N/A: Coloquei a música com que me inspirei e que ouvi enquanto escrevia o capítulo, aqui em cima. Para quem quiser ouvir enquanto lê :) James Arthur- Train Wreck (com tradução)
Boas leituras!
Vegas remexeu-se no chão enquanto se tentava levantar pela milésima vez.
Nada funcionava corretamente no seu corpo e quando abriu os olhos Pete já não estava ali com ele.
Nunca esteve e nunca iria estar.
Vegas sabia disso, mas não conseguia aceitar.
Tentou mentalizar-se de que Pete não o queria vezes sem conta, mas não conseguia. A forma como o corpo dele incendiava só de ver o peito de Pete subir e descer enquanto respirava, às vezes coberto por camisas malditamente finas.
Nos breves momentos em que Pete cruzada o olhar com ele, Vegas tinha a certeza que teria um ataque cardíaco.
E nos breves momentos em que as mãos deles se tocavam sem querer, por alguma razão aleatória, Vegas aí sabia que a vida brincava com ele.
Pete era tudo.
Quando Vegas olhou para Pete pela primeira vez quando eram crianças, Vegas sabia que, por alguma razão que ele não percebia, o mundo dele estava ali.
Um menino muito fofo, envergonhado e quase sempre corado.
Pete era uma criança doce, bondosa e muito sorridente.
Vegas era completamente o oposto.
Mas sinceramente pensou que, só por acaso, se se mantivesse por perto dele discretamente, que ele um dia poderia olhá-lo de outra forma.
Esse dia nunca veio.
À medida que foram crescendo, Vegas estava sempre lá quando Pete precisava.
Era sempre o primeiro a ajudá-lo, a ouvi-lo, mas mesmo assim não era suficiente.
Quanto mais velhos ficavam, mais Pete fugia dele.
Evitava olhar para ele, falar com ele ou sequer parar mais de 5 minutos no mesmo sítio que ele.
Vegas teve a certeza. Pete tinha nojo dele.
Vegas tinha a esperança de que pelo menos Pete visse nele alguma coisa que mais ninguém via.
Que Pete conseguisse compreender as razões por detrás da personalidade distorcida dele.
Mas Pete não sabia de tudo, não sabia era de nada na verdade.
Não sabia o que Vegas passou sempre em casa e ainda passa. De todas as coisas que Vegas já teve de fazer e que nem gosta de dizer em voz alta.
Mas embora a falta de amor de Pete o deixasse doente de raiva, ele compreendia porque é que Pete não o queria.
Ninguém escolheria ficar com alguém como ele, com um pai doente da cabeça que o odiava, uma mãe que morreu de loucura. E depois havia ele próprio.
Tinha a perfeita noção que era um assassino que torturava as suas vítimas e que na maioria das vezes nem se sentia mal, afinal quase todos os que caiam nas suas mãos era tão maus ou piores que ele.
No fim do dia, Vegas era filho do pai dele, pensou de forma irónica. Não era assim tão diferente do pai quanto gostaria.
Queria tanto ser diferente, odiava o pai com todas as suas forças. Mas cada vez mais tinha duvidas se existiria assim tanta diferença.
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Loosing Game *VEGASPETE*
RomanceVegas toda a vida desejou ter tudo o que o primo tinha: uma família, um pai que olhava para ele como um líder e a capacidade (extremamente irritante) de fazer tudo bem. Em sua casa, o pai mal olhava para ele quando o ordenava a fazer coisas nojentas...