01. Quanto tempo ⛓️

3.9K 96 133
                                    

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Ao sair daquela sala de reuniões, tento me lembrar do caminho que me fez chegar alí, para poder ir embora. Assinei alguns papéis, mas a reunião não deu em nada muito interessante. Só valores e futuros projetos, que possam demorar para acontecer. Mas disseram que na segunda reunião, será mais interessante e lucrativo. Alguns empresários, que estavam comigo naquela sala de reuniões, minutos atrás, vão se dividindo, cada um seguindo para um lado e meus pensamentos só estão em ir embora daqui, antes que eu veja Victor.

Quando dobro uma esquina de paredes, supondo que é o corredor que me leva até o elevador, sou encurralada na parede, pela pessoa que mais queria evitar.

— Me solta. — rosnei, vendo o divertimento em seus olhos.

— Quanto tempo, mia amore. — provoca, deixando nossos corpos bem pertos um do outro. Impulsiono meus pulsos para frente, na tentativa de me soltar, mas é falho. Ignoro sua provocação.

— Me solta, seu nojento. — rosnei de novo, encarando bravamente ele. Canalha.

— Não era assim que você me chamava, lembra?. — diz sua provocação. — Era amor. Meu amor. Amore mio. — ele sorri, com sua diversão.

— Me solta. — ordeno meu pedido de novo e ele não se move da minha frente.

— Por quê? — soprou as palavras, aproximando nossas bocas. — Não está gostando de sentir meu corpo bem perto do seu? — sussurrou, sensualmente. Babaca. — Não está excitada, principessa? — fechei mais a cara possível.

— Não me chama assim. — voltei a rosnar, soando firme e bruto. Tentei novamente me tirar das suas mãos, que me prendiam na parede.

— Você gostava tanto, quando eu te chamava assim. — sinto meu ódio aumentar, casa vez mais que me provoca e decido ser mais inteligente. Chuto sua coxa, bem perto da virilha, fazendo assim, ele finalmente me soltar e vejo suas mãos irem para o meio das pernas. — Sua filha da p... — gemeu, não terminando a frase.

— A próxima vez que vier falar comigo ou olhar para mim ou me prender de novo contra a parede, eu juro que o chute é mais certeiro e muito mais dolorido. — comumico, saindo dali e o largando com dor nas bolas. Que se foda. Merecia muito mais que um chute perto do saco.

Pego o elevador e aperto o botão para o térreo e torço para chegar logo, para ir embora. Quando chego no meu carro, entro nele rapidamente, tendo o receio de Victor estar vindo atrás de mim, porque eu sei que agora que estamos "trabalhando" juntos, ele não vai perder a atenção comigo. Isso ele não vai deixar de fazer, mesmo!

Acelero o carro, para chegar em casa o mais rápido possível e dou sorte por perceber que não estou sendo seguida. Desço do elevador, indo até a porta de casa e abro ela, entrando rapidamente. Sim, ainda estou verificando se não estou sendo seguida. Tranco duas vezes a porta, para me sentir mais seguro, porque agora tenho um assassino atrás de mim.

Para me distrair, pego meu celular de dentro da bolsa e decido ligar para Carol. Me sento no sofá, suspirando, para não perceber nada de estranho em mim e ela então atende no terceiro toque.

— Oi, amiga.

- Oi. Tudo bem?

— Tudo sim. Está na casa? A reunião já acabou?

- Sim.

— E como foi?

- Nada de muito interessante. Só na segunda, que vamos tratar de negócios lucrativos.

— Ah, entendi.

- Como está Aurora?

— Está assistindo desenho na sala, enquanto dou uma organizada na cozinha.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora