Thaís Guerreiro
Bato a porta do Dr Vladimir Smichël, depois que o meu "querido herói" falou pra eu ir pelo outro corredor, foi bem mais fácil, segui e à terceira porta eu bati. Se a ruivinha do banheiro tivesse falado antes...
— pode entrar — ouço a voz masculina e forte do outro lado da porta.
— bom dia — falo e ele se levanta estendendo sua mão.
— bom dia — ele responde e eu aperto sua mão. — sente se. — ele mostra a cadeira a minha frente e se senta assim como eu.
Vladimir Smichël é um senhor de idade,um porte físico de alguém que frequenta ginásios e o rosto muito bem cuidado. Um sugar daddy e tanto. Minha mente as vezes voa de mais.
— então...— ele falou — Thaís, vinte e um anos e recém formada, acha que vai conseguir lidar com um clube de tamanha dimensão como o Borussia Dortmund?
— sim — respondo o olhando, li na google que passa confiança, testemos. — creio que seria uma grande oportunidade de crescimento pra mim, e eu me empenharia muito pra chegarmos muito longe juntos.
— a situação do clube não é muito boa, temos alguns jogadores lesionados e outros em boas condições físicas mas com o nível muito abaixo do que nos acostumaram, acha que consegue trazer esses jogadores pra o seu melhor?
— com tempo, esforço e dedicação, eu posso sim, conheço meu potencial e sei que ajudaria muito o clube. — falei e o olhei dando um sorriso no fim.
— gosto muito da sua atitude — ele falou olhando pra mim — quem te indicou foi um grande colega meu, confio muito nele, e agora te ouvindo falar, vejo que ele não falhou.
Sorrio ao ouvir isso.
— bom, acho que não ha muito mais que conversar, hoje é quinta feira, sendo assim pode começar a trabalhar na próxima segunda de manhã — falou — seu contrato estará pronto e só a espera de sua assinatura.
— muito obrigada — falei sem esconder meu sorriso — eu vou dar o melhor de mim.
— espero que sim — levantou se e fiz o mesmo — seja bem vinda e até segunda — estendeu a mão e eu apertei.
— até lá.
Saio de lá, e já vou para o lado de fora, sair foi bem mais fácil que chegar aqui.
Lá fora vejo meu irmão em frente de um carro, com os braços cruzados. Ele me vê e dá um sorriso, corro até seus braços e o dou um abraço apertado.
— que saudades eu estava de você, princesa — ele diz ao se afastar de mim e dando um beijo na minha testa.
— eu também, mano — falei o abraçando de novo.
— desculpa não ter ido te buscar no aeroporto, o trabalho me prendeu. — disse.
— uma pizza e cinco caixas de chocolate e eu te perdoou. — falei cruzando os braços.
— nossa isso tudo? — perguntou enquanto abria a porta pra mim.
— claro, você é rico — falei e ele deu start no carro.
— vou te deixar em casa primeiro, quando eu voltar a gente vai comer isso tudo aí. — falou e nós rimos.
— acho bom — falei.
— exerce a função do copiloto ágora — pediu ou melhor mandou.
Regra do pai: copiloto tem a obrigação de manter o bom clima no carro e escolher boas músicas durante a viagem. Nós levamos essa regra muito a sério. Porque não sei, mas levamos.
Pus uma música e fomos cantarolando até chegar em seu apartamento.
Chegamos e ele me apresentou a casa, mostrou o que comer, obvio porque ele sabe que sem comida eu morro, e me mostrou o quarto onde eu ia ficar e logo se foi embora. Estranhei não ver minha cunhada alemã mas suspeito que também esteja no trabalho ou faculdade, quem sabe.
Fiz um banho, usei uma roupa fresca, porque eu vou vos contar, dizem que a Europa tem um frio danado, mas meus amigos quando aquece, aquece que é uma beleza. Tô ate me sentindo no Rio de Janeiro, vê se pode?
Comi e passei o resto do dia no meu mais novo quarto, ar condicionado no mínimo e simplesmente dormi, ate perder a noção do tempo.
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Vizinhos de Trabalho
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