Noite na praia

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Aquela era a primeira viagem em muito tempo, estar no negócio da família poderia parecer cômodo e confortável, mas havia muita pressão e cobrança.

A viagem para um país latino tão longe de casa era justo o que ele precisava. A festa na rua não era seu tipo, gostava muito mais de calmaria, mas até isso ele estava apreciando.

Caminhou até a praia, era tão difícil ele usar shorts e camiseta em casa, andar de chinelo era outro hábito adquirido naquelas duas semanas, e já sentia saudades daquele paraíso ainda faltando duas semanas para partir.

Sentou-se na praia vazia, pois ao início do anoitecer todos estavam na praça a curtir as festividades de verão. De algum modo a falta de Christopher Bang ecoava, era a única coisa que fazia falta, ainda estava ali a lembrança da sua primeira vez nos braços do neto australiano do sócio de seu pai, mesmo que tivesse sido sua opção viajar para tão longe do rapaz, e fingir que os beijos deliciosos que o levaram para cama do rapaz nunca aconteceram, mesmo que a viagem estivesse perfeita ainda queria saber como seria ali na penumbra sob o corpo do homem por quem estava apaixonado.

A verdade era essa, estava completamente apaixonado por Christopher Bang, e como seria para às duas famílias se seus herdeiros decidissem viver o que sentiam, esperava que Chris sentisse o mesmo a verdade era essa. Que não tivesse sido apenas sexo sublime, o que havia entres eles que fosse algo eterno e significativo.

— Sinceramente Seungmin, se não gostava de mim, era só ter dito, caramba tu veio longe para caralho. — Sentou-se ao lado do rapaz.

— Meu Deus! o que você está fazendo aqui? — Seungmin olhou descrente.

— Após enlouquecer uma semana sem você, fingindo que eu não me arrasto aos seus pés, eu tentei te achar sem sucesso. — A história era bem mais dramática, incluía boas madrugadas bebendo e chorando.

— Ah! mas, porque era só um mês de férias. — Tentou disfarçar o corpo que tremia.

— Era muito, faltou eu dizer que te amava, que não fora uma noite de erro, ou uma decisão impensada. — Buscou a boca de Seungmin antes de continuar. Buscou os lábios macios finos o mais delicado que pode. — E como eu não consegui, eu apelei pras famílias…

— Minha vó te contou onde eu estava? — Olhou chocado.

— É, mas não antes que eu me expusesse… nos expusesse. — Ainda tremia de lembrar de joelhos diante da matriarca da família Kim, com a implacável senhorinha exigindo que ele assumisse seus sentimentos, pois não o ajudaria sem isso, que as famílias entenderiam o sentimento dos dois.— Ela tinha razão, deu tudo certo, mas eu quase desmaiei…

— As nossas famílias sabem de nós, de nós, de nós, é sério? — Arregalou os olhos atônito.

— Sim, eu confessei que te amava, que voltaria com você sendo só meu. — O beijo dessa vez tinha lágrimas salgadas e cheio de saudades. — Me diga que você está hospedado aqui do lado, ou vou te pegar aqui mesmo.

— É bem longe. — Seungmin sorriu presunçoso por estar mentindo.

E BangChan mesmo que soubesse onde era gostou que o mais novo tivesse mais pressa que ele. — Tão bom saber que me necessita tanto quanto eu te preciso.

As bocas fizeram o caminho do sentimento, as mãos o caminho do prazer, seus lábios eram firmes, quentes e seguros. Tão familiares, que Seungmin gemeu quase que

imediatamente ao primeiro toque, BangChan simplesmente o tinha em suas mãos fortes.

Deixou cair a cabeça em cima do duro braço masculino enquanto BangChan mordiscava sua orelha, beijava seu pescoço, e abriu a boca chocado com o desejo que queimava.

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