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Allonne, Altos da França

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Allonne, Altos da França. Domingo, 09:30h

O cheiro do verde, da terra e da criação que tinha perto das cercas, invadia meus pulmões. Podia não ser o melhor cheiro do mundo, mas era melhor que o ar poluído da cidade.

Os braços de Summer envolviam meu corpo e vez ou outra, sua cabeça envolta no material de plástico do capacete, batia levemente contra o meu.

Ela me disse antes de subir na moto, que estava com medo e que nunca havia andado em uma antes.

Assegurei que iria tomar cuidado e que estava segura comigo. Nos primeiros vinte quilômetros de viagem, ela me apertava com tamanha força, que tive que chamar sua atenção.

Naquele momento, sentia seu corpo mais relaxado contra o meu, porém o meu, estava tenso e dolorido pela estrada de chão.

Escolhi o caminho mais longo. Quase uma hora a mais de estrada. Menos movimento, sem pedágios, sem câmeras... mais segurança.

Não queria arriscar. Mesmo que no continente europeu a chance fosse remota de sermos reconhecidos, preferia pecar pelo excesso, do que pela falta de cuidado.

Distraído com meus pensamentos, assustei-me quando Summer deu algumas batidas leves no meu ombro e então eu sabia que ela queria parar.

Mesmo com nenhuma alma viva aos redores, dei sinal e encostei a moto próximo a uma cerca de arame farpado enferrujada.

Desci da moto primeiro e ajudei Summer em seguida.

Com os dois pés em chão firme, ela se alongou e depois tirou das costas uma mochila média de couro preta.

De dentro da bolsa ela tirou uma garrafa d'água, deu alguns goles com avidez, fazendo uma pequena quantidade de água escapar por entre os cantos da sua boca, escorrendo pelo seu queixo e pingando em sua blusa.

As gotas generosas espalharam-se pelas fibras brancas e foram tomando conta da borda da costura do decote avantajado.

— O que foi? — Summer perguntou me entregando a garrafa.

— O quê?

— O que tanto você olha? — Peguei a garrafa e dei um gole.

— Ué, nada! Só tava olhando. — respondi na defensiva e bebi mais um pouco do líquido transparente, matando minha sede.

— Estava olhando para os meus peitos, senhor Scott? Ou é impressão minha? — Summer cruzou os braços embaixo dos seios, os deixando ainda mais evidentes.

Do jeito que ela parou, o tecido elástico da sua blusa prendeu entre seu corpo e seus braços e, a cada inflar dos seus pulmões, a sua pele manchada pelas sardas ficam ainda mais em evidência e depois volta ao normal.

Era um processo lento e muito tentador. Mais um pouco tinha a impressão que eles saltariam pela borda do tecido.

Olhando soslaio enquanto ainda bebia água, Summer encostou-se na moto e cruzou os pés me encarando como se soubesse o que eu estava pensando.

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