-Já se passaram várias horas, a gente precisa chamar a polícia. -Dissera Chris que não aguentava mais estar cercado dos três amigos a flor da pele. Era tão difícil de dizer quem era o menos nervoso ali, até ele mesmo que se colocou no lugar de ser a válvula de escape, o que tentaria deixar o clima mais leve para que ninguém enlouquecesse, já estava a ponto de ficar louco.
-Não podemos chamar a polícia, o Velasco jamais aceitaria isso, ia descontar nas meninas. -Dissera Ucker que já estava com os olhos fundos, aparentando cansaço. Fazia um bom tempo que estavam tentando achar uma solução, esperando até o último fio de esperança que a situação fosse um pouco menos pior e conseguissem um contato do sequestrador para negociar um resgate.
Mai tinha parado de chorar fazia alguns minutos, mas suas bochechas ainda estavam molhadas pelas lágrimas que rolaram ali. Vez ou outra ela tinha uma crise de choro silenciosa, Dul e Annie eram como se fossem sua família e ela nem poderia imaginar como seria sua vida dali pra frente se algo acontecesse com elas.
Poncho andava de um lado para o outro, tentando pensar em alguma coisa, qualquer conversa que tivera anteriormente com Anahi e que desse alguma pista de onde talvez Velasco pudesse tê-las levado.
Mas quando sentiu seu corpo pesar em tamanha tensão, precisou se sentar.
-Eu estou com tanta raiva. -Dissera Poncho com a voz embargada, segurando o choro. -Eu juro que eu não aguento nem a idéia de ficar sem a Anahi.
-Pelo menos você conseguiu passar algum tempo com ela, pôde dizer que a amava. -A voz de Ucker saiu falha mas fora ouvida facilmente pelo silêncio que se fez presente na sala com a declaração de Alfonso.
-Nosso último diálogo juntos foi uma briga. -Lembrou Poncho com tristeza. -Agora talvez nunca mais eu tenha a chance de dizer olhando nos olhos dela o quanto eu a amo.
-Agora que a Dul não tá aqui perto, meu medo em dizer meus sentimentos pra ela parece tão pequeno. Juro que se ela sair bem disso tudo, eu vou dizer tudo. -Prometeu Ucker.
-Vamos pensar positivo, vai dar tudo certo. E quem sabe daqui alguns meses, não temos um casamento duplo?. -Sugeriu Chris fazendo tanto Poncho quanto Ucker soltar um suspiro parecido com uma risada.
-Elas têm gostos diferentes. Certeza que se fossem escolher a decoração, iam brigar até por qual cor de guardanapo. -Lembrou Mai finalmente sorrindo depois de muito tempo.
-No fim das contas, ia ser um casamento milimetricamente decorado meio a meio e, eu tenho certeza que uma metade não ia ter nada a ver com a outra. -Acrescenta Chris.
-Tem razão. Eu daria tudo para vê-las brigando por qualquer bobagem agora mesmo. -Dissera Ucker.
-Não vamos desanimar, vamos continuar pensando e logo teremos uma solução. -Dissera Chris pensando positivo.
Longe dali, mais precisamente na casa onde tudo acontecia, Dul sentira de novo o pavor de acordar e ainda estar naquele lugar, de ainda estar na posse daquele homem miserável. Seu medo aumentou ainda mais quando ela percebeu que Anahi não estava no quarto. Só de pensar que ele poderia ter feito alguma maldade com sua amiga, suas pernas ameaçavam falhar.
Então ela caminhou a passos largos até a porta para tentar abri-la, mas se deparou com ela trancada como esteve na maior parte do tempo, desde que chegou.
-Ei!. -Ela chamou o segurança que ficava do outro lado, enquanto dava alguns tapas na porta para chamar sua atenção.
-O que foi?. -O rapaz perguntou sem muito interesse, ainda sem abrir a porta.
-Cadê a Anahi?. -Dul quis saber.
-Não é da sua conta. -Ele respondeu sem muita cerimônia.
-Estou falando sério! Cadê ela?. -Ela insistiu.
-Não que seja da sua conta, mas ela foi falar com o Velasco. -Respondeu o homem na intenção que ela parasse de incomodar.
-Falar o quê? O que ela tinha pra falar com aquele imbecil?. -Quis saber ela, confusa.
-Ah, ela não te contou? Que pena, porque eu também não sei. -Ele respondeu com um tom sarcástico.
-Olha.... abre a porta, me deixa ir atrás dela. -Pediu Dul que logo em seguida ouviu o homem gargalhar. -Não estou brincando, me deixa ver ela ou eu.... -Ela forçou a maçaneta que nem se mexeu.
-Ou o quê? Vai me pôr terçol, gravidinha?. -O homem dissera e logo em seguida, gargalhou outra vez.
-Seu cretino! Idiota.. imbecil. -Dul estapeava a porta até perceber a maçaneta girar, então ela afastou da mesma antes dela ser aberta e foi quando Annie entrou, segurando duas embalagens aparentemente de comida e mais duas garrafinhas, as duas apidamente com suco de sabores diferentes.
-Calma, fica calma! Eu estou bem. -Pediu Annie vendo ela se acalmar aos poucos.
-Você me assustou!. -Brigou Dul. Mas logo em seguida, a ex ruiva fora abraçar a loira.
-Desculpa, eu precisei sair pra falar com ele. Não queria te deixar preocupada, eu pretendia voltar antes que acordasse. -Esclareceu Anahi.
-Tudo bem. Mas o que tinha para falar com ele?. -Dul estava curiosa.
-Vamos comer um pouco e eu te conto tudo, ok? -Sugeriu Anahi.
-Eu não quero comer. -Negou Dul, mas apesar disso, ela ansiava em pôr algo no estômago.
-Mas você precisa, está dividindo o corpo com um bebê. -Anahi tentou convencê-la. -Por favor, come. E então conversamos. -Pediu a loira.
-Tudo bem. -Dul suspirou. Estava mesmo faminta, fazia um bom tempo que não comia nada, a última vez que Velasco viera entregar comida e água, antes mesmo de Anahi chegar, a ex ruiva recusou completamente tudo. -Me fala pelo menos se é notícia ruim. -Pediu.
-É uma notícia boa. -Dissera somente, Anahi.
-Vamos poder ir embora?. -Dul tentava adivinhar. Ela pegara uma das garrafinhas de liquido amarelo quando Anahi tomou de sua mão.
-Esse é meu, é aquele suco que você odeia. -Annie riu e entregou a garrafinha com o suco de outra cor a ela. -É, talvez, sim. Conversei com Velasco, e tentei fazer um acordo, vamos descobrir daqui a pouco se eu consegui convencê-lo. -Dissera Annie se mostrando positiva.
-O que você ofereceu em troca?. -Perguntou Dul, preocupada.
-Nada demais, só algo que ele queria muito... no fim, vai valer a pena. -Annie deu de ombros abrindo uma das embalagens de comida, sendo seguida logo após por Dul...
...
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Reencontro De Seis Almas - RBD
FanfictionSeis amigos, seis almas que já foram unidas no passado voltando a se reencontrar. Era véspera da véspera de Natal, quando Alfonso abrira a porta de sua casa e teve uma surpresa. As cinco pessoas que teve extrema importância em sua vida estavam ali...