontecido alguma coisa com ela.

Axel teria ficado destruído.

Já vi de perto como ele ficou quando a Paige morreu — quer dizer, quase isso. — Dizer que ele estava no fundo do poço, era um eufemismo.

Até aquele momento, não entendia como ele se reergueu. Eu tentei de tudo, mas nada adiantou. Até que um belo dia ele apareceu melhor.

Mas... não era o mesmo Axel de antes.

De nós dois, ele sempre foi a manteiga derretida, era ele que vivia todo sorridente e feliz com qualquer coisa e, quando a Paige apareceu, tudo se ampliou. Axel de fato amava ela, mas nem se comparava com o que ele sentia por Summer.

No entanto, quando ela se foi... vi a pior versão dele. Mais irada, revoltada e sádica.

Antes, quando pegava um serviço, ele executava rápido, indolor e sem deixar rastros, mas depois...

Fechei meus olhos com todas as lembranças de um passado doloroso invadindo minha mente. Lembrar disso era como se meus pesadelos viessem à tona.

É pedir demais uma vida normal?

Abri os olhos com o susto que levei com algo quebrando no andar de cima.

Os dois vão se matar agora?

Subi alguns degraus, porém parei na metade do caminho prestando atenção em outros sons que vinham do quarto.

— Ah! Eu não acredito... — Subi mais alguns degraus para me certificar. — Estavam brigando que nem cão e gato a 5 minutos e agora tão se comendo e quebrando o quarto.

Ótimo!

Voltei para a sala e peguei minha bolsa e blusa.

Não era obrigada a ficar naquela casa escutando meu melhor amigo e a Barbie transando.

Do lado de fora, olhei em todas as direções em busca do que fazer.

Não que Paris não tivesse coisas atrativas, muito pelo contrário, tinha até demais e, mesmo todo esse tempo aqui, ainda não me acostumei.

— Ok... — Atravessei a rua estreita de paralelepípedo. — Vamos andar sem rumo e ver o que eu acho.

Segui caminho pela calçada desnivelada, desviando dos pequenos obstáculos até chegar à avenida principal.

A ruiva teria amado isso aqui.

Não sei se era porque estava muito tempo sem vê-la, mas tudo que olhava ultimamente, me lembrava ela.

Aquela ruiva absurdamente linda, meiga e amorosa, estava me fazendo mais falta do que eu gostaria de admitir.

Sentir falta de uma pessoa, realmente é uma merda.

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