Único

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Agora não posso viver
um dia sem você, por favor
Me abrace forte, me abrace
Pode confiar em mim?
Pode confiar em mim?
Pode confiar em mim?
Me abrace forte
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Mais uma manhã ensolarada nascia no horizonte da grande São Paulo, enquanto os raios solares adentravam pela fresta da janela entreaberta do quarto de Arthur e imundavam o mesmo com sua luz.

O Cervero acordara há poucos minutos, mas decidiu continuar na cama por dois motivos: primeiro o cansaço que sempre lhe acompanhava, ainda mais agora que havia assumido o papel de Veríssimo na Ordem; e segundo, por conta da pessoa que descansava em seu abraço.

Dante ainda dormia, ressonando baixinho, enquanto seus cabelos loiros descansavam no peito desnudo de Arthur. O galdério por sua vez, apenas se permitiu abraçar o mais alto, descansando o rosto em sua nuca, tomando todo o cuidado do mundo pra não acordá-lo.

Afinal, não era só ele quem virava noites e mais noites sem dormir em busca de novas informações sobre as relíquias, Kian e a Calamidade.

Mas nesse momento, o loiro acordou, meio sobressaltando, intrigando Arthur que se distanciou do mesmo para encará-lo, preocupado.

- Tá tudo bem, Dante? Aconteceu alguma coisa?

Dante apenas piscou, se acostumando com a claridade que invadia o quarto, e virou o rosto encarando o mais velho, ainda sentindo o coração acelerado.

- Não, não, Arthur. Tá tudo bem sim. - O mais alto apenas se aproximou mais do outro, sentindo o abraço que ainda se mantinha à sua volta ficar mais forte. - Que horas são?

- Deve ser umas sete e pouca, eu acho. - Arthur murmurou, voltando a descansar o rosto na nuca de Dante onde passou a distribuir selares suaves, vendo o loiro se arrepiar.

- E que horas a gente precisa sair mesmo? - Dante sabia perfeitamente o horário que os dois iam pra Ordem, mas perguntou apenas pra prolongar um pouquinho aquele momento de carinho.

Era inevitável não ficar mais preguiçoso ao lado do Cervero. Isso era recorrente nas manhãs de ambos, o que já havia rendido pequenos atrasos à dupla.

- Lá pelas oito... - Arthur sussurrou, enquanto deixava um beijo na orelha levemente pontuda do outro. - E acho bom a gente não demorar tanto como da última vez. É capaz da Agatha arrancar o nosso couro. E nós dois sabemos que ela consegue.

Ambos riram com o comentário do mais velho que começou a se afastar do outro, enfatizando seu aviso anterior. Mas antes que ele pudesse ir muito longe, Dante segurou-o pelo braço, puxando-o de volta pra cama e pro seu corpo.

- Dante... - O galdério murmurou em tom de aviso, mas sem resistir ao puxão do outro. Dessa vez, Dante se deitou com a cabeça apoiada no peito do outro, onde fechou os olhos novamente. - Dante, é sério. A gente vai se atrasar de novo desse jeito.

- Ah, Arthur. Deixa eu ficar assim só mais um pouquinho... - Ele ouviu a risada do outro, e logo a mão do mesmo pousar em seus cabelos, passando a fazer um gostoso cafuné.

- Você tá manhoso demais pro meu gosto. - Arthur pontuou, vendo o loiro se erguer o suficiente para apoiar o queixo em seu peito para ambos poderem se encarar. - Tem certeza que não aconteceu nada?

- Tenho. Eu só gosto de ficar agarradinho em você. Só isso. - Dante explicou, sentindo seu rosto esquentar na mesma hora.

- Ainda bem que o sentimento é recíproco. - O Cervero anunciou, se aproximando para selar os lábios do homem à sua frente.

Hold Me Tight - DanthurOnde histórias criam vida. Descubra agora