Capítulo 6: Eu aceito!

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Valentina

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Valentina

FECHO OS olhos sentindo os raios de sol em meu rosto. Quando pequena sempre gostei de dias ensolarados, levava minhas pequenas mãos até qualquer fecho de luz e brincava, fingindo que podia manipular aquilo. Abro os olhos e sorrio, ver esse dia quente ensolarado é o sinal que eu tanto queria. Eu estou aqui, estou viva, eu sobrevivi. Passei por uma verdadeira tempestade, mas me levantei como um sol depois de uma grande chuva.

Brinco com os fechos e luz como fazia quando era pequena. É engraçado como tudo parece mais fácil quando crianças, não temos com quê nos preocupar, pois sabiamos que nossos pais faria de tudo para nos ver bem. No meu caso o meu pai, eu sabia que quando eu me machucasse e chorasse ele estaria ali para me ajudar.

Olhando agora para o passado, eu chorei bastante, seja por ter ralado o joelho brincando, sentir falta da minha mãe, ter meu coração partido e por perder as amigas que eu pensava serem minha família.

Sorrio sentindo minha garganta arder. Toco minha barriga e suspiro.

Chega de lágrimas, pensando bem elas nunca resolveram nada mesmo.

— Chorar não me trouxe a lugar algum... - sussurro para mim mesma.

Saio dos meus pensamentos quando escuto alguém abrir a porta, mas não me viro.

— Ei, garota -era uma voz rouca e estranhamente familiar — O que está fazendo aí em pé, era para estar de repouso.

Respiro fundo e fecho as cortinas do quarto. Me viro e me deparo com um homem alto, ele tinha cabelos negros e uma barba da mesma cor. Ele parecia ser mais velho que eu alguns anos.

— Tudo bem, queria ver como está o dia -digo e vou andando até a cama, me sento nela e me cubro com o lençou.

Ele me dá um sorriso.

— Como se sente? -ele pergunta me olhando atentamente.

Viro a cabeça de lado e olho atentamente também. Ele não tem cara médico, não que para ser um médico tinha que ter um rosto específico, mas ele com toda certeza não era.

— Quem é você? -pergunto.

Ele ri e coloca as mãos nos bolsos da calça.

— Você é rápida. -ele suspira — Fui eu que encontrei você.

Arregalo os olhos. Agora eu me lembro, estava fraca naquele momento, então só vi ele de relance, mas agora tenho certeza que é ele.

— Muito obrigada, senhor! -digo e abro um sorriso sincero — Se não fosse por você, eu e nem o meu bebê estariamos aqui.

Ele abaixa a cabeça. Ele não diz nada então eu continuo.

— Eu agradeço também por ter me trazido nesse hospital, e ter me colocado nesse quarto que pelo que vejo não deve ser barato -rio sem graça.

MEU NOME É VINGANÇA - livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora