Um.

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decidi repostar essa fanfic pq é uma das minhas preferidas, eu amei escrever e tem um espacinho especial no meu coração


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— Hyuka, você acha que o hyung tem me olhado de modo diferente? – foi a primeira pergunta que Beomgyu fez naquele dia, sendo completamente aleatório e nada fora do normal.

Huening Kai nem ao menos estranhou a falta de um bom dia ou qualquer cumprimento típico dos bons modos tradicionais. Beomgyu era daquele jeito e o amigo já tinha se acostumado há muito tempo.

— Soobin hyung ou Yeonjun hyung? – devolveu a pergunta, sem soltar a ácida observação de que, em seu grupo de amigos, todos eram seus hyungs e Beomgyu precisava ser um pouco mais específico.

— Jun – o tom de voz alegre diminuiu para um quase sussurro e o garoto olhou em volta do pátio vazio, como se procurasse o dono daquele nome.

— Diferente como? – Kai voltou a perguntar, erguendo uma sobrancelha em sinal de confusão. Beomgyu estava parecendo mais biruta do que o habitual e aquilo tinha que ter uma razão.

— Bem, apenas... Diferente. Um olhar especial, talvez – tentou explicar, gesticulando excessivamente, o olhar não parando em um único ponto, sempre buscando uma possível aproximação, acuado.

— Eu não sei dizer... Nunca reparei nisso – Kai foi sincero, notando o nervosismo incomum em seu hyung. Beomgyu era sempre tão alegre e espontâneo, era estranho vê-lo encolhido e ansioso daquele jeito.

— Ele me olha do mesmo jeito que você olha para o Soobin hyung? – Beomgyu foi direto após pensar por alguns instantes.

Huening Kai não poderia mentir, se sentia atingido com aquela constatação óbvia de seus sentimentos e não foi capaz de conter o rubor que se espalhou por suas bochechas. Foi sua vez de olhar para os lados e checar se estavam mesmo sozinhos.

— N-Não sei do que está falando – murmurou, sua voz saindo baixa e seu olhar preso em seus próprios pés.

— Não precisa mentir pra mim, Hyuka. Seu segredo está seguro comigo! Eu só preciso saber – Beomgyu parecia levemente desesperado e foi aquele toque de angústia que fez Kai amolecer e ceder ao olhar de cachorrinho de seu hyung.

— Talvez sim, eu preciso prestar atenção para ter certeza – confirmou, encarando seu hyung com determinação.

— Então você pode prestar atenção nisso hoje? – Beomgyu pediu, um bico manhoso se formando nos lábios cobertos por uma fina camada de brilho labial.

— Claro, hyung – os dois trocaram um sorriso cúmplice e finalizaram a conversa bem a tempo de avistar seus outros três amigos se aproximando.

Puppy Eyes • BeomjunOnde histórias criam vida. Descubra agora