your lips, my lips apocalypse

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oi gente

esse já é o último capítulo, queria agradecer a quem leu e votou na história, foi só uma coisa boba que escrevi rapidinho, mas mesmo assim obrigada.

***

Se amar Roseanne em segredo por anos foi desgastante, amar ela livremente estava devolvendo toda energia que Lisa gastou. Era simplesmente revigorante, agora podia acordar e saber que a mulher era sua namorada, podia beijar ela quando quisesse e demonstrar seu amor sem nenhum medo. Foi um pouco difícil de se acostumar no começo, Lisa se viu ficando com vergonha toda vez que Roseanne demonstrava carinho, suas bochechas cansaram de ficar vermelhas, coisa que sua agora namorada adorava.

— Você é fofa demais — Ela disse, apertando uma de suas bochechas. Se inclinou e a beijou de novo. — Se eu soubesse que te beijar deixaria você assim toda vez, teria feito muito antes.

Lisa revirou os olhos e pendeu a cabeça para frente, a apoiando no ombro de Roseanne. A mulher a abraçou e Lisa se sentiu bem aquecida, estava tão frio em Seul, as únicas coisas que faziam ela se esquentar eram um cobertor, chocolate quente e os braços de sua namorada.

— É um pouco estranho pra mim ainda — assumiu fechando bem os olhos.

— O que?

— A gente. Minha cabeça ainda não entendeu completamente que você é minha namorada. É difícil de acostumar.

Roseanne suspirou e a afastou um pouquinho para olhar seu rosto.

— Pra mim também — segurou seu rosto. — Mas eu amo tanto você, com o tempo fica melhor. Acho que posso me acostumar com isso — Ela disse, acariciando sua bochecha. — Com nós duas.

Lisa sorriu fazendo um biquinho de choro, abraçou Roseanne e beijou seu pescoço.

— Te amo — Roseanne sussurrou em seu ouvido.

— Te amo mais.

Roseanne arfou fingindo descrença.

— Não acho que isso seja possível, senhorita Manoban.

Lisa riu tirando o rosto do pescoço da mulher.

— Mas eu amo, te amo do tamanho do universo.

Roseanne sorriu.

— Vou aceitar dessa vez.

Lisa sorriu e beijou com paixão. Infelizmente teve que se despedir logo em seguida. Já tinha marcado um jantar com sua mãe e não podia ficar na casa de Roseanne até tarde da noite como vinha fazendo todos os dias durante a folga da turnê.

— Promete que volta amanhã?

— Prometo, amor. Vou ser toda sua amanhã.

— Vou levar isso a sério.

Lisa lhe deu um último beijo antes de sair. No caminho para o restaurante não conseguia parar de sorrir, estava tão apaixonada que era difícil de segurar as emoções. Sua mãe já sabia dela e Roseanne então o jantar foi cheio de perguntas, Lisa as respondeu feliz, aproveitando cada oportunidade que podia falar de Roseanne.

Contou os segundos para voltar para a casa de Roseanne no outro dia. Tinha alguns compromissos profissionais, então só conseguiu ficar livre perto das oito da noite. Roseanne a recebeu de braços abertos e um biquinho no rosto, Lisa riu e se jogou nela a beijando.

— Já tava morrendo de saudade — Roseanne murmurou a abraçando mais forte.

— Não seja dramática.

— Não é drama! — reclamou. — Minha mulher ficou fora o dia todo.

O coração de Lisa parou por um segundo. Então suas bochechas ameaçaram queimar e ela decidiu assumir uma postura para disfarçar sua vergonha.

— Sua mulher?

Roseanne sorriu de lado.

— Sim, só minha — disse e a beijou.

Lisa se derreteu nos braços dela. Aquela frase vindo da boca da mulher que ela desejou por tanto tempo despertou uma sensação tão intensa que ela teve que se segurar nos ombros de Roseanne para não perder o equilíbrio. A beijou transmitindo aquela sensação e seu corpo todo arrepiou quando ouviu um gemido abafado da boca de Roseanne. A mulher terminou o beijo mordiscando seu lábio, Lisa sentiu que podia desmaiar ali mesmo.

— Dança comigo? — Roseanne perguntou de repente.

— Que?

Roseanne sorriu e apontou com a cabeça.

— Vem.

Levou Lisa até o meio de sua sala de estar e se abaixou ao lado da parede, o silêncio foi quebrado com o começo dos acordes de uma música. Lisa a reconheceu, era Apocalypse de Cigarettes After Sex. Roseanne estendeu uma mão, a chamando. Lisa circundou o pescoço da mulher embarcando numa dança lenta.

Giraram lentamente pela sala, foi o momento em que Lisa sentiu mais paz em toda sua vida. Ali, dançando abraçada com o amor de sua vida, sabia que não lhe faltava mais nada. Estava completa, seu coração finalmente estava preenchido.

Roseanne pegou uma de suas mãos e aproximou seus rostos.

— Your lips, my lips apocalypse — cantou junto com a voz suave do cantor.

Lisa sorriu de lábios fechados, do jeito que sabia que Roseanne gostava, e se aproximou ainda mais, permitindo que ela a beijasse. Foi o beijo mais apaixonado que tinham trocado até então, Lisa sentia o coração de Roseanne batendo contra seu peito, acabou sorrindo por conta daquilo.

— Fica hoje?

Lisa parou de respirar. Sabia o que aquilo significava, toda vez que ia embora do apartamento de Roseanne a promessa de uma noite juntas ficava no ar. Agora o momento tinha chegado. As palavras não saíram de sua boca, então apenas assentiu.

Retomaram o beijo, Roseanne começou a caminhar em meio a ele. Lisa deixou que ela a levasse até o quarto. A ansiedade a comia viva, fantasiou sobre aquele momento tantas vezes antes, seu corpo fervia só de pensar que seria melhor do que qualquer coisa que ela já tinha imaginado.

Seu corpo foi deitado com delicadeza na cama por Roseanne. Sua respiração falhou quando recebeu o corpo da mulher por cima do seu, era diferente de tudo que já tinha experienciado, parecia que o corpo da mulher tinha sido modelado especificamente para encaixar com o seu. Suas mãos ansiosas começaram a puxar a barra da camiseta de Roseanne, a mulher sentou no colchão e tirou por conta própria, quase matando a tailandesa com a visão que lhe proporcionou.

— Você tem certeza? — Roseanne perguntou, seus dedos estavam prestes a desabotoar a camisa de Lisa.

— Nunca tive mais — respondeu, agoniada com a demora.

Roseanne sorriu antes de se inclinar e beijar seu pescoço enquanto desabotoava a camisa.

Lisa se entregou de corpo e alma para ela, foi uma experiência um tanto surreal, as mãos de Roseanne sabiam exatamente onde tocar, seus beijos deixavam Lisa embriagada. Depois de tantos anos reprimindo aquele desejo, finalmente o liberar daquela maneira criou um vínculo entre as duas que Lisa nunca esperava ter.

— O que a gente faz agora? — perguntou depois que tudo acabou.

Sua cabeça repousava no peito nu de sua namorada enquanto ela brincava com os dedos dela em sua barriga.

— A gente tem que esperar até que seja seguro — Roseanne disse. — Não tenho ideia do que aconteceria se a gente se assumisse. Vamos esperar algum tempo.

Lisa suspirou e concordou.

— Já esperei por você por anos, mais alguns esperando juntas não são nada.

Levantou a cabeça e sorriu deixando um beijo nos lábios de Roseanne.

used to this - chaelisa (short fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora