cap. 13 - Ayad

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Ela liga a TV, puxa uma colcha e se cobre, se deitando no sofá, e eu me sento perto dela, mais não o suficiente para encostá-la. O que quê você foi arrumar da sua vida Iago?

Não demoro a pegar no sono. Meu corpo pede o descanso que eu não consigo á dias depois que retornei do Egito com ela.

Acordo leve, com um pouco de dor na cabeça, mas dessa vez não sou eu quem está em cima dela e sim ela quem está em cima de mim. Entrelaçada com as suas pernas no meu quadril e a cabeça repousada em meu peitoral.

Sinto minha ereção matinal se movimentar assim que percebo a sua pelve me encostando. A acordaria e a colocaria para cavalgar no meu p@u nesse exato momento. Drog@ de pensamento que me assombra. Drog@ de cheiro delicioso.

Ela dorme pesadamente em meu peito, e eu estou sem coragem de acordá-la. Meu p@u chega dói embaixo dela. A TV ainda está ligada, mais o som é um pouco mais baixo. Não sei nem que horas são. As cortinas estão fechadas tampando a claridade do dia, que tenta adentrar por algumas brechas da janela.

Olho ao redor e noto o controle remoto. Pego e desligo a TV. Tudo fica ainda mais escuro.

Seguro a sua cintura, acaricio e cheiro os seus cabelos.

Ela se mexe, eu a viro de lado com ela ainda entrelaçada em mim. Permaneço com ela em meus braços e agora posso a olhar, serena e dorminhoca em meus braços. Como que ela ainda não acordou, ou percebeu que eu estou a segurando com força em meus braços?

Aguardo mais alguns minutos, ainda sem ter noção da hora, permaneço com ela do mesmo jeito.

- senhora Ayad, seu café já esta na mesa. – ouço a voz de Zana assim que entra na sala de TV. Para a Zana entrar assim, possivelmente ela já sabia que a Sophia dormia aqui todas as noites. Mas porque ela não dorme no seu quarto?
Ela se aproxima e me vê.

- senhor Ayad? – ela se assusta e fala alto e puta merd@, outra pessoa se assustando em me ver em menos de vinte e quatro horas.

Só falta o Heitor chegar aqui agora.


- senhora Zana. O senhor Ayad dormiu aqui ontem? Estive no escritório e não....– ele para de falar. Mas que porr@. Heitor adentra na sala de TV sem aviso prévio e me vê nessa posição com a Sophia.

Os dois patetas ficam me olhando sem entender nada. Termino de cobri-la como a colcha.

- saiam vocês dois – digo baixo querendo não acordá-la.

Ela se mexe novamente. Eu aperto-a ainda mais em meus braços. Estou gostando de sentir a sua pele.

Preciso trabalhar? Não, não preciso, preciso estar aqui com ela amarrada em meus braços. Seu cheiro me excita e também me acalma.

Meu braço está dormente. Ela se movimenta e começa a acordar. Acredito que ela ainda não percebeu que está em meus braços dessa forma.

- Sophia – chamo-a, meio sem jeito.

- Iago? – sussurra.

Ela não me olha e permanece na mesma posição que estava. E eu não me sinto com vontade de deixá-la fora dos meus braços.

- você não foi embora?

- não. Acho que dormi demais – repondo. Sem saber muito o que dizer. Já que acordei faz tempo e tive tempo de sair antes dela acordar, mas não sai.

- você vai ficar? – porr@ Sophia, você vai mesmo ficar me fazendo perguntas?

- aonde? Aqui?

- sim. Aqui?

Não sei se ela se refere a ficar aqui no apartamento, ou aqui com ela o dia todo, ou aqui no sofá. Tenho até medo de pedir para ela ser mais especifica.

Seu estomago ronca.
- acho que estou com fome – ela diz.

- sim, eu também estou.

- está tão bom aqui – resmunga – meu p@u pulsa.

Ela sente e se afasta dos meus braços com vergonha.

Eu me sento e ela também se senta ajeitando a camisola.

- vamos comer?

- eu preciso de um pouco de privacidade para me recompor.

- verdade, eu também preciso – só então eu percebo que estou só de calça.

Vou para o meu quarto e ela para o dela.

.......chego a mesa de café da manha primeiro que ela. Encontro Heitor sentado lendo um jornal. Quem hoje em dia lê jornal? Heitor!
Bufo ao ver um sorriso sacana em sua face. Sei que lá vem merd@.

- há quanto tempo você não dorme tanto assim Iago?

- não interessa.

- são quase dez da manha. Tive a cancelar alguns compromissos.

- heeee ... continue.... digo sem ânimo.

- fiquei surpreso em receber ligações na madrugada avisando a sua saída da mansão e chegada aqui na cobertura. Você estava louco para saindo aquela hora sem segurança.

- sim, eu estava louco e bêbado – na verdade eu estava louco e bêbado por ela.

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Plágio é crime.

Um Homem as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora