Capítulo 17

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Capítulo não revisado.

Oi pipocas,
Como prometido, aqui vai o capítulo. Só ia postar na terça-feira mas esse vai todinho dedicado a @IsabelaRibeiro919 que foi a única que acertou no nome que terá o hotel. Um beijão no coração.

Fodshan, (Cheshire) Outubro 1978



      Saí da sala do chá, mais do que transtornada

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Saí da sala do chá, mais do que transtornada. Ninguém aguentaria com a dificuldade emocional que eu estava enfrentando nesse dia. Me embrenhei pelos corredores, continuei seguindo sem rumo, sem saber ao certo o que fazer.

    Quando dei por mim, estava em frente ao lago, olhando para o reflexo da luz sobre a água que dançava ao ritmo do vento. Me abracei ao sentir o frio gelar meus braços, mesmo sentindo os meus dentes batendo uns contra os outros, não queria voltar a entrar para aquela casa nunca mais. A minha dependência emocional e financeira me fazia refém desse lugar, de Thomas.

     Alguns dos pensamentos, quando enraizados, é difícil se desfazer deles. Eu vi Carol definhar, num casamento fracassado e tudo isso porque ela foi educada de uma forma, em que uma boa mulher era aquela que cuidava da casa, tinha um bom casamento e uma família "bonita" — Ah minha Carol, você só precisava de alguém que te amasse como você merecia. O seu destino não devia ter sido tão cruel. — murmuro.

— O que está fazendo aqui fora vestida desse jeito? — sua voz reverberou na minha cabeça, estreitei o olhar em direção ao homem extremamente pálido, cabelos desgrenhados, com barba de duas semanas por fazer e umas olheiras infinitas. Via o quanto parecia estar sofrendo sem Carol, sem Maddie por perto e a fuga de Edward que parecia estar tirando todo o seu sono. Sem exageros, eu queria que ele sofresse muito mais do que aquilo que ele fez as outras pessoas. — Vais continuar a olhar fixamente para mim sem dizer nada?

— Não sei o que poderia dizer. Senhor. — falo.

— O quão miserável estou parecendo...?— diz melancólico. Não sei se estava fingindo... talvez fosse, mas estava se saindo muito bem. Porém, depois de ouvir ele dizer todas aquelas coisas, e que não media esforços para o efeito não consegui sentir pena dele. A imagem de como Edward estava com o corpo todo marcado e de Carol totalmente desfigurada apareceu na minha mente. Senti calafrios. — Devo estar realmente assustador, pareces estar com nojo... ou seria medo? — cruzo os meus braços, tomando uma postura diferente. Não quero bater de frente com ele, não agora. — Você já ouviu falar sobre como os idiotas têm sorte na vida? — volta a perguntar, e eu começo a tremer. — Nunca acreditei até hoje!

    Deus, que ele não tenha me visto.

   — Todo mundo tem medo do senhor, Sr. Thomas. — fá-lo aleatoriamente. Ele sorri sínico, deu alguns passos em minha direção ficando quase a um palmo de tocar em mim, endireita o seu corpo, de forma de tentar intimidar-me com sua figura.

O Corvo (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora