ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 2

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𝔻𝕚𝕘𝕒 𝕞𝕖𝕦 𝕟𝕠𝕞𝕖.

Não deu tempo nem de raciocinar o que tinha acontecido, pois eu saí rapidamente dali e torci para que Billy fingisse que eu não agi de uma maneira completamente estranha.

No dia seguinte, depois de uma boa noite de sono, ignorei aquela visão, assim como fiz com todas as outras, para não correr o risco de ser internada em algum hospício.

Saí do quarto de Darla e fui direto para o banheiro, tomar um bom banho de água quente e me arrumar para a escola, dando graças que tinha acordado cedo e os outros não estavam tumultuando o lugar ainda.

Uns 30 minutos depois, estava pronta, com meu cabelo ruivo amarrado numa trança que chegava até o fim da minha costa e que demorou uma eternidade para ficar pronta, saí do banheiro, me deparando com Billy, o qual ignorei com sucesso, assim como ele o fez comigo.

No caminho para a escola, Freddy pareceu perceber que algo estava estranho.

— Tá tudo bem? – questionou preocupado.

— Sim, só não tô afim de ir pra escola hoje. – falei, e não era totalmente mentira.

— E quando alguém tá afim de ir pra escola? – ironizou, e seguimos conversando banalidades até chegarmos.

— Escola grande, dois mil alunos. – Darla apresentou para o Batson. — Você pensa: "Quantos desconhecidos." – ela falou, fazendo caras e bocas fofas ao se expressar. — Não é, se você pensar neles como futuros amigos. – afirmou otimista. — Aí você pensa: "Nossa, quantos amigos." – ela exclamou, se animando ao explicar. — O nome da diretora é Shirley e ela é o máximo!

Ao lado dela, Eugene andava sem olhar o caminho, vidrado no jogo em seu celular e acabei tendo que segurar em seus ombros para guia-lo, ou ele cairia.

— Valeu, Selene. – Eugene agradeceu, ainda sem tirar os olhos do jogo.

— De nada, baixinho. – respondi assim que chegamos no detector de metais.

— Este é o scaner de segurança. – Darla falou, olhando para Billy, que parecia meio perdido em meio ao falatório. — Como num aeroporto, totalmente seguro.

— Eu sei o que é. — O Batson disse e parecia não saber lidar com a hiperativa Darla. — Ela é sempre assim?

— É. – todos concordamos, com excessão da própria Darla.

— O silêncio me deixa desconfortável. — a pequena explicou.

— E ela quase nunca está desconfortável. – Eugene disse.

— Bom primeiro dia, irmão. – Darla desejou ao abraça Billy carinhosamente.

— Não precisa me abraçar o tempo todo. – Billy respondeu, meio rude. — Não somos irmãos de verdade, então...

Não acredito que ele disse isso pra uma criança, eu sei que ele tá se adaptando, mas que desnecessário.

— Desculpe... – fiquei ainda mais irritada com ele por ter feita Darla se desculpar quando ela estava apenas tentando ser gentil.

— Eu não queria magoar ela... – Billy se justificou.

Freddy foi até ela, na tentativa de confortá-la e eu fui até Billy.

— Poderia ter ficado calado. – disse irritada. — Ela é só uma criança e estava tentando ser legal. – falei e dei as costas para ele, correndo na direção que Freddy e Darla tinham ido.

— Ei, meu bem. – chamei a pequena, assim que os alcancei e me abaixei até ficar da altura dela. — que tal a gente comprar sorvete pra sobremesa de hoje?

𝔻𝕒𝕞𝕒 𝕕𝕒 𝕝𝕦𝕒 / 𝕊𝕙𝕒𝕫𝕒𝕞 Onde histórias criam vida. Descubra agora