🔹 Capítulo II🔹

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𓁭 Guilherme 𓁭

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𓁭 Guilherme 𓁭

— Ok, puxa essa bancada um pouco para direita, por favor.

O museu foi praticamente virado de cabeça para baixo, tudo para que a organização dessa exposição. A segurança foi dobrada, o número de estagiários da pesquisa da universidade zanzando pelo espaço foi triplicado e o meu stress foi quadruplicado.

"Trabalhe com o que ama, é menos estressante e você se sente mais feliz", eles disseram.

— A segurança está braba hoje — a voz zombeteira de Gustavo soa. — Está parecendo aquele filme Alerta Vermelho com Dwayne Johnson, Gal Gadot e Ryan Reynolds.

O de olhos puxados olha para todos os cantos, as mãos em um dos muitos bolsos da calça cargo e com as mangas da camisa quadriculada — usada como terceira peça sobre uma camiseta bege — arregaçadas até os cotovelos exibindo as tatuagens que cobrem seu braço direito e pescoço. Ele lança uma piscadela para a estagiária perto de mim que se derrete com a aproximação do japonês.

— Por que está aqui? Pensei que era seu dia de folga.

— Apenas usando o benefício de ser funcionário para ver parte da exposição com antecedência — ele dá de ombros —, e matando o tempo antes do meu encontro com a Bianca.

— Ela não te detestava?

Gustavo trabalha no turno da tarde em uma universidade privada como professor de graduação, então para não perder muito tempo, ele almoça no restaurante à frente, o que ocasiona em seu passatempo favorito que é atazanar a pobre existência da garota.

Meu amigo é três anos mais velho que eu, mas parece um adolescente abobalhado quando se trata da jovem de cabelos castanhos e rostinho doce de 23 anos. A história deles vem desde dois anos atrás quando o tatuado aceitou ser professor nessa universidade que por algum acaso é a mesma em que ela é estudante de contabilidade.

Por um infortúnio, Bianca acabou derramando café em dois exemplares de mangás que Gustavo trouxe exclusivamente do Japão. Ele deu o maior piti, ela não engoliu o sapo e o japonês separou meses para inferniza-la. Um ano depois ele já não estava mais usando essas importunações levemente infantis para estar próximo da moça e parece que ela está até o vendo de uma forma menos irritante. Clichê e estranho, bem o perfil de Gustavo Nakamura.

— Eu consegui convencê-la pelo cansaço — ele sorri orgulhoso.

— Que Deus tenha piedade dessa menina.

— Essa é a estatueta da deusa Ísis? — ele questiona olhando a peça mais de perto.

— Sim. Não é maravilhosa?

— Realmente, uma bela relíquia — ele concorda. — Ela não passa uma sensação do filme A Múmia? Parece até que um espírito vai saltar e agarrar seu pé.

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