pedido

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Não quis saber de nada quando andava por aqueles corredores brancos e silenciosos demais nos quais apenas passos silencioso e conversas sussurradas eram audíveis enquanto corria até o andar e o quarto indicado na recepção do hospital mais caro de Seoul, mas que conhecia bem pois era sempre ali que o omma e o appa o levavam quando ficava doentinho ou se machucava.

Então quando chegou no quarto andar e encontrou Hoseok sentado num dos bancos do corredor ao lado do uma porta soube que estava no lugar certo.

— Hey, aonde ele está?! — parou em frente ao appa, que desviou a atenção do celular pra si.

— Ai dentro. — apontou para a porta. — Seu irmão está ai dentro com ele, privacidade de ômega. — deu de ombros.

— E como ele está?! O que o médico disse ?! — perguntou afoito, com medo até, se Jungwoo tivesse algo sério não saberia como lidar. — Sicheng não explicou nada na mensagem, só disse que tinham vindo pra cá.

— Ele está com uma infecção intensa na marca, estão fazendo mais exames pra ver qual tipo exato de infecção, já fizeram um curativo com pomada e iniciaram a medicação, ele vai ficar bem.

Xiaojun suspirou profundamente, parecia que aquelas palavras tinham tirado toneladas de cima de si, Jungwoo ia ficar bem, mas saber que foi a marca que causou tudo isso lhe deixava culpado, era sua marca, culpa sua.

— Eu vou vê-lo. — disse e Hoseok assentiu. Não era hora de perguntar nada ao filhote, poderia acabar em discussão e ali não era local, além disso Jungwoo era a prioridade agora.

Xiaojun analisou o appa e suspirou frustrado antes de girar a maçaneta e entrar no quarto hospitalar que mais parecia um quarto de hotel e chamou a atenção dos ômegas ali dentro. Seu coração apertou ao ver o namorado tão fragilizado ligado ao soro pelo acesso cheio de esparadrapo no braço branquinho.

— Hey, babe. — chamou baixinho indo em direção á maca alta e grande, confortável demais

— Hyung. — Jungwoo estendeu o braço sem o acesso na veia para o alfa, chamando como um bebê pedindo colo, tinha um biquinho nos lábios fartos e o rostinho melancólico, Xiaojun sabia que o namorado tinha chorado a pouco tempo.

— Sinto muito, meu amor. — o abraçou como dava, sendo envolvido pelos braços finos e fraquinhos do ômega. — Eu não teria feito se soubesse o que iria causar, desculpa.

— Tudo bem, hyung. — fungou, o cheiro do alfa parecia lhe acalmar um pouco, a presença do mesmo lhe passava segurança e conforto. — Não tinha como saber, tudo bem.

— Como você está se sentindo? Está doendo? — notou o curativo realmente grande no outro lado do pescoçinho do ômega, algo muito mais complexo e profissional do que um curativo caseiro.

— Agora tô melhor. — esfregou o dorso da mão gordinha nos olhos, o remédio estava o dando tanto sono.

— Ele vomitou todo o sanduíche que eu fiz pra ele. — Sicheng se fez presente, já que o irmão mais velho o ignorou totalmente, mas estava tão surpreso pelo hyung se importar tanto com alguém que iria relevar.

— Desculpe, Sicheng-ssi. — murmurou envergonhado, não queria que alguém como Sicheng o visse vomitar, era horrível, mas aconteceu e tanto o ômega mais novo quanto Hoseok-ssi tinham sido atenciosos e cuidadosos consigo.

Xiaojun se preocupou, imaginar seu ômega tão fragilizado ao ponto de vomitar.

— Tudo bem, eu sei que não sou tão bom na cozinha mesmo. — brincou sorrindo e dando de ombros. — Ele chorou quando a enfermeira fez o curativo e o furou, tão fofo.

HURRICANE - 2 SEASON { continuação}Onde histórias criam vida. Descubra agora