𝖧𝖮𝖶 𝖣𝖮 𝖸𝖮𝖴 𝖲𝖫𝖤𝖤𝖯?↣𝗛𝗪𝗔𝗡𝗚 𝗛𝗬𝗨𝗡𝗝𝗜𝗡 ❥ (𝙲𝚘𝚗𝚌𝚕𝚞𝚒́𝚍𝚊)

Livre.

— Declaro a ré culpada! 

Dois anos já se passaram e nada justifica a minha prisão, dentro desta cela eu não sei nem quando é dia e noite, nem o sol quadrado eu vejo nascer. Só sei que quando sei que é a noite já é quando o sono vem.

Mesmo com todo depoimento, principalmente o de Hyunjin ninguém acreditou, simplesmente fui culpada e isso não é o pior. Por sermos brasileiros, eu tive que cumprir a pena no Brasil e aí todo mundo já sabe.

Lugar podre, inferno. Eu não acredito que o mesmo que acontece com muitos inocentes, aconteceu comigo.

— S/n, visita para você.    -   A policial fala e eu suspiro.

— Quem?    -   Indago desanimada e olho para ela.

— Disse que não iria dar sua identidade, porém a dificuldade em falar é muita.

—  Não conheço ninguém, minha mãe está fora do país, quem viria me visitar nesse inferno?

— Vai ou não?

— Preciso ver quem é mesmo, nem meu advogado vem mais aqui.  - Me levantei e fui até a cela, ela abriu e eu estendi minhas mãos para ela algemar meus pulsos. Saímos em direção a sala de visitas. 

Esse uniforme horrível me dava nojo, uma calça vermelha e camisa da mesma cor. Fora a falta que eu sentia de um banho demorado e relaxante dentro de uma banheira.  Ao chegar na em frente a sala ela abriu a porta e como eu não era alguém perigosa entrou apenas para cumprir seu trabalho. 

Olho em direção a mesa vendo um homem de costas sentado, o mesmo usava trajes sociais e bem finos. Um cabelo não tão curto e nem muito longo tingido de loiro. 

Ao chegar mais perto eu inalei o ar sentindo um aroma delicioso e familiar entrar em minhas narinas. Pior que a muito tempo que não sinto um bom cheiro que nem sei quem é.

Me sentei na cadeira ainda prestar atenção em quem era, até que levanto meu olhar para ele, seus olhos tão familiares.

— Stitch… - Engoli em seco e senti meu coração acelerar.

— Hyun? - Mordo meu lábio inferior ao ver ele tirar a máscara me dando a bela visão de seu sorriso mínimo porém sempre belo. 

— O que fizeram com você? - Abaixei minha cabeça.

— Sou uma assassina à vista de todos, isso é o que realmente importa.

— Por que?

— Isso que importa aqui no meu país, foi preso é culpado, as autoridades não se importam se é inocente ou culpado, e quando se importam muitas vezes não tem nem graça.

— Mais terá, coloquei os cinco melhores para cuidar do seu caso. - Ele se levantou e veio até mim, se abaixou em minha frente e segurou minhas mãos.  -   Eu disse que nunca ia te deixar, meu amor.  O que fizeram com você foi pior que tudo. Nada mudou.

— Mais sabemos que mudou Hyun…

Ele segura meu rosto me fazendo apreciar seu sorriso.

— Não pense que eu só gostava de você enquanto estava livre, sorridente, arrumada e cheirosa. Eu te amo! Eu vou te tirar daqui, e não vai demorar. Grave isso em sua cabecinha, eu voltarei nesse presídio para te buscar.

— Obrigada! - Sorri fechado, ergui minhas duas mãos e toquei seus fios loiros.  -  Os anos não passam para você, não é? Continua lindo!

Ele sorri e eu volto a minha postura, não era fácil estar nesse estado à sua frente.