the road not taken looks real good now

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Sunghoon não tinha pensado naquilo direito.

Todo Natal, a família Park organizava uma festa beneficente, onde as famílias mais prestigiadas e pessoas mais influentes apareciam. E Sunghoon sempre odiou essas festas.

Gostava de estar com suas irmãs e irmão, e gostava de comer, mas odiava as pessoas esnobes e odiava ter que fingir ligar para tudo aquilo quando o que realmente queria era estar em sua cama vendo filmes natalinos.

E daquela vez era pior. Muito pior.

Porque Park Sunghoon, filho mais novo da maravilhosa e influente família Park, era o único solteiro. 

Jihyo estava noiva, Chaewon estava namorando fazia mais um ano e até Jongseong tinha arranjado alguém para aguentá-lo - e Sunghoon realmente admirava Jungwon por isso.

Mas ele estava sozinho.

Por opção, gostaria de deixar claro. 

Sunghoon era o tipo de pessoa que se achava melhor sozinho, e também todas as pessoas que ele tinha o mínimo de interesse, acabavam por já ter alguém ou simplesmente não gostar dele daquela forma.

E ele tinha, é claro, muitas pessoas querendo ficar com ele. Mas nenhuma lhe chamava a atenção. Nenhuma lhe despertava sequer a fagulha de um possível interesse. 

E normalmente ele estaria bem com isso. 

Mas faltava um mês para o Natal, a festa beneficente estava chegando e ele não queria ser o único filho sem um acompanhante. E assim, iniciou sua série de problemas.

— Sunghoon, querido — sua mãe o olhou, um sorriso doce no rosto, enquanto ele se sentava para um jantar em família — Você vai levar alguém para a festa? 

A resposta correta seria: não, mãe, pois eu ainda não me recuperei da minha pequena queda por Jang Wonyoung e estou lamentavelmente sozinho pois quem me quer, eu não quero. O que ele disse, no entanto, foi: 

— Vou, sim.

Todos os olhos da mesa se viraram para ele.

— Você vai? — Chaewon arqueou uma sobrancelha.

Ele entendia o choque perfeitamente, visto que aquela seria a primeira festa que ele dizia levar alguém. Em todos os seus 21 - quase 22 - anos.

— Vou. — ele respondeu, sem dar uma chance para si mesmo de voltar atrás e desfazer sua burrada.

Toda sua família então começou a fazer perguntas, e sem que Sunghoon percebesse, ele estava criando um cara inteiro da sua própria imaginação.

Ou que ele achou que era sua imaginação.

E foi assim que ele acabou parado em frente ao apartamento de Sim Jaeyun, às duas e meia da manhã de um domingo.

— Sunghoon? — o mais velho perguntou, franzindo o cenho.

Da última vez que Sunghoon o vira, Jaeyun estava com os cabelos loiros e parecia a descrição perfeita de um Golden Retriever. Agora ele tinha os cabelos pintados de preto, mas Sunghoon ainda o compararia com um filhote, se deixassem.

— Eu tenho uma emergência. — o Park falou, sem fôlego.

— Que tipo de emergência? — Jake arqueou uma sobrancelha.

— Te explico se me deixar entrar. 

E mesmo confuso, o menor deu espaço para que Sunghoon entrasse antes de fechar a porta.

— Eu não te acordei? 

— Eu estava estudando — Jake deu de ombros, sentando em seu sofá — Vai me explicar ou não? 

epiphany ~ jakehoon Onde histórias criam vida. Descubra agora