P.o.v Finney Blake
Subo as escada o mais rápido que eu posso depois do meu pai me dar uma surra. Estou todo dolorido e sujo de sangue. Entro no meu quarto e vou de imediato para o banheiro me lavar.
Tiro minhas roupas e adentro o box. Nem percebo que estou chorando até começar a soluçar, tem algo de reconfortante em chorar debaixo da água, onde ninguém pode perceber que você está chorando ou que você está destroçado.
Vejo o sangue escorrendo pelo ralo com os olhos e agradeço a Deus mesmo se acreditar nele por Gwen não estar aqui. Ela com certeza ia falar algo que irritaria nosso pai e apenas apanharia junto. Ela foi dormir na casa da nossa amiga e minha ex- crush, Donna por alguns dias então só poderei vê-la na escola.
Saio do banheiro depois de um bom tempo, e me jogo na cama. Sei que não devo dormir chorando pois amanhã meu olhos vão ficar inchados e sei que devo cuidar dos meus ferimentos, mas estou tão cansado. Sinto como se todas as minhas energias tivessem sido sugadas.
No fim acabo chorando até dormir, sem me importar com mais nada.~Quebra de tempo~
O despertador demoníaco toca, me fazendo acordar. Penso seriamente em não ir pra escola, matar aula. Talvez eu possa matar aula, embora eu não ache que meu pai vai acreditaria. Por fim acabo me levantando e a dor se espalha pelo meu corpo rápido como um raio, mas é suportável.
Entro no banheiro e faço minhas higienes pessoais, arrumo meu cabelo e coloco um casaco e uma calça pra esconder as manchas roxas em meu corpo. Olho no espelho pra verificar se está tudo certinho, meu olhos estão inchados mas pelo menos nem um ferimento está aparente, então desço pra preparar meu café da manhã.
Faço um café pra mim e pro meu pai, depois faço um pão com queijo e presunto. Termino de comer e nem sinal de vida do meu pai. Pego minha mochila e vou pra escola.
O caminho sem Gwen falando no meu ouvido é extremamente silencioso, e faz eu me sentir triste e solitário. Além é claro do pavor de encontrar o adorável trisal de patetas. Já apanhei muito ontem, e é difícil fingir que está tudo bem quando todo o seu corpo grita de dor a cada passo que você dá. Se eles me baterem hoje pode ter certeza que eu não levanto mais.
Procuro a Gwen em todo canto mas não acho ela e acabo encontrando Robin assim que ele me vê abre um sorriso enorme daqueles que faz você ter vontade de tirar umas vinte fotos. Estou tão acabado que nem sei se meu sorriso parece verdadeiro.
Ele vem caminhando rapidamente até mim parecendo nitidamente preocupado.
-Tá tudo bem Finn?-Ele diz me olhando de cima a baixo.
-Claro que está Rob, por que não estaria?-Respondo tentando parecer despreocupado, forte e confiante. Aviso óbvio: Falhei miseravelmente.
-Finn você mente muito mal-ele diz sério, me fazendo ter vontade de me matar ou sair correndo na direção oposta dele-Vem- Robin fala e saí me puxando. Percebo que ele me arrastou até o banheiro.
Assim que entramos Robin solta meu braço e começa a me avaliar o que me deixa mais nervoso ainda, se isso é possível. Inconscientemente começo a estalar os dedos o que apenas prova o quanto eu estou nervoso.
-Hoje está tão calor, por que você não tira o casaco?-ele pergunta e embora pareça uma pergunta inocente, percebo que ele já desconfia que eu apanhei só não sabe que me bateu.
-Eu não estou com calor-falo olhando pro chão.
-Finn você está suando - ele diz parecendo estar se divertindo.
-É porque eu estou nervoso -percebo a merda que eu falei quando já era tarde demais.
-E por que você está nervoso?-fui pego na mentira merda.-Tire o casaco Finney.
Tomo coragem e tiro o casaco e vejo a expressão horrorizada dele logo substituída por um olhar de ódio que assustaria até o diabo.
-Quem fez isso com você? Buzz? Matt? Matty? Talvez Moose?-ele diz fechando os punhos, coloco o casaco novamente.
-Ninguém-respondo rapidamente -Ninguém bateu em mim, Eu... Eu caí da escada - nem eu acredito na mentira que acabo de contar.
- Eu sou seu amigo Finn, seu melhor amigo, você pode confiar em mim. - ele diz fazendo meus olhos arderem e minha garganta fechar -Quem foi que fez isso com você Finney?-Ele diz suavemente
-Meu pai - respondo e as lágrimas começam a cair, e não param mais.
- _ese hijo de puta_-escuto ele dizer então sinto os braços dele me rodearem e enterro o rosto na curva do pescoço dele. Me permitindo chorar por que ele está aqui pra segurar quando eu desabar.-Vai ficar tudo bem - escuto ele dizer, e quero desesperadamente acreditar.
P.o.v Robin Arellano
O sinal bate mas continuo abraçado com Finn, ele já está mais calmo, eu chamei ele pra ir lá me casa, e usei de desculpa a matemática, ele vai pedir pro _diablo_ do pai dele.
Vou no mercadinho comprar doces, comida e refrigerante pra comer junto com o Finn.
Perguntei preocupado se ele que eu vá junto com ele, mas ele apenas negou. Ele se solta de mim escutando o sinal, e vai em direção a pia pra lavar o rosto.
-Matamos todas as aulas -ele diz fazendo uma careta.
-Esse é meu melhor amigo -digo rindo.-Até daqui a pouco Finn.
-Até Rob - ele sai do banheiro primeiro, eu saio logo depois e vou pra casa esperar a ligação de Finn.
P.o.v Finney Blake
Estou bem melhor graças ao Robin, mas ainda estou com medo de encarar meu pai.
Fico pensando no Robin o caminho inteiro, eu sei que o jeito como eu gosto dele não é na amizade, mas eu nunca achei que era gay.
Eu sei que amo ele...sou interrompido pela dor estranha no peito que andei sentindo, mas dessa vez ela vem tão forte que começo a tossir.
Me assusto ao ver pétalas sujas de sangue. Não pode ser, não é possível, não,não, não.Notas da autora: Eita cap bemmm feliz pra comemorar o ano novoooooo 🥳🥳
A flor de hoje é o Gerânio vermelho que significa Consolo, o que até que combina com o cap de hoje, Nosso amado Robson consolando o Bala fini.
Espero que tenham gostado!!🤡❤️
Bjs da Annita 💋🍷
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sangue e flores 🌼
Fanfic"Você fez flores crescerem em meus pulmões e embora elas sejam lindas, eu não consigo respirar" Onde Finney se apaixona por Robin, e adoece por esse amor não ser correspondido. Notas da autora: Essa história fala sobre a doença Hanahaki. Essa doe...