Capítulo 59

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-Boas notícias. -Entrou Velasco tempos depois no quarto. As duas o encaravam depois de estarem devidamente alimentadas. -Anahi me convenceu, vamos dar um passeio. -Ele informou e então dois seguranças entraram, cada um, mostrando cordas e dois sacos feito de pano preto.

-O que vão fazer com a gente?. -Dul quis saber.

-Vamos passear, acabei de dizer. -Relembrou Velasco.

Anahi fora a primeira a se levantar da cama e oferecer aos mãos para um dos seguranças amarrar.

Dul observava confusa ainda sem muita confiança.

-Vai ficar tudo bem, confia em mim. -Pediu Anahi tendo as mãos amarradas. Logo a gente vai pra casa.

Dul ficou um tempo receosa, mas como não tinha opção, se levantou da cama onde estava sentada mas fizera isso rápido demais e sentiu a cabeça rodar levemente por breves segundos antes de voltar ao normal. Então ela deixou que suas mãos também fossem amarradas na frente do corpo.

-Tudo bem?. -Perguntou Anahi.

-Tô bem, coisa de grávida. -Ela suspirou. -Precisa mesmo desses sacos?.

-Precisa. -Respondeu um dos seguranças mostrando os dentes.

Com as mãos amarradas e a cabeça coberta, as duas foram levadas para um carro. Passaram o caminho todo em silêncio, e cada vez mais, Dul sentia a cabeça girar. Apesar de estarem com as mãos amarradas, Dul e Annie aproveitaram que foram postas sentadas uma ao lado da outra, e foram de mãos unidas o caminho todo como se tentassem dar forças uma a outra.

Anahi sabia do perigo que corria negociando com alguém como Velasco, mas também se sentia culpada por tudo e, por tanto, sentia a necessidade de resolver de uma vez por todas esse problema.

O carro fora parando depois de longos minutos em movimento, e as duas sentiram o mesmo frio na barriga quando o carro parou totalmente.

As duas então foram tiradas do carro e tiveram o saco que tinham na cabeça, retirado. Fora então que as duas perceberam que já era noite.  Como ficaram presas o dia todo em um quarto -Dul algumas horas a mais-, perderam a noção do tempo.

Era uma rua deserta, nenhuma das duas conhecia, e tinha pouca iluminação. Era uma rua com poucas casas e o que aparentava ter um terreno baldio poucos metros de onde estavam.

-Pronto, se despeçam. -Pediu Velasco.

-O que? Vai deixar ela aqui? Não parece seguro. -Perguntou Anahi preocupada.

-Como assim me deixar? E quanto a você, Annie?. -Dul perguntou sentindo sua respiração começar a acelerar. E mais uma vez, ela se sentiu tonta, dessa vez mais, e precisou se segurar em Anahi que a segurou como pôde.

-Ela vai apagar em alguns minutos, não pode ficar aqui. E se alguém fizer alguma coisa com ela?. -Anahi estava sentindo de novo o medo e o perigo que era fazer acordos com Velasco.

-Não é da minha conta... -Começou Velasco.

-Você prometeu que ela ficaria em segurança!. -Anahi o interrompeu.

-E ela está. O que vai acontecer com ela daqui pra frente não é mais responsabilidade minha. -Ele esclareceu. -Ela vai apagar logo, se eu fosse você, me apressaria já que é seu último encontro com ela.

-Annie... -Dul chamou começando a ficar cada vez mais sonolenta, então as duas precisaram se sentar ali mesmo, no chão. -Não vai...

-Me desculpa, Dul. -Annie sentiu os olhos marejarem e então alisou os cabelos da amiga com as mãos. -Eu te amo, nunca se esqueça disso. Diz aos outros que amo eles também, por favor.

Reencontro De Seis Almas - RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora