A última música - SasuSaku

Capitulo 8 - Figura sombria

⚠️ALERTA DE GATILHO⚠️

Depois do café da manhã, Sakura foi para o quarto. Seu pai lhe deu algumas toalhas para pendurar nas janelas, não que ela precisasse disso para dormir, pois foi algo que fez quase que imediatamente, acordando no meio da tarde, molhada de suor. Depois de tomar um banho refrescante e demorado, foi à oficina informar ao pai e ao irmão quais eram os planos. Ele ainda não havia falado nada sobre seu provável castigo.

Talvez só fosse castigá-la após falar com a polícia ou com a mamãe. Ou talvez tivesse dito a verdade – talvez acreditasse mesmo na inocência dela.

Isso não seria maravilhoso?

De qualquer forma, ela tinha que falar com Karin, e ficou duas horas procurando por ela. Foi à casa da mãe dela e à lanchonete e, apesar de não ter entrado, ficou espreitando pela vitrine da loja, com o coração disparado, certificando-se de que o gerente estava de costas. Mas Karin também não estava lá.

No píer, procurou de uma ponta a outra da praia, mas não teve sorte. Talvez ela estivesse no Bower's Point; o lugar predileto de Kimimaro e sua turma. Mas ela não estava a fim de ir até lá sozinha. A última coisa que queria era vê-lo, muito menos tentar fazer com que Karin caísse em si com ele por perto.

Já estava quase desistindo e voltando para casa quando viu Karin um pouco mais adiante nas dunas. Foi correndo até ela, tomando cuidado para não perdê-la de vista. Se Karin a viu se aproximar em sua direção, não mostrou nenhum sinal de se importar com isso. Em vez disso, conforme Sakura se aproximava, Karin sentou-se em uma duna e ficou observando o mar.

-Você tem que contar a verdade à polícia - disse Sakura incisivamente.

-Eu não fiz nada. Foi você que eles pegaram.

Sakura teve vontade de bater nela.

-Foi você que colocou aquelas coisas na minha mochila!

-Não.

-Eram os CD's que você estava ouvindo.

-E, da última vez que os vi, estavam bem lá, ao lado dos fones de ouvido – Karin evitava o contato visual.

Sakura começou a sentir o sangue subir pelas veias.

-Isso é sério, Karin! É da minha vida que estamos falando. Não posso ser acusada de um delito grave. Eu já contei pra você o que aconteceu comigo!

-Que pena!

Contraiu os lábios para não explodir.

-Por que você fez isso comigo?

Karin se levantou, sacudindo a areia das calças:

-Eu não fiz nada para você! - disse friamente. - E foi exatamente isso que contei à polícia hoje de manhã.

Sakura não conseguia acreditar no que ouvia. Ficou olhando a ruiva se afastar, com um ar de quem realmente acreditava no que estava dizendo.

Voltou ao píer.

Não queria voltar para casa, pois sabia que, assim que o pai falasse com o oficial Yashiro, saberia o que Karin havia dito. Talvez ele até continuasse a encarar toda essa situação com calma – mas e se ele não acreditasse mais nela?

E por que Karin havia feito aquilo? Por causa de Kimimaro? Será que Kimimaro a havia convencido a fazer porque Sakura o havia rejeitado, ou Karin realmente acreditava que Sakura tinha intenções de roubar seu namorado? Estava pendendo para a última hipótese, mas, no fim das contas, isso não tinha muita importância. Qualquer que fosse seu motivo, Karin estava mentindo e estava disposta a destruir a sua vida.