O ômega permanece estático enquanto é levantado novamente e colocado sobre a cadeira, Vegas limpa a faca no terno azul escuro que Gun está usando, antes de voltar a se sentar e pedir para que um de seus homens lhe traga uma mesa pequena para que possam usar. Rapidamente a mesa é colocada de frente para ele e sobre ela um revólver é colocado, apenas uma bala está em seu tambor e o alfa parece estranhamente animado com aquilo, ação que deixa Gun e MoonJo completamente assustados.
— Vocês conhecem esse jogo, eu gosto de pensar que isso é sobre sorte e azar — empilha as balas restantes sobre a mesa — Se você for sortudo, sairá vivo, se não acabará morto, mas não pensem muito sobre isso. Quero fazer isso com calma, enquanto conversamos.
— Vegas, por favor — Gun implora — Isso é cruel...
— Soube que foram duas pancadas — gira a arma sobre a mesa, que para em sua direção — A primeira não foi suficiente — Vegas segura a arma e aponta para a própria cabeça — Então deram mais uma para derrubá-lo, vocês pareciam feliz quando ele caiu — ele aperta o gatilho, o primeiro tambor, vazio — Sua vez.
Vegas sinaliza para Gun, o revólver está novamente sobre a mesa e o alfa apenas espera para que o jogo continue, o ômega se mantém hesitante mas ele não tem muitas opções.
— Gire o revólver — Vegas diz friamente — Vai ser pior, se eu o fizer.
As mãos de Gun tremem suavemente enquanto rodam o revólver sobre a mesa, que para em direção a MoonJo , Vegas sinaliza para que ele segure a arma e aponte para sua cabeça.
— Eu odeio covardia — Vegas diz enquanto observa MoonJo fazer o que tem que ser feito — Me lembro de quando alguns alfas bateram em meu pai por conta de uma dívida, eles foram tão covardes que o amarraram, eu tive que assisti-lo apanhar sem fazer nada — o beta aperta o gatilho, sem bala — Mas eu os cacei um por um, quando cresci.
O revólver está novamente sobre a mesa, MoonJo o gira e novamente esperam que ele pare, Vegas é o único que se mantém tranquilo enquanto jogam aquele jogo doentio, o revólver para, dessa vez em direção a Gun.
— Eu não vou fazer isso! Não! — grita desesperadamente — Por favor, pare!
— Cala boca, vadio — Vegas empurra o revólver contra a testa de Gun — Alguns dias atrás você era um homem cheio de confiança, agora está se rastejando como um prostituto — aperta o gatilho, sem bala — Você me faz querer ter pena.
Vegas coloca o revólver sobre a mesa, o rodando rapidamente, novamente para em sua direção e sem exitar aponta para sua cabeça.
— Vocês olham para mim e enxergam alguém tolo — ri — Sei que estão desejando que a bala esteja aqui — aperta o gatilho, sem bala — Mas nessa noite, não serei eu a morrer.
Nenhum dos dois se move para girar o revólver e Vegas faz isso por conta própria, MoonJo é o próximo mais uma vez, enquanto ele considera o que deve fazer, tem a arma empurrada contra sua testa.
— Eu sou um bom homem — sorri — Mas eu não posso perdoar você pelo o que fez a Boun e pelo o que fez a Pete, Deus pode fazer isso, eu não — aperta o gatilho, o som do tiro ecoando pelo galpão.
A cabeça de MoonJo tomba para trás, a bala atravessou sua cabeça e está caída alguns metros de distância dele no chão, Gun grita incontrolavelmente enquanto Vegas senta-se calmamente, ele ajeita as mangas de sua camisa, deixando as tatuagens de seus braços exposta. Antes que o alfa posso falar algo, Gun se joga aos seus pés, implorando para que ele o deixe ir, enquanto pede perdão pelo o que fez, Vegas apenas observa o homem ao seus pés, a maquiagem cara completamente borrada e o terno azul escuro de cetim sujo, o ômega estava um verdadeiro desastre naquele momento e nem sequer parecia o homem que conheceu.
— Oh, querido — a segura pelos ombros — Eu não vou fazer nada com você, minha mãe me criou para ser um cavalheiro, jamais tocaria em um fio de cabelo seu — o coloca sentado na cadeira — Me sentiria com um covarde fazendo isso, mas tenho alguém que vai lhe dar um tratamento tão bom quanto o meu, ele adorou saber que você fez aquilo com Boun — se afasta — Prem, nosso convidado é toda seu.
O ômega aproxima-se devagar, está vestida em um terno de cor clara e a um sorriso suave em sua face, era quase impossível dizer que aquele homem tão bem vestida e elegante iria torturar alguém.
— Obrigado, Vegas — agradece ao alfa — Cuidarei de tudo daqui pra frente.
Vegas acena e retira-se, atrás de si ele ouve Gun implorando, mas tudo que faz é continuar, precisa tomar um banho e ver o seu ômega que provavelmente está com o filho deles, o sorriso tranquilo nunca deixa sua face. Termina seu banho rapidamente, coloca roupas limpas e ajeita os fios de seu cabelo, Vegas segue em busca de Pete, o encontrando no jardins brincando distraidamente com Venice, devagar ele se aproxima e o puxa para seus braços, beijando sua bochecha.
— Estou de volta, meu ômega — sorri para Pete — Sentiu minha falta?
— Nem um pouco — o provoca, afastando-se — O que estava fazendo?
— Cuidando de uma mercadoria, e você?
— Me divertindo com Venice, ele fez um desenho incrível de você — o puxa em direção ao pequeno.
O alfa apenas se deixa ser arrastado, aproveitando aquele pequeno momento feliz. Distante de tudo aquilo que acontecia atrás da mansão, Kinn e Porsche desfrutavam de um momento tranquilo juntos, o alfa estava penteando seus cabelos como sempre fazia quando se arrumava, ambos apenas conversavam sobre o acontecimentos daqueles últimos dias e algumas amenidades.
— Hoje pela manhã, eu vi um homem sendo levado lá para trás — Porsche diz.
— Sim, Vegas pediu para que o buscasse — ajeita alguns fios do cabelo do ômega.
— Ele está fazendo de novo? — murmura.
— Sim — diz ainda alisando os cabelos de Porsche.
— Pobre homem — é tudo que diz.
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Behind The Counter - VegasPete
फैनफिक्शनPete é um ômega desertor, depois de servir o exército por longos oito anos, fugiu durante sua última missão ao descobrir que estava sendo manipulado, perseguido por seus chefes, então o mesmo se escondeu na cidade de Veneza, onde trabalha em uma con...