◽ Violleta MorettiMe dirigi até o salão do hotel, na tentativa de esquecer dos meus problemas que naquela altura me atormentava.
— Boa noite, senhorita. — O barman sorri.
Um gostoso por sinal. Se não tivesse tantos olhos a me observar, o levaria para um canto para me divertir um pouquinho.
Encho minha taça e começo a degustar a safra de 1945. Simplesmente divina.
A música ambiente me trás um ar de dejavu, me lembra dos tempos em que podia encher a cara sem me preocupar em ser morta.
— Então além de tudo, você entende de vinhos?
Ouço a voz dele e me viro.
Salvatore chega perto do meu ouvido e sussurra pausadamente:
— Uma coincidência e tanto.
Sorrio de lado, levando minha taça até sua boca.
— Você não viu nem a metade de tudo que entendo, senhor Salvatore.
Ele sorriu, se sentou ao meu lado.
Joe levanta o dedo, chamando a atenção do barman que se aproxima, não sem antes me lançar um olhar.
— Me traga um Chateau Margaux.
— Como quiser, senhor.
Ele me encara mais uma vez antes de se retirar.
Olho o cara se afastar e penso no desperdício que é não poder ficar com ele.— Nem em público você consegue disfarçar.
Dou um gole no meu vinho.
— Desculpe se sou sincera, não gosto de gente falsa. — ele me olha feio. — Gostaria de saber o que faz aqui, senhor Salvatore.
— Não sei se você sabe, mas esse hotel é meu.
Imaginei isso, afinal ele é um dos homens mais ricos da Itália… Essa não deve ser nem a primeira nem a última propriedade dele.
— Sendo assim, tem todos esses lugares para o senhor ficar, no entanto resolver vim me atormentar.
— Já que teremos que nos aturar por muitos anos, é melhor que nos conheçamos logo.
Cruzo minhas pernas e encho mais uma taça de vinho.
— Só assim pra te aturar. — Faço um brinde com ele. — Bêbada.
Não demorou muito até que o vinho chegou e foi só um dos muitos.
— Afinal, o que você realmente quer comigo, Salvatore?
— Nada demais, quero apenas conhecer melhor a mulher com quem terei de me casar. Tomar alguns drinks.
Levo minha mão até o colarinho da camisa dele e sinto o mesmo estremecer ao meu toque.
— Está nervoso? — sorrio passando a mão pela sua nuca e penteando seu cabelo encaracolado. — Achei que estivesse acostumado com toques — chego perto do ouvido dele e sussurro: — É uma pena que seja tão babaca, sabia? Daria um ótimo petisco.
Passo a mão pela gola da camisa e me levanto, pegando minha bolsa.
— Se vuoi scusarmi
— Se me der licença.Caminho até às escadas, subindo em direção ao salão do segundo andar quando sinto uma mão na minha cintura.
— Poderia simplesmente ter me pedido para ficar.
— Não tenho interesse nenhum em você, senhorita Moretti. — diz, mas sei que é mentira.
Ele me vira de frente, me fazendo sentir sua ereção.
— Não é o que ele está dizendo. — dou um sorrisinho, encaixando sua boca na minha enquanto sinto ele subir as mãos até minhas costas.
Sua língua me invade, tornando o beijo mais intenso. Joe me imprensou na parede do elevador.
De repente, ele para o beijo e sorri segurando a chave.Reconheço a chave do meu quarto.
— Vim devolver suas chaves. — aproxima o rosto do meu. — Isso foi pra provar quem manda. Precisa de mais provas?
Sorrio de lado, limpando meu batom que deve está borrado e pego minha chave.
— Se você realmente tivesse essa capacidade, não estaria tão agitado — olho para a calça dele e sorrio de lado. — Boa noite, senhor Salvatore.
Me afasto, sabendo que não vou deixar isso barato.
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LA MÁFIA [VOL.1 OBSESSÕES]
Romance[VOL.1 | NOSSAS OBSESSÕES] O triângulo amoroso dos seus sonhos com o um toque de perigo. Joe Salvatore acaba de tornar don da máfia Italiana e através de um contrato se une em matrimônio a Violleta Moretti, tornando-se aliado a máfia Americana. As...