6. O JOGO

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Olá, queridos leitores! Esse capítulo saiu pequeno e sinto muito por isso, tive um pequeno bloqueio que eu espero que desapareça logo. Espero que esteja fácil de entender, tendo usar uma linguagem o mais atual possível, mesmo sendo algo dos anos 30. 

Não se esqueçam de votar e comentar bastante, viu? Isso realmente me motiva muito a continuar! Enfim, sem mais delongas, uma boa leitura para vocês! <3

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Muitos dias se passaram, semanas até, desde que Soo Jin e eu decidimos sermos sinceras uma com a outra. Confesso que foi mais fácil do que sequer imaginei que seria. De certa forma, era como se eu tivesse retirado um enorme elefante de cima das minhas costas.

Nesse meio tempo, planejei cada passo que eu daria, até mesmo para respirar era algo calculado. Nakamoto parecia estar caindo no nosso jogo e não parecia desconfiar de nada. Isso porque, eu era uma ótima atriz. Eu não estava fingindo cair de amores por ele, se eu queria que ele acreditasse que eu gostava dele, a mudança teria que vir aos poucos. 

E, com Soo Jin o enrolando na resposta que ele queria sobre eles fugirem juntos, me dava mais tempo para conseguir o que eu queria. Sua ruína total, junto com o tio de Soo Jin. 

Eu odiava os dois igualmente. De um lado, o senhor Kouzuki, à quem eu odiava com todas as minhas forças, um homem velho, feio e fedido daqueles, querendo se casar com a própria sobrinha? Isso é doentio, nojento, totalmente repugnante. Eu o abominava. De outro lado, Nakamoto, filho de um coreano e uma japonesa, ele era um mestiço que se fingia de japonês. Ele era repulsível e desagradável, um manipuladorzinho barato de quinta categoria que acha que o mundo gira ao seu redor.

Confesso que estou impressionada com sua coragem de tentar me enganar. Ele quase conseguiu me convencer que realmente gostava de Soo Jin. Quase.

Nakamoto não faz ideia do que o espera, do que eu tenho guardado para ele. Eu havia preparado um teatro grande, digno de um grande prêmio pela minha atuação. 

So Yeon, minha amiga, estava a par de nosso novo plano. Eu havia aprendido a ler e a escrever, tanto em coreano, como em japonês, isso seria útil mais cedo ou mais tarde. E foi. Ela concordou com o novo plano, eu sabia que ela concordaria, So Yeon desprezava Nakamoto tanto quanto eu. 

Tudo o que fiz nos últimos dias foi fingir dar o meu máximo para que Nakamoto acreditasse fielmente que eu estava me esforçando para Soo Jin se apaixonar por ele. Esse era o plano, eu fazer com que ela se apaixonasse por ele. E bom, Nakamoto parecia acreditar nisso.

Em uma tarde nublada, ele me chamou para seu quarto. Foi igual da última vez, pediu que Minnie viesse me buscar.

"Eu não gosto dele" confessou Minnie.

"Eu sei, eu também não"

"Ele te olha como se você fosse um pedaço suculento de carne" diz ela.

Eu suspiro. "Acho que você está enganada, Minnie" minto. "Ele olha assim para qualquer mulher. É um mulherengo barato."

"Bom, o que eu disse aquela vez ainda está de pé. Se ele tentar algo, me avise que eu vou sumir com seu corpo sem deixar rastros."

Eu dou uma risada leve e agradeço. Minnie realmente era uma boa amiga e eu gostava de sua companhia. Era tão leve e tão calmo.

Ela logo se despede de mim, me deixando na frente da porta do quarto de Nakamoto. Eu olho ao meu redor, me certificando de que não há ninguém por perto, ainda assim, tenho que fingir ser uma boa criada. Me ajoelho ao chão e bato na porta. Não demora muito para que eu escute um "Entre" e assim o faço.

The Handmaiden | SooshuOnde histórias criam vida. Descubra agora