30.

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Pov Marília

- Ela tá queimando de febre - Falo para Luísa - Ela vomitou o remédio, está suando frio, eu não sei o que fazer.

- Ela estava assim, eu dei sonífero para ela - Minha irmã fala pela chamada - Ela dormiu e o corpo descansou.

- Eu não sei se tem sonífero aqui...

- Você vai ter que sair para comprar.

Depois de incontáveis horas de tentar fazer a morena parar de chorar, eu consegui, mas ela começou a ter pesadelos durante a noite, vomitou e depois que voltou para dormir, teve febre, me deixando extremamente preocupada.

- Está de madrugada, Luísa - Falo irritada - Não tem nada aberto.

- Você achou miojo de pimenta, quase quatro e meia da manhã quando ela estava grávida - Ela responde sonolenta - Não vai desmaiar se procurar uma farmácia aberta esse horário.

- É...

- Me liga se não achar, agora, boa noite.

Reviro meus olhos por tamanha ignorância e coloco qualquer casaco, mas antes volto para o meu quarto, avisar a minha mulher que eu vou sair.

- Mara... eu vou ir comprar um remédio para você - Falo passando a mão no seu rosto - Tenta dormir um pouco.

- Eu estou bem - Ela fala puxando a minha roupa - Vem dormir comigo.

- Amor, não dá para dormir com você do quão quente você está.

- Dá sim, Lila...

- Léo está dormindo no quarto dele, se você quiser chorar, pega ele e deita os dois na cama.

- Eu não paro de chorar com ele - Ela responde irritada.

- Você só para de chorar com ele - Deixo um beijo na sua bocheca - Eu já volto.

- Toma cuidado, por favor...

- Eu vou, não se preocupa - Selo nossos lábios - Te amo, dorme um pouquinho.

- Te amo, amor...

- Eu posso ir com o seu carro? O meu está sem gasolina.

- Pode, Lila...

Beijo a sua cabeça novamente e saio rapidamente de casa. Não gosto de sair na madrugada, tenho medo de pegar em carro na madrugada, mas o que eu não faço por alguém que eu amo?

As ruas estão em um silêncio total, sem carros na rua, sem pessoas, alguns bêbados andado pelas calçadas. O chão ainda está molhado, pela garoa da madrugada, me deixando um pouco nervosa, odeio estrada molhada. Quando estou procurando no GPS, vejo um carro atrás do meu pelo retrovisor.

- Não deve ser nada...

Continuo meu caminho, mas o carro não para de me seguir, mesmo que dê longe, eu consigo ver o carro. Decido ligar para Luísa, mas não acho meu celular, aí eu lembro: Deixei meu celular em casa.

Respiro fundo e tento guardar o nervosismo para mim, na esperança que realmente não seja nada. Mas o carro não saí da minha cola, suspiro aliviada quando acho uma farmácia aberta, estaciono meu carro e entro rapidamente.

- Oi, o que a senhora vai querer?

- Calmante, sonífero, remédio para insônia, qualquer coisa para dormir.

A mulher vai buscar e eu vejo que o caso está rondando a farmácia. Dando voltas, mas o vidro é totalmente preto e eu não consigo ver quem está dentro do carro, me deixando mais angustiada ainda.

Esposa Troféu (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora