Um dia, que inicialmente estava normal e divertido, acabou ficando aterrorizante e traumatizante para Hana Suzuki ao ser mandada para Borderland, uma versão de Tóquio, onde todos são obrigados à jogar jogos mortais para sua própria sobrevivência.
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HANA ANDAVA por Shibuya com sua melhor amiga, Hinata. Haviam marcado de ir à uma cafeteria, já que tiraram um dia de folga. Ambas trabalhavam na área musical e no mesmo grupo. Faziam apresentações em bares, boates, festas de pessoas ricas e para quem pedisse. Eram bem conhecidas no país, então possuíam uma ótima condição financeira.
Assim como uma agenda lotada.
Naquele dia em especial não havia nada para o grupo. Apenas Hana e Hinata resolveram sair de casa, já que as outras garotas não quiseram e preferiram ficar dormindo.
Ao chegarem na cafeteria, foram logo fazer os pedidos. A Suzuki pediu um café gelado e bolo, e a Mori um capuccino e uma torta doce. Após isso, as amigas se sentaram na única mesa vaga do local.
— Nunca vi esse lugar tão cheio... — Hana comentou, observando toda a cafeteria e as pessoas.
Percebeu como os funcionários já pareciam cansados, mesmo tendo trabalhado por apenas uma hora. Os clientes focados no celular ou no computador, resolvendo coisas do trabalho e haviam poucas pessoas tranquilas como as duas mulheres.
— Porque você quase não sai de casa. — Hinata disse simples e encarando a garota à sua frente. — E se vem aqui, é em um domingo. O único dia que sai por livre e espontânea vontade.
— Hm, é claro. Domingo é entediante, eu preciso fazer algo além de ficar deitada mexendo no celular. — Ela focou o seu olhar na garçonete que chegava com seus pedidos, logo os entregando às duas, que agradeceram.
— Bom apetite. — Se curvou e logo saiu de perto delas.
— Ainda bem que não temos nada para hoje. Estou absolutamente cansada! Não sei nem como estou aqui.— A Mori comentou enquanto bebia seu capuccino. E Hana concordou.
— Eu também. Ficamos ensaiando o dia todo para a noite de ontem. Mas valeu a pena, apresentarmos com perfeição. O nosso público adorou! — Tomou um gole do café e logo voltou a falar. — A dona entrou em contato por e-mail, ela quer que façamos apresentações na boate mais vezes.
— Eu acho uma boa, os clientes de lá são animados. — Hina disse e logo uma notificação chegou para a mesma. — Já volto, é importante. — E então se levantou e foi para o lado de fora da cafeteria. A Suzuki, então, aproveitou e se levantou para ir ao banheiro.
Ela se olhou no espelho durante alguns segundos, até que todas as luzes se apagam de repente. Não ligando muito para aquilo, apenas fez o que precisava.
Todo e qualquer som que antes podia ser ouvido simplesmente sumiu. E isso era estranho demais para um lugar tão movimentado como Tóquio. Assim como a energia ainda não ter voltado.
Lavou suas mãos e saiu do banheiro o mais rápido possível. Se assustou ao ver a cafeteria completamente vazia. Não tinha mais ninguém ali. Estava apenas o silêncio no estabelecimento, até Hana ouvir uma voz gritando por seu nome na rua.
