De um momento para o outro já não estava na cave do Mike.
Estava ao lado de um edifício que parecia um laboratório ou um hospital, ou talvez fosse apenas um prédio de escritórios com uma aparência um pouco mais diferente do que costumam ter.
Ouvi um alto : BANG
Virei-me e vi uma jovem ruiva a ser acertada por um tiro de uma pistola.
-NÃO!- gritou um rapaz que estava pouco atrás dela. Ao lado dele estava uma menina um pouco mais pequena do que a que havia sido acertada pela bala. E ainda havia uma mulher com os cabelos curtos pintados de roxo tapados pelo capuz do casaco e com um lenço de tecido a tapar-lhe toda a cara abaixo do nariz, provavelmente nos seus 20 que segurava um bebé adormecido com cabelo muito curto (devido à idade) num tom de castanho que se assemelhava ao ruivo, e essa mulher apesar de parecer chocada continuava a dar pequenos passos lentamente para trás abraçando o bebé no colo enrolado numa manta pequena em uma posição de proteção.
Assim como isto começou também rapidamente acabou.
E estava de volta à cave da casa dos Wheeler.
~~~~~~~~
Os meninos estavam muito preocupados.
Mike, Lucas e Dustin estavam a apreciar a música e a conversar e quando pararam de ouvir aquela voz angelical que se sobrepunha ao rádio olharam na direção dos outros.
Will mal tem tempo de dizer o nome dela antes de Daniela murmurar: -Não…
Um pingo de sangue começou a escorrer do nariz dela e ela voltou a tomar consciência do que se passava.
Ela pôs a mão na cabeça pois esta começou a doer, sentiu-se um pouco desorientada.
Ela lembrou-se do que estava a fazer antes de aquilo ter acontecido, o que quer que aquilo fosse, e percebeu que a música não estava mais a tocar.
Com os meninos ainda preocupados a perguntarem se ela estava bem, ela direcionou o olhar para o rádio. Os outros seguiram o olhar dela.
-A música…
-... parou…
-... sozinha…
-Como?
Os meninos agora pareciam concentrados no mistério da música que parou.
Will olhou para Daniela que murmurou que estava bem e tinha sido só uma tontura, algo que este não acreditou mas foi ter com os outros para perto do móvel onde estava a caixa musical. Daniela não foi ter com os meninos que examinavam aquilo.
-O cabo saiu da tomada.
-Sozinho?
-Eu preciso de voltar para casa- a ruiva olhou para o relógio da cave que dizia 20h e eles olharam para ela- A minha mãe disse para estar em casa por volta das oito- ela mentiu, mas era uma mentira pequena, falou ela para si mesma, só não queria que começassem a fazer perguntas.Aquilo que Daniela viu assombrou-a nessa noite. Os quatro ainda perguntaram como ela estava e o que tinha acontecido para ela ter ficado assim. Ela não lhes respondia com muitos detalhes, dizia que tinha tido uma dor de cabeça mas que fora só isso.
A ruiva tinha uma sensação de que algo mau podia acontecer, se ela lhes contasse o que viu. A visão, em si, já não era algo bom. Além disso, ela sentia que aquilo não era tudo, faltava algo, algo importante, algo que trazia perigo.A turma iria ter um teste de ciências na semana seguinte, mas como tinha acabado de chegar o professor falou que Daniela não precisava se preocupar com isso pois ela poderia não fazer se não quisesse, algo que fez a ruiva suspirar de alívio. Ela não era o exemplo de melhor aluna, quer dizer, sempre passava (nunca chumbou um ano), mas as suas notas nunca foram as melhores notas e quando tinha testes, estudar ocupava todo o tempo livre que sobrava após os treinos e as aulas extracurriculares.
A mãe sempre impôs-lhe como prioridade a forma física, saber lutar e defender-se, a música e as línguas. Desde muito pequena a mãe fez questão que ela estivesse em contacto com muitas línguas: russo, francês, inglês e português (sabendo por causa disso um básico espanhol, mais para portunhol). Algo que se resultou útil, pelo facto que até aos 7 anos se viu obrigada da França para Portugal e, agora, de Portugal para os Estados Unidos.
Também sempre foi muito incentivada a manter a forma física. Quando era pequena, na altura que vivia em França, esteve uns anos no balé. Nunca gostou muito, uma das razões para tal era que as raparigas que andavam com ela sempre foram mázinhas e estavam sempre a dizer que o cabelo fogo dela ficava feio com o fato rosa bebé. Após se mudar para Portugal, ela pediu para fazer algo diferente, começou com a ginástica artística. Ela era fantástica, era a melhor ainda do que várias garotas mais velhas e com mais experiência que ela. Estavam sempre a dizer ‘Ela devia entrar nas regionais. Com certeza ganharia’ ‘Poderia até ir longe nas nacionais’, mas a mãe nunca a deixava. Qualquer coisa, fosse uma aparição na televisão fosse apenas uma foto de grupo publicada no jornal, a mãe recusava-se a deixar acontecer.Daniela falou que gostaria de continuar com a ginástica artística em Hawkins e a mãe começou a procurar ginásios onde ela pudesse aprender.
Notas da autora:
Dammm bro...
O Noah Schnnap é gay!
Apanhou-me totalmente desprevenida!
Mas não é como se fosse a primeira vez que isto me acontece.
Ambos o Will Byers e o Nico dia Angelo também são gays....
Se calhar devia começar a esperar que isto aconteça mais frequentemente, né?
Eu fico feliz que ele tenha conseguido se abrir como gays mas vão precisar mais do que isso para eu deixar de ter crush nele.
🏳️🌈Noah Schnnap, welcome to the LGBT community 🏳️🌈
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Rosa Vermelha - Will Byers
FanfictionHawkins, a cidade onde nunca nada acontece. Mas talvez não seja assim. Daniela, uma rapariga que acabou de se mudar de Portugal para uma pequena cidade de Indiana, vai acabar por descobrir que a sua vida sempre foi algo mais que normal. com o primei...