04| Photos, messages and threats

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Sarah Fox Miller
Sábado | 06:34

Acordo e a primeira coisa que vejo é Dick bem próximo de mim, eu podia sentir sua respiração e sinto uma vontade enorme de beijar ele.

Quando nos vimos pela primeira vez no meu trabalho, eu me senti atraída por ele, quem não iria? Ele é bonito e educado, como todos daqui da torre, mas eu achava que aquilo não iria dar em nada, até por que não iriamos nos reencontrar, mas acabamos nos reencontrando de novo e da pior forma possível.

Ele abre os olhos e depois de me ver fecha de novo.

— Dick: você acordou. - ele diz ainda de olhos fechados.

— Onde está a Jenna? - pergunto me sentando na cama.

— Dick: você não precisa ficar na cola dela toda hora. - ele diz abrindo os olhos.

— Eu só estava perguntando, sou responsável por ela. - digo me levantando.

— Dick: ela está com a Rachel. - ele diz e eu entro no banheiro.

Ligo o chuveiro e desligo em seguida ao lembrar que não peguei minha roupa.

Saio do banheiro e pego uma peça de roupa.

— Dick: Tem um quarto disponível, você e Jenna podem dormir nele. - ele diz.

— Então por que dormimos no mesmo quarto? - pergunto.

— Dick: não tive tempo de arrumar ele, está todo empoeirado, ninguém vai lá a muito tempo! - ele diz.

— Eu posso te ajudar para ser mais rápido! - digo e ele concorda.

Entro no banheiro e tomo meu banho.

Richard John Grayson
Sábado | 10:49

Eu estava esperando Sarah para eu levar ela para o trabalho e encontro Hank sentado no sofá da sala.

— Bom dia. - digo me sentando no sofá.

— Hank: bom dia. - ele diz num tom neutro.

— Jenna: Dick, você viu a Sarah? - ela pergunta vindo até mim.

— Ela deve estar terminando de se arrumar para trabalhar. - digo e ela me olha confusa.

— Jenna: mas ela está em perigo. - ela diz.

— Foi exatamente o que eu disse mas ela não me escutou. - digo.

— Sarah: vamos, Dick? - ela pergunta entrando na sala.

— Vamos. - digo me levantando e vou até a mesma.

Saímos da torre e entramos no carro, começo a dirigir e ficamos em silêncio, até ela decidir falar algo.

— Sarah: tem mesmo que me pegar quando eu sair do trabalho? - ela pergunta e eu afirmo com a cabeça. — por que está me ajudando?

— Um garoto morreu por minha culpa, não quero que aconteça o mesmo com você ou com ninguém! - digo.

— Sarah: mesmo você explicando, eu nunca vou entender. - ela diz e olha para a janela.

— Gotham é linda, pena que existem assassinos e bandidos por aí que estragam tudo!

— Concordo com você! - digo.

— Me responde uma coisa, sua família não está preocupada? - pergunto.

— Sarah: meus pais morreram ano passado e meus tios não sabem que eu corro perigo! - ela diz olhando para mim.

— Sinto muito pelos seus pais, se serve de consolo, meus pais também morreram, na minha frente quando eu era pequeno! - digo ainda prestando atenção na estrada.

— Sarah: nossa, deve ser difícil ver duas pessoas que você ama morrer e não poder ajudar, sinto muito. - ela diz tocando no meu ombro.

— Chegamos, bom trabalho. - digo e ela sorri.

— Sarah: obrigada, Dick! - ela diz sorrindo e eu retribuo.

Sarah Fox Miller
Sábado | 11: 05

Desci do carro e entrei no bar vendo Tom me olhar com um sorrisinho.

— Tom: quem era? - ele pergunta.

— O príncipe da Inglaterra! - digo num tom sarcástico e ele ri.

— Lembra daquele cara que você disse que estava me olhando sem parar, então.. é ele. - digo.

— Tom: não acredito nisso, Miller, sou seu melhor amigo e você não me conta nada! - ele diz fazendo drama.

— Tom, você está falando como se eu estivesse saindo com ele, mas não estou. - digo.

— Tom: tudo bem, já que você diz. - ele diz e vai até uma mesa atender um homem.

O melhor de ser melhor amiga dele é que ele me respeita e sabe quando é hora de parar com as brincadeiras dele.

[...]

Meu turno acabou e termino de fazer algumas coisas que estava fazendo antes de ir embora.

— Tchau, Tommy! - digo e o mesmo sorri ao ouvir o apelido.

— Tom: o que deu em você? - ele pergunta confuso, porém ainda estava sorrindo.

— Comigo? Nada. - digo rindo.

— Tom: você nunca me chamou por um apelido. - ele diz e eu sorrio indo embora.

Saio do bar e quando Dick chega eu entro no carro.

— Tom: ei Sarah, espera. - ele diz e eu abaixo o vidro do carro.

— O que aconteceu? - pergunto.

— Tom: você esqueceu isso. - ele diz me entregando um envelope.

— Isso não é meu! - digo.

— Tom: tem o seu nome aí! - ele diz e eu pego o envelope.

— Obrigada. - digo sorrindo simpática.

— Tom: você está meio estranha hoje.. enfim, tchau pra vocês. - ele diz rindo.

— Eu e Dick: tchau Tom. - falamos juntos e Dick começa a dirigir.

Abro o envelope e vejo que são fotos dos meus pais.

Vejo cada uma delas, tinha uma que eles estavam entrando no restaurante no dia da morte deles, quando saíram, fotos deles comendo e deles mortos no chão.

Começo a sentir lágrimas escorrerem pelo meu rosto e escuto meu celular vibrar, mostrando uma notificação de mensagem, era um número desconhecido, abri a mensagem e só piora ao ler um "Depois mando as fotos de um ângulo melhor, essas são só o começo do seu sofrimento!", ao perceber a minha reação estranha, Dick segura em minha mão, ainda dirigindo e mantendo seus olhos na estrada.

— Dick: o que foi? Por que está assim? - ele pergunta prestando atenção na rua.

— São fotos.. fotos dos meus pais no dia do assassinato. - digo limpando as lágrimas rapidamente.

Não gosto que as pessoas me vejam chorar, pra mim é sinal de fraqueza.

— Dick: quem te deu isso! - ele pergunta.

— Eu não sei, eu nem sabia desse envelope, até Tom me entregar! - digo.

Ele estaciona o carro e me abraça.

— Está tudo bem, Dick, sério! - digo e ele para de me abraçar.

— Dick: me dê as fotos! - ele diz.

— Não precisa, vamos encerrar esse assunto e esquecer. - digo mas ele não me dá ouvidos.

— Dick: por favor, Sarah! - ele diz e eu entrego.

Ele guarda o envelope e fomos para a torre, quando chegamos no local, fomos para o quarto e dormimos junto com Jenna.

𝐁𝐄𝐋𝐈𝐄𝐕𝐄 𝐌𝐄, Dick GraysonOnde histórias criam vida. Descubra agora