67: Profecia, Parte I

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M I R A N D A F E R R E R

O despertador do quarto começa a ressoar e não espero nenhum minuto para me sentar.

Porque para falar a verdade foi difícil conseguir dormir em meio à ansiedade pelo próximo dia e o cálculo de todos os passos.

Claro que nada vai dar errado, mas é sempre bom evitar surpresas.

São 10 da manhã e ninguém veio atrás de mim ainda, é bom que continue assim por enquanto.

Me levanto, vou para o banheiro lavar meu rosto, faço toda a higiene apreciando como esse traço da humanidade evoluiu, adorei o creme dental, a sensação refrescante é muito gostosa. Saio deixando o cabelo curto solto e abro a bolsa que Serena fez vendo mais peças pretas. Qual a neura dela com preto?

Reviro meus olhos porque além de só usar preto, ela usa muita roupa esportiva. Escolho um short preto de malha esportiva, e uma blusa que é mais curta na frente e bem longa atrás, como se fosse recortada mesmo, ela também é preta. Visto as peças em que o short é cintura alta e desce até acima dos joelhos justo, e a blusa cobre apenas o sutiã ficando um top soltinho, enquanto atrás desce até o quadril.

Calço as sandálias e saio do quarto olhando ao redor. Nenhuma movimentação mas sei que há essa hora todos já estão de pé.

Steve não veio atrás de mim, o que deve estar fazendo?

— Serena?

Eu não vou aguentar isso. Depois que tudo der certo, vou exigir que me chamem de Miranda.

Olho para o corredor e Sam vem andando de roupas esportivas, calção, blusa, tênis e uma garrafa de água. Ele parece suado também.

— Oi Sam, bom dia. — Cumprimento indo em direção a ele também.

— Bom dia. E aí, tudo bem?

— Eu que pergunto, tá tudo bem? — Rio fraco e ele também.

— Parece que as coisas se acalmaram. Steve levantou mais disposto aparentemente. — O melhor amigo do Capitão fala.

— Foi é? — Falo sugestiva e o negro cerra os olhos.

— O que rolou?

— Ele não falou nada?

— Saímos para correr mas Steve não quis falar muita coisa, eu também não insisti. Ele ainda tá correndo, entende que não tenho pique de super soldado, né. — Ele justifica e eu assinto.

— Sei. Bom, também não posso confirmar se alguma coisa mudou, isso só depende dele.

— Mas vocês conversaram?

— Sim, ontem.

— Quando?

— Tarde, quase de madrugada. Eu tinha bebido um pouco com os outros e acabei tomando coragem de falar com Steve, por sorte ele quis me ouvir.

— Se foi só uma conversa, por que a animação? — Sam parece confuso.

— Porque a gente se ama, Sam. — Afirmo e o Falcão pisca entendendo. — Por isso, tenho que acreditar que as coisas vão dar certo pra gente.

Serena: A Nova Bruxa dos VingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora