Novo plano.

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Não demorou muito para arrumar tudo no seu lugar, ela fez questão de me ajudar.

Assim que eu acabei de arrumar tudo já era tarde, e eu estava cansada e com sono, mas eu não consiguiria dormir tão facilmente, mesmo tentando dormir, não importa o quão cansada eu esteja, eu não irei conseguir, meu cérebro sempre me assusta, com pensamentos de que não posso acordar, ou acordar morta, até por que, eu estava na casa de uma assassina louca obcecada por mim.

Estava um clima agradável, estava úmido e com neblina, se você olhasse pela janela, você mal conseguia ver as árvores ou as casas próximas.

Eu estava sentada no 'meu' quarto, observando a janela, pensando como eu faria meu plano dar certo, oque poderia dar errado, como eu iria fazer, coisas assim.

Escutei a porta abrir e me virei.

"Tudo está arrumado agora."-Ela disse entrando e se aproximando-"Como consiguiu fugir?"

Confesso que me surpreendeu um pouco essa pergunta, talvez ela queira ficar atenta.

"Eu tenho minhas habilidades.Mas de toda forma"-Eu desviei o assunto-"Muito obrigada por me ajudar."-Eu sorri.

Ela se aproximou mais e acarenciou minha bochecha.

"Eu faço de tudo por você."

"Você nunca me machucaria, não é?"-Eu disse fazendo uma cara de cachorrinho abandonado.

"Oh não querida, claro que não! Nunca!"-Ela se aproximou mais, agora ela estava tão perto de mim que eu consiguia sentir seu coração bater fortemente.-"Você sabe que eu nunca faria isso, não e?"

"Sim, eu sei... Mas porfavor, entenda, eu tenho medo ainda..."

"Não tem problema algum, eu te dou o tempo que você precisará, sim?"-Ela sorriu e desceu sua mão, indo até minha coxa, a apertando.

Eu tirei sua mão, eu tinha medo dela, mesmo tentando não demonstrar. 

"Você tem medo de mim, não é?"-O sorriso dela sumiu.

"Claro que não!"-Eu disse tentando disfarçar.

"Prove, prove para mim então, prove que não tem medo de mim."

"Como assim? Que tipo de prova? O que quer que eu faça?"-Eu estava com tanto medo... Com medo de eu não consiguir a enganar e ela me matar ali mesmo, e aquele caso não e? Se ela não pudesse me ter, ninguém mais poderia.

"Me beije."

"Você quer que eu te beije para provar que não tenho medo de você?"-Eu disse tentando confirmar o que eu ouvi.

"Você até que aprende rápido."

Eu respirei fundo, buscando calma, eu precisava fazer isso.

"Eu posso?"-Eu disse acarinhando sua bochecha, devolvendo o mesmo gesto que ela havia feito em mim.

"Por que ainda pergunta?"

Eu a puxei para um beijo, seus lábios eram levemente secos por conta do batom vermelho matte, mas eram perfeitos, eles eram fofos, e seu beijo, tinha gosto de sangue.

Ela me puxou pela cintura, para me aproximar dela, enquanto eu a puxava pelo pescoço, a abraçando.

Quando ela se separou de mim, com a mão ainda segurando minha cintura.

"Você beija tão bem... E uma pena que eu não tenha sido a primeira."

"Eu tinha medo de você tiff. E ainda tenho as vezes, mas eu não consigo resistir a você, não mais."-Eu menti na cara dura.

O Amor Tem Gosto De Sangue.Onde histórias criam vida. Descubra agora