Duas semanas já tinham se passado desde de o ataque dos russos á casa dos Hamptons. Casey mandou fechar a mansão depois de tudo o que aconteceu lá, e mandou Lorenzo investigar como os russos tinham conseguido invadir a propriedade que sempre foi tão segura. Ele queria resposta, e seu braço direto conseguiria encontra-las.
Giovanni Salvatore foi enterrado no jazigo da família, ao lado da sua falecida esposa Pietra. Foi um funeral simples, só para a família e amigos mãos próximos.
Depois de enterrar o seu amigo de longa data, Matteo Vitale voltou para a Itália com sua filha Graziela. Ele iria deixar para voltar a falar de negócios depois que seu luto passar.
Nos dias que se passaram depois do enterro do Capo da família Salvatore, Casey teve muito trabalho para manter tudo no lugar, e assumir todos os negócios de uma vez por todas. Ele teve muitos encontros com sócios, chefes da Tríade, Yakuza e outras pessoas importantes que tinham acordos com seu pai. Ele precisava deixar claro que tudo iria continuar igual, que só o comando havia sido passado para outra pessoa.
Giovanni foi um homem muito respeitado, por muitos mafiosos, não só italianos como também foi respeitado por muitos dos seus inimigos. Casey teria que trabalhar muito para chegar onde seu pai havia chegado.
Charlotte tinha passado todos esses dias tentando dar apoio para seu marido, e para a sua cunhada. Com Sarah, Charlotte até que conseguia conversar, mas com Casey a coisa estava meio difícil ultimamente. Todos os dias Casey saia cedo, e chegava tarde da noite em casa.
Charlotte não o via á dias, sempre que ela ia dormir Casey ainda não estava em casa, e todos os dias quando ela acordava ele já não estava mais na cama também.
Nos primeiros dias Charlotte até o esperava acordada, mais depois ela desistiu. Ela só sabia que que Casey tinha chego em casa, quando ela sentia o braço dele a envolvendo, a puxando para mais perto, e eles dormiam abraçados. E o contato deles não passava disso.
Em uma noite de quarta-feira, Charlotte estava acordada lendo um livro. Já passava de uma da manhã, e ela estava sem sono naquela noite. Ela estava finalizando mais um capítulo de seu livro, quando ouviu um barulho vindo do andar de baixo. Ficando intrigada, Charlotte se levantou da cama, e foi ver o que estava acontecendo na sala. Naquela noite Lorenzo já tinha ido embora, pois ele tinha que fazer algumas coisas da máfia a pedido de Casey.
Chegando no topo da escada, ela viu Casey parado em pé, na frente da grande janela de vidro da sala, olhando para as luzes que vinham lá de fora.
-Olha só quem resolveu chegar cedo em casa. – Ela chamou a atenção dele.
-Você ainda está acordada? – Casey se virou, quando ouviu a voz dela.
-Eu estou sem sono, então resolvi começar a ler um livro novo. - Charlotte respondeu descendo as escadas. - Como você está? - Ela perguntou se aproximando dele.
-Eu estou bem. - Ele deu de ombros.
-Parece que faz um ano que a gente não se vê. Toda vez que eu acordo e vou dormir você não está na cama comigo. Você não vem mais para o almoço, nem chega mais cedo para o jantar.
-Eu sei que estou ausente nesses últimos dias, é que as coisas estão complicadas agora Charlie. – Casey tentou se justificar.
-Eu sei disso, agora você é o Capo de sei lá o que. Manda em toda Nova York, e um pouquinho mais. – Ela revirou os olhos cansada de todo aquele assunto.
-Isso... - Casey sorriu da indiferença dela. - Vem aqui. - Ele estendeu a mão para ela.
-O que você quer? - Charlotte sorriu dando um paço para trás.
-Eu quero você. - Casey a puxou para um beijo. Ele a abraçou forte e lhe beijou vagarosamente. O hálito fresco dela se misturou com o hálito de bebida dele. Casey a abraçava forte, enquanto aprofundava o beijo. - Eu estava com saudades. - Ele pegou ela no colo, á fazendo enlaçar suas pernas na cintura dele.
-Eu também estava. - Charlotte admitiu olhando nos olhos dele, lhe mostrando que estava sendo sincera.
-É bom ouvir isso... - Casey andou até o sofá com ela ainda em seu colo.
Os dois ficaram sentados no sofá abraçados, em um silêncio confortável.
Casey estava cansado demais para conversar, e Charlotte estava dando um tempo para ele. Ela sabia que ele estava sobrecarregado de trabalho, é só queria deixa-lo confortável.
-Hoje eu passei o comando do hotel da família para a Sarah. - Casey quebrou o silêncio. Sua voz saiu um pouco abafada, pois ele estava com o rosto entre a clavícula e o pescoço de Charlotte.
-Por que você fez isso? – Charlotte perguntou saindo do seu abraço, e olhando para ele.
-Porque eu sempre odiei administrar aquele lugar! Dá muito trabalho, e eu não tenho paciência.
-Entendo...
-A Sarah já tem mais paciência para isso, e ela sempre quis cuidar do nosso hotel aqui nos Estados Unidos.
-E por que ela não foi colocada neste cargo antes?
-Porque o meu pai achava que ela não iria dar conta, porque ela não foi criada pra administrar um hotel.
-E você acha que ela vai dar conta?
-Claro que vai. A Sarah é muito inteligente até mais do que eu em alguns aspectos. – Ele sorriu. - Ela vai saber lhe dar com a administração do hotel melhor do que eu. Ela não é uma inútil como as outras mulheres do nosso mundo. Ela fez cursos, estudou muito mesmo depois que se casou com Josh. Ele nunca a proibiu de fazer nada.
-Eu estou feliz por você ter dado essa chance para a sua irmã. A Sarah merece isso, ela realmente é muito inteligente e perspicaz.
-É, ela merece sim. – Casey concordou e eles voltaram a ficar em silêncio.
-Vamos subir. Vai tomar um banho, pra relaxar... – Charlotte passou sua mão direita nos cabelos dele, e deu um leve puxão.
-Agora não. Eu quero ficar mais com pouco aqui, com você. – Ele beijou seu ombro, e a deitou no sofá, ficando por cima dela.
Beijando o pescoço de Charlotte, Casey deu um forte aperto na cintura dela, e explorou seu colo dando beijos molhados e demorados no local. Ele estava cansado, mas queria passar o máximo que puder beijando sua esposa.
Já passava das três da manhã, Casey e Charlotte ainda estavam na sala, ainda deitados e abraçados.
Charlotte estava com a sua cabeça deitada no peito de Casey, que estava agora com sua camisa desbotada. Ela sentia a pele quente dele esquestando seu rosto, o coração de Casey batia suavemente, e Charlotte podia sentir a respiração dele leve. Ele já tinha dormido.
Sabendo que Casey estava dormindo, Charlotte se aconchegou mais ao corpo do seu marido, e também dormiu.
(...)
Na semana seguinte, Charlotte foi até o hotel dos Salvatore fazer uma visita para Sarah. Já fazia algum tempo que elas não se viam, e Charlotte também queria parabenizar sua cunhada pelo seu novo trabalho.
Chegando no andar onde ficava o escritório da sua cunhada, Charlotte foi até uma jovem moça que estava sentada em uma mesa, fazendo algumas anotações em uma agenda.
-Boa tarde. - Charlotte a saudou.
-Ah, olá senhora Salvatore. O que devo a honra da sua visita? - A secretária perguntou se ajeitando na sua cadeira e fechando a sua agenda.
- Eu vim ver a Sarah, ela está disponível?
-A senhora Sarah está em uma pequena reunião agora.
-Entendo. Então eu vou esperar ali no sofá. – Charlotte e se encaminhou ao sofá preto que tinha ali.
-Tudo bem. Eu vou avisar para ela que a senhora está aqui. - A secretária sorriu e pegou o telefone.
-Obrigada...
Vinte minutos depois, dois homens saíram da sala de Sarah, e a secretária pediu para que Charlotte entrasse. A antiga sala de Casey agora estava mudada, tinha uma decoração mais viva, menos monótona como era antes. Sarah tinha mudado tudo ali.
-Charlotte que bom te ver! - Sarah foi até ela e a abraçou.
-Oi. Espero não estar te atrapalhando, sua secretária falou que você estava em reunião...
-Claro que você não atrapalha Charlie. Como você viu a reunião já acabou. - Sarah falou puxando ela para se sentar em um sofá. - É tão bom te ver.
-É, eu estava com saudades, e vim te convidar para nós irmos almoçar. - Charlotte falou. - Já faz algum tempo que nós não fazemos isso. Estou com saudades da nossa rotina de almoço e muita conversa.
-Eu vou adorar! Só que não dar para ir exatamente agora. Eu vou receber uma ligação do gerente do nosso hotel de Roma. Se você quiser esperar, não vai demorar muito. Eu só preciso dar algumas orientações para ele, referente á algumas mudanças que eu estou fazendo em todos os nossos hotéis.
-Tudo bem, fica tranquila que eu espero.
-Ótimo então. - Sarah falou e elas começaram a conversar sobre assuntos aleatórios.
Depois de algumas semanas Sarah parecia estar muito melhor. Ela tinha ficado muito abalada com a morte de seu pai. Mas agora que tinha uma coisa para se distrair, ela parecia radiante.
Alguns minutos depois o telefone da sala tocou, e Sarah foi atender. Els conversou com o gerente, falando em um italiano perfeito, o que deixou Charlotte hipnotizada com o idioma. Ela nunca tinha ouvido sua cunhada ou seu marido falando a língua materna deles. Era perfeito.
Quase uma hora depois Sarah finalizou a ligação, deu algumas instruções para a sua secretária, e se preparou para sair com Charlotte. Ela estava animada para almoçar com sua cunhada.
-Nós já podemos ir Charlie. – Sarah pegou sua bolsa. – Onde você quer almoçar hoje?
-Nós podemos ir naquele restaurante no Bryant Park que você gosta de ir.
-A ótima escolha, faz tempo que eu não vou lá.
-Que bom, então vamos logo por quê eu estou morrendo de fome!
-Eu também.
As saíram do hotel, e foram direto para o restaurante, onde ela passaram um bom tempo comendo, tomando um bom vinho e conversando muito.
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Dangerous Love (Finalizado)
RomanceCasey Salvatore era um homem experiente que vivia uma vida perigosa na máfia em Nova York. Em breve ele iria tomar conta de todos os negócios do seu pai Giovanni Salvatore, que iria ceder oficialmente o seu lugar como chefe da máfia italiana para se...