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- Logo estaremos em casa, então seque seus olhos. - Foi dito por Hayakawa. O varonil de olhos cobaltos. Ele tentava tranquilizar Angel depois de posteriormente terem abandonado determinado bar. Seu hálito fedia a álcool, exprimido sua falta de percepção. Por estar encarcerado a ele naquele tempo importuno, Hayakawa não possuía a escolha de deixá-lo na mão. Então, o acudiu com seus resquícios de sobriedade. Angel chorava, berrava, batia-o. Se igualando a uma criança sem capacidade de suportar a fúria do seu índole. E Hayakawa estava ali, o guiando em seus braços tíbios, tentando se mater neutro. Todavia, infelizmente, apoia-lo nele não era suficiente. Pois Angel continuava a tropeçar nas próprias pernas. Fazendo-o ir junto. Aki reclamava silenciosamente, prendendo o ar para não suspirar alto. - Ei, toma cuidado. - Sua voz rouca ecoou pelo ouvido de Angel. Eufônica.
- Quando você franze os cenhos dessa maneira, é difícil manter o equilíbrio. - Angel deixa escapar. No calor do momento, Hayakawa o fitou meio aturdido. Ele sorriu por um breve momento. Aki pressionou sua testa contra a dele, a qual pingava suor noturno, embora estivesse frio. Colocando seus dentes em seus beiços, enquanto observava a camisa de botões de Angel.
- Você nunca diria isso sem estar chapado. - Ele afirma se afastando. Angel estava com os olhos fixos aos dele, hipnotizado. Por infausto, quando Hayakawa se distanciou, Angel saiu do seu transe. Abanando sua cabeça duas vezes. Aki desejava que fosse uma noite comum. Onde se drogava pelas avenidas escuras com tabelas de cigarros em mãos. Escondendo-se nos corredores menos luminosos da cidade. Cantarolando baixinho alguns versos de metal. Este maldito havia atrapalhado seus planos. Angel, com toda certeza, não era um adulto responsável.
Ele abaixou o olhar, que se direcionava ao pescoço quase transparente do menor. Sua boca entreaberta demonstrava um desejo que Hayakawa nunca admitiria. Talvez o fato de não ter feito mais sexo o deixa-se assim. A última vez que trepou com alguém foi num buraco de prostituição. Isso tinha-o traumatizado o suficiente.
Entretanto, jamais transaria com alguém feito Angel. Ele era fofo demais e definitivamente não fazia seu tipo. Além disso Aki era hétero, mesmo com experiências gays. Talvez pensasse nisto porquê Angel parecia uma garota às vezes.
Só por isso.
Aki se animou quando chegou na calçada do edifício daquele baker miller rosa. O deixando ali, poderia virar sua noite doidão como queria. Era até estranho ele ser o único sóbrio naquela ocasião. Angel virou a maçaneta sem precisar de chaves. Será que ele sabia que é perigoso deixar a porta de casa destrancada, principalmente a essa hora da noite?
- Tchau, se cuida. - Hayakawa afirma se virando para ir embora. Entretanto, dois segundos depois, de forma incauta, Angel agarrou seu braço fortemente. As sobrancelhas do menor se levantaram levemente, demostrando sua pálpebra caída. Aki fechou os olhos, permanecendo impassível e imperturbável. - Você realmente não vai me deixar ir né? - Ele contornou de volta o rosto.
- Fica aqui comigo - Angel abaixou a cabeça. - Por favor. - Hayakawa arfou descontente, massageando a nuca. O corpo de Angel relaxou enquanto falava. Sua visão aos poucos se embaçava. As pernas dele bambaram. Angel inclinou-se para o tronco de Aki, caindo inconsciente.
- Que situação chata. - Hayakawa diz para si próprio, envolvendo Angel para si. Aquele garoto sempre o prendia nele de alguma forma. E por incrível que pareça, não só nessa ocasião. Aki puxou o pano da camisa e o levou para dentro. A casa dele era simples. Possuía uma sala de dois sofás e uma Sky TV bem antiga da qual todas as vezes Angel telefonava por dar problema. Hayakawa se dirigiu ao quarto carregando Angel pelos braços. Angel era leve, mas seus braços eram fortes. Já que ele apanhava firme a roupa do moreno.
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Acordes & Horas iguais {AKIANGEL ━ ONESHOT}
FanfictionHayakawa dizia que jamais se envolveria com Angel, mas foi o primeiro a gemer seu nome.