ATENÇÃO! CAPÍTULO +18!
SINALIZAÇÃO: Este capítulo contém cenas para maiores de dezoito anos. Contém cenas de sexo e nudez. Por favor, se o conteúdo lhe deixa desconfortável ou não gosta, não leia.
Espero que vocês gostem desse capítulo como eu gostei de escrever ele. Obrigada por todo o carinho e por todos os comentários gentis. Vocês não fazem ideia de como estão me incentivando a continuar escrevendo! De todo o meu coração, obrigada! Boa leitura. <3
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Eu tinha noventa e nove por cento de certeza de que eu estava sonhando.
Eu não sabia onde eu estava, sentia como se estivesse dormindo.
Para começar, eu estava deitada, me sentia sonolenta e aérea, como se estivesse acordando. Meu corpo estava molengo e eu mal conseguia senti-lo. Conforme meus sentindos começavam a retornar, eu identifiquei que estava em um quarto, era totalmente branco, desde paredes, porta, janelas e até mesmo o edredom da cama. Havia também um espelho com suas bordas enbranquecidas, se eu me levantasse, conseguiria ver meu reflexo, mesmo que apenas sentada na cama.
O primeiro motivo que me fez identificar que era um sonho é que, pela janela do quarto em que eu estava, entrava um brilhante raio de sol intenso e ofuscante, o tipo de sol que não havia no atual lugar em que eu estava trabalhando, a casa de Lady Soo Jin e seu tio. Senhor Kouzuki não permitia que dias ensolarados existissem.
Aos poucos eu consegui acordar por completo. Me sentei na cama, ainda meio sonolenta, eu me sentia mal. Não era uma sonolência normal, era diferente. Era como se eu estivesse dopada e eu me sentia muito cansada, mesmo sentindo que havia dormido por bastante tempo. O segundo motivo que me fez identificar que eu estava sonhando era que eu não estava na casa de Soo Jin, eu estava em um hospital. O que havia acontecido comigo? H
Quando ameacei me levantar, senti algo metálico em meu pulso me impedindo de sair da cama, meus olhos se arregalaram ao constatar que eu estava algemada à cama. Que merda eu havia feito pra isso acontecer comigo?
Mesmo sabendo que era um sonho, o desespero inundou meu peito como uma enchente em um dia de chuva forte e me arrebatou. Meu corpo começou a tremer e eu senti meus batimentos se acelerando gradativamente.
A porta se abriu e dela abriu uma enfermeira, eu quase respirei aliviada, mas o meu desespero só aumentou ao vê-la. Lágrimas inundaram meus olhos e borraram minha visão.
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo.
"Ela acordou" a enfermeira gritou para alguém.
Na minha frente surgiu uma figura que me deixou paralisada. Era eu que havia entrado no quarto. O desespero não foi embora do meu peito, embora sentimentos como raiva, dor, mágoa e amor me inundassem.
Eu estava um pouco mais velha, tinha os olhos cansados de sempre e cheios de culpa, eu chutaria que tinha por volta dos trinta anos. Minhas roupas eram mais elegantes, eu usava uma saia azul e uma camisa social branca com mangas compridas por dentro.
"Já faz um bom tempo que eu não venho lhe visitar" eu digo para mim mesma e faço uma pausa antes de continuar. "Como você tem passado, Soo Jin?"
Meus olhos se arregalam e o espelho à minha frente é a primeira coisa que eu procuro. O reflexo que vejo no espelho não é meu, embora eu sinta que esse corpo seja o meu. O rosto é o de Soo Jin, o olhar cheio de pânico, com olheiras profundas, o corpo mais magro e os cabelos desgrenhados.
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The Handmaiden | Sooshu
RomanceCoreia do Sul, 1930. Durante a ocupação japonesa, a jovem Yeh Shu Hua é contratada para trabalhar para uma herdeira coreana, adotada por um casal de nipônicos que faleceram em sua infância, Lady Soo Jin, que leva uma vida isolada do mundo ao lado do...