Never Be Alone - Final

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E chegamos ao fim dessa história que tem um pedacinho do meu coração, agradeço a todas as pessoas que acompanharam esse pedacinho do meu coração.

A todes vocês, meu muito obrigada.

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Sarah Andrade

1 ano depois.

Acho que se me falassem a 1 ano que minha vida mudaria tanto, que eu seria mãe, dona de uma empresa e  publicitária, talvez, só talvez eu riria.

É estranho pensar que hoje eu tenho minha vida tão "organizada", que hoje um serzinho depende de mim.

Juliette evoluiu muito, fazia terapia e ia a escola, já não falava tanto as palavras errado, já era uma mocinha, como ela mesma dizia, e eu tenho tanto orgulho dela.

Morávamos em Arraial ainda, morávamos em um apartamento próximo a casa da minha tia, já que a empresa do Bil ficava lá.

Eu trabalhava das 09h às 16h que era o período que minha pequena passava na escolinha.

Criamos rotinas e tradições, por exemplo, era lei todo domingo irmos ao parque brincar juntas ou apenas curtir a presença uma da outra, termos esse dia só nosso.

As vezes me pego lembrando de momentos que passei com ela que fizeram minha vida valer a pena novamente.

Como a primeira vez que ela me chamou de MÃE.

Flashback

Logo que pagamos a conta fomos em direção ao parque aonde a Ju finalmente se soltou e foi brincar com a Vitoria, pena que alegria de pobre dura pouco, não demorou quase nada para começarmos a ouvir um burburinho e um choro conhecido. 

Eu e Pocah fomos correndo atrás das pequenas para ver o que havia acontecido e achamos Juliette sentada no chão chorando, Vitoria brava e dois meninos sendo segurados por quem eu julgo ser mãe deles. 

Sarah: O que esta acontecendo aqui? - Perguntei pegando a Ju no colo.

Vitoria: Tia Sarah, a gente estava brincando no balanço quando eles vieram brincar também, mas eles empurraram a Ju e eu briguei com eles. - Me subiu um ódio tão grande que acabei apertando ainda mais a pequena no meu colo.

Pocah: Mas filha porque eles empurram a Ju? - Perguntou Pocah com um pouco mais de paciência.

Vitoria: Porque eles queriam brincar mas a Juju tinha acabado de sentar e eu falei que ela não ia sair. - Disse a pequena fazendo um bico emburrado e cruzando os braço.

Karol: Meus filhos não teriam empurrado essa ai, se ela tivesse saído do balanço.  - Disse a mulher que até então tinha ficado muda.

Pocah: Como?! Acho que não estou entendendo?!  

Karol: Se essa coisinha não estivesse atrapalhando meus filhos, eles não teriam feito isso.  - Eu estava pronta para ir pra cima dela quando escutei a pequena chamar minha atenção.

Juliette: Eu quelo i pa tasa mamã, pu favoi, amu emboa. - Ela me chamou de mãe, ela finalmente me chamou de mãe.

Flashback off

Aquele dia, eu me senti preenchida, mas senti tanto medo, eu tinha medo de falhar com ela, de não ser uma boa mãe, de não ser capaz de ser mãe.

Mas hoje eu entendo que ser mãe é errar as vezes, é falhar tentando acertar, eu entendo que ela vai me ensinar muita coisa, que eu vou ensinar a ela coisas que a vida não é capaz de ensinar.

Souls - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora