Até que o tempo nos cure

1- Aonde estávamos?

Nekomi/Japão'- 2023(?)

21:07'- pm

Começando do zero.

Primeiramente, aonde nós começamos?

Ninguém sabe exatamente em que momento isso tudo começou, muito menos sabemos quando que isso irá terminar. Só temos a certeza que não terminará tão rápido.

— Neko? Você está bem? — Nihon, meu irmão, pergunta-me. Provavelmente preocupado com minha quietude, já que, geralmente sou bem saltitante e animada.
— Sim, eu estou bem, obrigado por perguntar. — Eu obviamente não estou bem, mas não quero preocupa-lo. Ele sabe que não estou, apenas finge que não. Logo o mesmo volta a usar seu celular, pelo o que observo, ele não faz muita coisa apenas vê suas conversas e depois o desliga. Presumo que ele não está muito confortável com tudo isso..

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Começando do inicio, todo este turbilhão de sentimentos e feridas antigas vieram a 3 meses sem nenhuma explicação aparente, mas logo nos obrigamos a ir em uma busca pela verdade após um ente querido por todos passar mal. Com passar mal eu digo vomitar um líquido escuro, ouvir vozes de pedidos de socorro e ter desmaios frequentes. Tudo ficou tão estranho de repente, e nós precisamos descobrir o porquê. E com nós quero dizer eu, os outros estão levando isso como um simples passeio e uma volta educativa ao passado.

Apenas continuo olhando pela janela, enquanto a chuva caia, pude sentir uma mão repousar sobre meu ombro, finalmente me virando para ver quem era percebo que era meu pai, que me dá um abraço caloroso assim que me viro por completo ficando na sua frente.

— Por favor filha, não deixe toda essa história maluca lhe deixar mal. — Após me dizer isso ele me solta de seu abraço, ele nunca foi um pai tão caloroso, quem normalmente abraçava eu ou meu irmão era nossa mãe.. — Lhe prometo que não irei deixar essa história me deixar mal. — Mesmo que eu já esteja mal por causa disso tudo.
Finalmente com um sorriso no rosto ele se vira indo em direção a cozinha onde o mesmo preparava o jantar. Meu irmão sentado no sofá me olha de canto e em seguida liga a tv, presumo que provavelmente tenha a ligado apenas para se distrair. Sinto que hoje será uma longa noite.

Vou até lá e me sento do seu lado no sofá, percebo que ele olhava ás noticias globais, normalmente ele olharia a local, acho que o mesmo quer tanto descobrir a verdade como eu. Entre notícias de guerra e assuntos de economia me encontro intrigada sobre os assuntos dos humanos, como um country, eu não sou nem capitalista ou socialista, meu líder manda no país e eu apenas aceito coisas básicas ou assino papéis que ele me manda. Não possuo muito poder sobre meu próprio território, e o que me deixa estressada é que quem possui o poder sobre meu território age muitas vezes de forma cínica e desonesta. Não digo isso apenas como Japão, digo isso por todos os outros países, por mais que não pareça, eu leio as notícias.

Além de ler as notícias eu também vejo a forma que me imaginam, uma garota gato viciada em anime e yaoi, totalmente fetichista e eufórica. Não nego que ás vezes sou eufórica, mas eles fazem isso de uma forma absurda. É meio decepcionante saber que as pessoas tenham essa visão sobre mim, não sou a melhor country do mundo, mas, otome fujoshi fetichista sempre animada e eufórica já é demais.

Talvez eu não seja eufórica, talvez seja apenas o meu híperfoco em anime e mangá. Talvez apenas imperatividade mesmo. Não sei ao certo.

— O jantar está pronta, meninos. — Nosso pai nos chama da cozinha, meu irmão desliga a tv e eu como tive um dia cheio e quero apenas ir o mais rápido possível para minha cama vou até a cozinha e me sento no meu lugar da mesa já me servindo.